Capítulo XV

8 3 0
                                    

Delott andava as pressas carregando Locke ao ombro quando olhou para trás e viu Fricky parado em pé com a arma na mão. Ele estava decidido a enfrentar Fidel. - Que merda! - Exclamou baixinho Delott. - O que você tá fazendo Fricky!? Precisamos ir - Acrescentou Locke que mostrava a dor da perna ferida desenhada na cara espetada.

- Xiiiiiih! - Pediu silêncio Fidel que acabava de ouvir algum barulho. - Alguém alí afrente.
- Eu também vejo senhor! - Verificou - Bem alí a frente. - As pistolas ligeiras já saiam das cinturas, todos no grupo carregavam uma daquelas, excepto o chefe. Fidel gostava das sabres, eram mais leves, silenciosas e efectivas, explicava.

- Que se foda! - Disse Delott continuando a andar as pressas e deixando Fricky para trás sozinho. - Ele está louco! - Acrescentou exclamando com a respiração já desorientada. Se Fidel o pegasse, era vida ou morte para um ou outro.

Aproximaram-se os homens da Anarquia... Berlim, que carregava Hanna ficou na guarda (traseira), na zona segura. Nesse período, Fricky já havia posto as balas na caçadeira.

- Olha, olha quem temos aqui... o famoso Fidel Peltier. - Disse com seu ar de psicopata.

- Quem és tu afinal? - Os olhos de Fidel ainda não haviam visto Delott, que não estava tão longe assim, ainda, mas era encoberto pela imensidão das árvores.

- Já vás saber... - Disse apontando sua caçadeira em direção à Fidel que liderava a Anarquia em sua posição fronteira.

- Você não tem uma arma vantajosa para enfrentar seis homens, que para o teu azar, estão prontos para tudo. - Os outros quatro membros do grupo já estavam com as pistolas erguidas de volta para Fricky.

- Você não pode presumir o que você nunca observou antes. - Disse Fricky, se endireitando em sua posição. - Você vai se surpreender com o quanto uma simples caçadeira pode fazer... - Fricky, o grandalhão das caçadeiras tinha razão, não era um atirador barato, sua habilidade com as armas já era comprovada desde que se conhece como assassino profissional. - Além disso, eu só preciso matar um, o resto já está morto desde que levantaram a arma contra mim.

- Vai dizer quem és tu, ou vamos continuar nessa conversa de velhos? - Perguntou Fidel já com as duas mãos pelas costas preparando dois dedos esticados para um sinal de disparo.

- Não temos tempo para conversa. - Respondeu Fricky quando ao mesmo tempo Fidel havia feito o sinal aos colegas que saíram disparando.

Mas Fricky se apressou com hegemonia, atirando-se para trás de uma árvore e dando o primeiro tiro que atingiu um dos membros da Anarquia.

- Merdaaaaah! - Gritou Fidel que rebuscou as duas sabres da parte de trás da cintura, eram sabres de tamanho médio, reluziam como espelho. - Eu vou matar-te seu idiota! - falou ainda...

Berlim encostou-se numa das árvores carregando Hanna sempre consigo.

Os membros da Anarquia disparavam como loucos, mas a cooperação não estava fácil e Fricky correspondia a altura.

Fidel estava exposto... e Fricky notando, mirou rápido e disparou contra ele, mas sem o correspondente sucesso, recebendo um ferimento de sabre na mão que apoiava a arma, não a mão que acionava o gatilho. Fidel havia atirado de jeito e a arma de Fricky fora para o chão à alguns passos do mesmo.

Agora Fricky estava sem defesa e a arma, exposta de mais para ser resgatada. Era questão de tempo até a Anarquia acabar com a raça de Fricky.

A Grande Investida - by Zenildo Brocca (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora