Clã Nortenho

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Os raios de sol entravam por aquilo que chamavam de janela, e o vento frio fazia as peles se arrepiarem e o clima invernal entrar no cômodo e fazer sua presença ser fortemente sentida

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Os raios de sol entravam por aquilo que chamavam de janela, e o vento frio fazia as peles se arrepiarem e o clima invernal entrar no cômodo e fazer sua presença ser fortemente sentida. A fogueira há muito havia se apagado e só suas cinzas restavam com poucas brasas que não esquentavam mais.

Minho foi o primeiro a acordar. Em seu treinamento como guerreiro, ele havia se acostumado a permanecer noites em vigília ou acordar com os primeiros raios do sol, então estava acostumado a descansar o suficiente, sem tempo para preguiças.

Abriu seus olhos e logo, abriu um sorriso também. Estava animado e seu lobo se encontrava da mesma forma.

Encarou atentamente a pele de Jisung brilhando com a luz solar. Ele parecia belo da forma que Lee nunca havia achado nenhuma outra pessoa; nenhum outro ômega, beta ou até alfa. Jisung era especial dos pés a cabeça. Cada parte dele, até o último fio conseguia prender a atenção de si e seu lobo. Havia sido dessa forma na primeira vez que trocaram um olhar e sabia que sempre seria.

Passou um dedo pela pele aveludada e se aproximou ainda mais, aconchegando Jisung em seu peito e acariciando seus fios castanhos com um singelo carinho.

A noite passada havia sido recheada de bons momentos, desde da entrega de seus desejos mais ardentes e carnais, até a mudança de planos na aliança que resultaria naquilo que sempre almejou: ter Jisung como seu e pertencer a ele.

- Está pensando demais... - A voz rouca de sonolência o tirou de seu devaneio.

Jisung olhou para cima, encontrando aqueles olhos escuros que assustavam muitos, mas que só fazia seu coração acelerar.

- Pensando em como sou sortudo por ter você em meus braços - murmurou com a voz doce de um amante.

Jisung sentiu suas bochechas corarem. Minho sempre lhe pareceu frio, distante e perigoso, e nunca, nem em milhões de éons, poderia o imaginar naquela situação. E muito menos, ouvir aquilo do temível.

- Quais seus planos para hoje? - Minho indagou, depois de um breve selar nos lábios de seu noivo.

Han inspirou o cheiro do homem ao qual se aconchegava, querendo se fundir com ele no meios daquelas peles de animais que os aqueciam do frio e permanecer a manhã toda ali. Mas, conforme a sonolência o deixava, sabia que tinha coisas para resolver. Era um líder também e seu clã precisava de si.

- Preciso voltar ao Sul. Avisar sobre as mudanças dos planos... - Falou quase com pesar. Sabia que sua irmã poderia dar conta daquilo, mas era seu dever. - Tenho certeza que precisarei acalmar alguns nervos.

Minho fez uma careta diante da ideia de separar-se de Han, entretanto, aquilo era muito mais do que uma aliança entre um alfa e ômega; era uma aliança entre dois líderes que guiavam e protegiam seus clãs com punhos de ferro. Precisavam estar presentes em cada momento.

Jisung se levantou primeiro, depois de mais um longo beijo e se vestiu, tremendo com o vento que entrava. O inverno do norte era mais brutal.

Minho o observou se vestir, atentamente, mal piscando. Conseguia se hipnotizar fácil com Han, o conquistador.

O Festim dos Clãs | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora