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Eu cresci em uma cidade chamada Seul, localizada na coreia do sul, e nesse lugar, os Teruhashi estão no topo das famílias mais influentes. Eu diria que é a melhor familia que alguém poderia ter. Economicamente falando, meu pai era dono de uma das maiores empresas tecnológicas da coreia, imagina só o dinheiro que ele tem.

Eu nunca gostei muito de ser como eles, enxergar o dinheiro como a única fonte de vida e menosprezar as pessoas por serem de classes mais baixas. Eles faziam muito isso e eu sentia nojo, me sinto deslocada.

Muitas pessoas na minha situação apoveitariam ao máximo a vida que lhe deram, mas eu não consigo. Se eu pudesse ajudar os milhões de pessoas que passam fome pelo mundo inteiro, eu faria. Mas eles não fazem, e eles tem a porra do dinheiro necessário pelo menos pra ajudar a cidade.

Observo minha família humilhar pessoas de classe mais baixa desde criança, agora que percebi o quanto aquilo era muito para que uma pessoa inocente pudesse compreender.

Eu era nova e inocente demais pra entender como as coisas realmente funcionavam, além de que meu pai sempre insistiu em repetir inúmeras vezes o lema da nossa família, para me ensinar desde pequena a ser como eles.

"Seja o açougueiro ou seja o gado."

Sim, se você tiver dinheiro suficiente, nada mais importa. Você pode pisar nas pessoas como se fossem pedaços de merda. Essa é a realidade, quem tem recursos sobrevive por mais tempo nessa pirâmide errada e cruel. Desde que me dei conta disso, parei de me sentir mal por ser rica.

Os anos foram se passando e até que a vida na coreia se tornou legal. Mas como tudo que é bom dura pouco, meu pai acabou sofrendo um acidente técnico no trabalho e por consequência morreu. Ficamos de luto por um tempo, mas a rotina sem ele não era tão diferente já que ele quase não pisava em casa.

Assim que completei dezesseis anos, minha mãe falou que não aguentava mais ficar em casa, chorava todos os dias e dizia que via o rosto do papai pela casa inteira. Cheguei a pensar que a velha estava maluca, até que por fim ela decidiu que devíamos ir para o Japão morar com minha avó.

A adaptação no novo país não foi fácil, confesso que demorou cerca de um ano e meio para que eu ficasse totalmente fluente em língua japonesa, a escola era legal mas eu não tinha muitos amigos, dava até pra contar no dedo.

Minha mãe agora parece que tem um ficante no trabalho, e se ela estiver feliz, eu também estarei. Já sobre mim, sempre fui de beber mas nunca me drogar. Gosto muito de festas e quando vou sempre acabo bebendo, o problema é que eu bêbada sou um porre.

Meus melhores amigos são Chifuyu Matsuno e Mitsuya Takashi, eles não são tão malucos quanto eu mas dá pra ser feliz. Toda festa Chifuyu é quem vai comigo, já o Mitsuya não gosta tanto de festas, normalmente quando fico bêbada demais, o chi sempre me leva de volta pra casa. Para acrescentar ao bolo, eles ainda fazem parte de uma gangue, a qual eles tentam me convencer a entrar já faz uns três meses.

Eu posso parecer meio louca, mas não ao ponto de entrar em uma gangue, sei que tenho amigos bandidos mas isso não me torna uma. Eu só preciso me preparar um pouco mais antes de decidir tal coisa.

Hoje acordei bem cedo e meus olhos estão cansados e com muitas olheiras, faz uns sete dias que não durmo muito, eu fico vendo filmes até tarde e acabo esquecendo que dormir ajuda na saúde.

Infelizmente hoje tenho aula como sempre, ultimamente tenho odiado minha rotina mas ao menos encontro meus velhos amigos que animam meu dia.

Tomei um banho e não me dei nem o trabalho de passar algo pra cobrir as olheiras. Que se foda quem achar ruim. Em seguida vesti o uniforme ridículo de sempre, passei um pente no meu cabelo e prendi em rabo de cavalo porque já faz uns dias que não lavo, a preguiça me domina.

𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐘𝐎𝐔, nahoya kawataOnde histórias criam vida. Descubra agora