O Visitante do Oeste

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Minho não havia dormido direito

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Minho não havia dormido direito. Estava uma pilha de nervos e por mais que adorasse a sensação de Jisung em seu braços, não conseguiu encontrar calma nem com o ômega ao seu lado.

Fechou os olhos por um instante, sentindo todo o peso daquela situação em suas costas. Ele precisava do nome do assassino que tirara a vida de Vidar, mas A Bruxa havia garantido que ninguém além de si poderia saber a receita do veneno, assim como jurou que o esconderijo não havia sido violado. Diante desse cenário, quase passaram a noite em claro atrás de respostas e de nada adiantou.

Contudo, era uma prova de que o Clã de Jisung não havia cometido o assassinato, claro. Não que Minho acreditasse nisso, porém as más línguas já falavam sobre mil e uma coisas...

Antes de sair de seu clã, com a companhia fiel de Christopher e Changbin, um de seus guerreiros os parou e rosnou "Acabe com eles, Lee... Sabe que nunca iremos hesitar em destruir eles junto de ti". E aquilo foi o suficiente para entender que, apesar da aliança que festejaram há poucos dias, a centelha de ódio ainda existia.

Respirou fundo. Em algum momento aquilo teria que mudar; os clãs precisariam ter respeito mútuo. Entretanto, aquilo também poderia esperar. Tinham assuntos mais urgentes agora do que inimizades.

Afastou-se gentilmente de Jisung que dormia em seu peito, dando um leve beijo em sua testa e começou a se levantar. Estava nu, mesmo que não tivessem feito nada além de deitar e dormir, com as cabeças doendo de tanto pensar, preferiram dormir embalados no calor e cheiro um do outro.

Minho se sentou na cama, com os pés já no chão de madeira. Passou uma mão por seu rosto, espantando os resquícios do sono mal dormido. E por fim, ajeitou a postura, assumindo seu papel, de quem não se pode dar ao luxo de ficar sentado vendo o tempo passar e a falta de respostas para dar a todo um clã, e aos entes queridos do alfa que morrera.

Finalmente ficou de pé, não tremendo de frio apesar da brisa gelada que entrava. No sul, quase podia sentir-se em pleno outono.

Vestiu suas calças, blusa de linho e por fim a túnica em preto com bordados em fios de prata; as cores que sempre colocou em primeiro lugar na mente e coração. Passou o cinto de couro por sua cintura, prendendo sua espada na bainha. Os noventa centímetros daquela lâmina de puro aço já haviam tirado sangue de muitos homens, e Minho não saía sem ela. Signe, como tinha apelido, sempre lhe traria a vitória; tinha fé nisso.

Mas, também era um homem realista e em outra bainha, do outro lado da cintura, levava uma adaga de tal modo afiado. Essa, havia chamado de Yrsa, pois era usada em casos onde outra lâmina era necessária, onde Minho precisava ser mais... selvagem.

Muitos diziam que ele amava derramar sangue. Não era verdade. Ele odiava chegar ao ponto de ceifar a vida de alguém. Geralmente, era uma pessoa calma, só que existiam limites e ele precisava agir em dever aos seus e para isso, ele deixava de lado o que gostava e o que não gostava... abdicando de sua índole pessoal.

O Festim dos Clãs | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora