Capitulo III

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- Temos que fazer alguma coisa Bullie! - Shedder e o companheiro Já estavam de volta a casa de Bullie e algumas horas já haviam se passado desde o rapto.

- O que podemos fazer? Não consigo pensar em nada!

- Aqueles desgraçados, se tocarem em um só fio de cabelo dela, eu juro que os arranco os dedos um por um com os meus dentes!

- Pare, não precisas ser colérico...

- Eu não sei você, mas eu não ficarei aqui sabendo que ela pode estar a ser molestada.

- A esta hora o Chanceler já tomou conhecimento, e ele é o mais apto para tomar uma decisão agora, não sejas imprudente meu amigo, tudo vai se resolver.

- Sim, vai se resolver, mas não sozinho, além disto, você não sabe de que se trata, pode ser algo muito pior do que um simples rapto para fins de extorção.

- Que teimosia! Tudo bem, eu vou para o bar do Bennie, não tome nenhuma atitude desprecavida, ou pelo menos, não as tome sem mim!

Bullie ia na frente, Shedder se retirou pouco depois tomando um caminho diferente.

***

Na outra cidade, que fica para lá, no norte de terra verde, em Culigan, um grupo se reunia em uma espécie de celeiro vasto.

- Vamos partir hoje antes do sol se pôr!

- Senhor Delott, somos só quatro homens, e não sabemos de antemão quais são os perigos que nos esperam, eu sou de opinião que devemos organizar uma equipa vasta, assim nossas chances na floresta aumentariam. - Disse Fricky, o braço direito de Delott, o chefe daquela quadrilha, um antigo e famoso assassino frio e saqueador de grandes cofres, trabalhara muitas vezes com mortes por encomenda.

Estavam alí mais dois indivíduos de alto respeito criminal entre o que se ouve por aí nas conversas aduaneiras; Locke e Silver Crebe. Todos eles ostentavam uma indumentária de guerra, os peitorais feitos de cabedal pesado, as canelas e o resto dos aparatos de guerreiros lhes assentavam com estilo, seus pulsos carregavam armaduras de aço fino, todos eles eram robustos e fortes, excepto Delott, que era magricelo, ostentava uma altura média, sua barba longa e disposta para baixo, poderia parecer ridículo o cabelo e a barba enganchados, mas sua cara fina e comprida carregava um semblante assustador, e com uma cicatriz grande na testa, não davam essa oportunidade ao ridículo.

- Eu não pedi opinião alguma, eu corroborei. - Retrucou Delott com aborrecimento muito patente. - Aquela pedra será minha, nós seremos invencíveis! - acrescentou sorrindo com a cara do demônio, com sua voz aguda, só tornava a cena mais sombria ainda.

No canto do recinto, as espadas, lanças e flechas já estavam bem preparadas, bem como algumas trouxas que continham mantimentos para a empreitada.

A Grande Investida - by Zenildo Brocca (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora