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Acordei devidamente deitada e confortável em minha cama, mas acontece que não me lembro de ter vindo para o quarto ontem. Então provavelmente inui me carregou até aqui, o que me faz pensar o quanto ele está parecendo um irmão mais velho mesmo sendo o mais novo.

Antes de levantar olhei em meu celular e havia várias mensagens de smiley, ele disse que estava me esperando para um almoço e que até fez uma lasanha com o irmão. Me assustei ao ver o relógio e ser exatamente 13h40 da tarde, furei o encontro com meu namorado, sou uma fracassada dorminhoca. Perguntei por mensagem se ainda dava tempo de ao menos experimentar a lasanha e em poucos segundos ele disse que estava esquentando a comida.

Me arrumei rapidamente, vesti um conjuntinho bem simples e passei perfume. Quando desci as escadas inui estava mechendo no celular, perguntei se ele poderia me levar até a casa de nahoya pois ele sabe dirigir carro e o da nossa mãe está na garagem.

- Vamos. - Ele levantou pegando a chave que estava jogada no balcão da sala, gritamos algo para nossa mãe que estava arrumando a casa e ela apenas permitiu nossa saída.

Quando paramos na casa de smiley me lembrei do dia em que fui sequestrada, consequentemente me lembrei de que inui estava no carro. Mas isso é definitivamente algo do passado que quero e preciso esquecer.

Toquei a campanhia e a casa foi aberta por angry, o garoto abriu um sorriso enorme ao me ver. O que foi uma surpresa pois não me lembro de tê-lo visto sorrir antes.

- Finalmente, entrem. - ele abriu espaço mas inui negou com a cabeça e deu tchau para mim, em seguida ele foi embora e nós entramos para dentro. - smiley está assando carne, já queimou a maioria. - Ele disse sorrindo de canto e isso era uma cena bem bonita de se ver.

- Florzinha, esperei você a manhã inteira... - Smiley disse ao me ver, ele tinha uma pequena jbl pendurada em seu pescoço mas ainda não estava tocando nada.

- Desculpa, dormi um pouco além da conta. - respondi e ele veio até mim me levantando com os braços, realmente tem uma força surpreendente. - Sentiu minha falta? - Perguntei mesmo tendo se passado poucos dias desde que nos vimos.

- Muita, ainda não matei a saudade de um mês sem te ver. - Ele disse todo tímido e angry respirou fundo para mostrar que ainda estava ali.

- Credo, casal feliz. - Ele falou com sua expressão de sempre. - Vou dormir um pouco, não coloque o som muito alto, nahoya. - avisou ao irmão com uma cara assustadora, smiley sorriu debochando e o garoto foi para seu quarto.

Em seguida smiley me pegou nos braços e começou a colocar vários funks legais no som, era tão alto que aposto que as janelas dos vizinhos estavam tremendo. Angry deve estar puto a essa altura.

- Minha música preferida! - ele disse quando começou a tocar uma melodia específica. Rapidamente me lembrei do dia em que essa música tocou na balada e dançamos juntinhos.

"Cê dança assim comigo? Vem de ladinho que eu te ensino..."

A música tocava tão alto que eu sentia uma pontada no ouvido e o garoto me puxou para dançar, ele realmente gosta dessa música. E o pior é que ele combina tanto com esse tipo de letra que chega a assustar.

No fim, dançamos essa música exatamente quatro vezes, segundo ele temos que saber a coreografia completa para poder competir nos duelos de casais.

- Novo sabor de picanha: carbonizada. - falei brincando com sua carne, estava tão dura e queimada que nem dava para morder. Era assustador como uma pessoa deixa uma carne chegar a esse ponto. - Brincadeira, está ótima. - falei sorrindo ao conseguir moder um pedaço. Mas estava horrível.

- Eu sei que está bom, parece até chocolate! - ele me mostrou um pedaço mais queimado ainda, depois ele ficou fazendo várias piadas com carne.

E quando menos percebi estávamos comendo o resto da lasanha enquanto assistíamos um filme que passava na globo. Em uma coisa temos que concordar, foi a melhor lasanha que já comi em toda minha vida.

- Nem te contei, me mudei ontem... - soltei de nada e o garoto quase deu um pulo do sofá, ficou me encarando curioso por longos segundos. - Pois é, ainda moro aqui perto. - Sorri com a reação dele.

- Então tá né, chifuyu aceitou isso de boa? - ele perguntou preocupado, e é ridículo que todo mundo, até mesmo meu namorado, saiba o quanto chifuyu é ciumento.

- Combinamos de não nos falarmos mais, é melhor assim. - falei abraçando o belo garoto ao meu lado, ele retribuiu de primeira e deixou um beijo na minha testa. - Senti falta do seu beijo. - Disse assim que ele selou nossos lábios, era como se fosse a primeira vez.

- Também senti, florzinha. - ele me abraçou tão forte que tive medo do meu cérebro sair pelo ouvido. - chifuyu é um bobão, apenas esqueça tudo isso. - disse sorrindo e era tão fofo que dava agonia.

Quando o filme acabou ele finalmente decidiu colocar algo decente, era um desenho chamado bob esponja, literalmente um dos seriados mais assistidos e conhecidos em todo o mundo.

Smiley é o cara que sinto que foi feito para mim, ali, naquele momento, senti que tínhamos criado um mundo com apenas nós dois. E o mais interessante é que nunca senti algo assim, é como se fosse algo único, não senti nem mesmo quando gostava de chifuyu.

- Eu te amo. - Quando disse aquilo parecia que era a primeira vez, senti meu rosto corar como se tivesse dito algo muito constrangedor. - Eu te amo, muito mesmo. - repeti mais uma vez enquanto ele me encarava em um silêncio absurdo.

- Eu te amo infinito, meu jardim das mais belas flores. - O garoto disse abrindo um sorriso meigo, e eu achei extremamente fofo essa nomeclatura que acabei de receber.

Ele me tomou em seus braços como se eu fosse a criatura mais linda do mundo, e eu senti que ele realmente me vê dessa forma. Isso é tão inacreditável que chego a duvidar que posso ser tão especial a esse ponto. Me beijou como se fosse nosso último dia juntos, suas mãos tocavam meu cabelo e rosto como se fosse a coisa mais legal que já tocara. Era um beijo magnifico, mas além de tudo, repleto de um sentimento lindo.

Procurei por isto por um bom tempo, as vezes costumamos nos enganar e achar que determinada pessoa é aquela que sempre procuramos, mas não é. Só é a certa quando você sente uma coisa inexplicável, só é a certa quando você sente vontade de morrer só de se imaginar longe da pessoa.

Então ali, naquela sala, sem nos importar com mais ninguém, nos beijamos e fizemos amor por um longo tempo.

Quando pessoas se amam qualquer tipo de toque é válido, não é necessário fazer amor a todo momento, apenas o ato de enxergar aquela pessoa com seus olhos, com certeza já é algo esplêndido.

Somos únicos, e definitivamente infinitos. E tenho a completa certeza que somos os únicos seres na terra que se amam tanto, mesmo no fundo não sendo a verdade.

     ...

Ela encontrou o alguém que tanto procurava.

Ele estava feliz ao seu lado.

Eles foram feitos um para o outro.

The end! ♡

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𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐘𝐎𝐔, nahoya kawataOnde histórias criam vida. Descubra agora