Brooklyn 43

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Manhattan - Nova Iorque
14:35PM

E mais um dia começava, meus passos apressados justificavam meu atraso pra chegar na empresa, estava com alguns trabalhos há mais e peguei algumas horas extras. Ou seja, mais trabalho, mais dinheiro, faculdade garantida. Sem preocupações.

Ou talvez nem seja pela faculdade, seja por que preciso ocupar a minha mente o suficiente com cálculos, propostas, investidores e negociações ao invés de pensar nele. Ou pior. No que eu disse pra ele.

Nego a cabeça ainda na calçada vendo o quanto o ritmo de Nova Iorque se mantinha estável ainda com pessoas viajando, aqui era um ponto de referência mundial, e isso atraia muita gente. Fora o clima encantador de estar num lugar super especial.

Arrumo a bolsa no ombro e me preparo ao ver algumas pessoas entrando e outras saindo da empresa, olho no relógio e vejo que estava cinco minutos atrasada. Isso raramente acontecia, mais o Jeep do Noah deu pau no meio do caminho e ele começou a colocar fita nos motores e saiu muita fumaça. Tipo muita.

E vi que era mais seguro vir andando.

Enquanto ele disse que não levaria no concerto e que daria um jeito. O jeito de comprar mais fica e colar o carro pra ele não desmontar do nada.

Quando ia me virar para entrar na empresa tendo um campo de visão da sua entrada, sinto minha bolsa ser puxada e uma mão vir em minha boca, tento olhar pra trás mais o desespero de tentar correr era muito maior.

Aquilo era um sequestro.

Me arrependo mentalmente por não fazer aulas de defesa pessoal, e vejo que a solução era tentar gritar. Mais não havia como, uma mão tapava a minha boca impedindo qualquer som de ser feito. E assim sou puxada pra o que parecia ser uma vã e a porta ser fechada.

Vendo alguém me segurar enquanto outro estava de máscara e eu me debato tentando ser solta por quem me segurava. Espero por alguns segundos e me canso de tentar fugir, e com a respiração ofegante me vejo suando por medo.

Até que as mãos da pessoa que me seguravam ficam fracas, e eu debato tirando a sua mão da minha boca tentando entender o que estava acontecendo, até por que se quisessem ter me matado, já teriam feito isso:

- Tira as mãos de mim seu merda - Empurro a pessoa que usava máscara e não responde.

- Deveria ser mais educada - Ouço a pessoa em minha frente tirar a máscara revelando um loiro sorrindo suado, acho que devido a máscara.

Não era possível.

- VOCÊ TÁ FICANDO LOUCO JOSHUA?? - Taco a minha bolsa em seu rosto vendo um barulho ser feito e ele virar o rosto como se tivesse machucado - QUE TIPO DE COISA É ISSO?

Ele massageava o lugar ferido enquanto meu coração batia descompensado por pensar que poderia estar mesmo sendo sequestrada.

- Precisávamos conversar Any - Pergunta colocando a máscara do seu lado.

- VOCÊ TEM O MEU NÚMERO - Grito indignada empurrando a pessoa que me segurou - E você, quanto ele te pagou pra fazer isso? Você não presta sabia? - Empurro novamente pelo estresse que me fez passar.

- Tira - Joshua diz e eu vejo em alguns segundos ser revelado o rosto do Bailey.

- Fala sério - Olho pra Bailey em negação.

𝑆𝐸𝐶𝑅𝐸𝑇𝑆 - Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora