Manhattan 62

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Columbia University  - Nova Iorque
04:03Am

O barulho da quadra me fazia querer ficar ali. Desde que Noah foi embora eu só venho pra cá, é o único lugar aonde consigo chorar e descontar as minhas emoções.

A universidade ficava com poucos estudantes essa hora, aqui só estavam quem tinham dormitórios pelos campos.

E aqui não quadra só havia eu. E eu preferia assim.

Eu não conseguia...acreditar.

O meu melhor amigo foi embora do dia pra noite. E agora eu não o tinha mais aqui.

O disco no chão fez um barulho estrondeante com o tanto de força que coloquei ao o lançar até o gol.

Any estava devastada e Sabina estava com ela, e nesse momento eu não queria ou conseguia estar com ninguém. Aliás, quem de nós não estávamos?

A minha mãe entrou em trabalho de parto. Era uma benção essa criança, só o momento era difícil. Eu amava o meu irmão sem o ao menos ter o segurado em meus braços. Quase todos os nossos familiares estavam no hospital. Ele se chamaria Jaden.

E ontem eu pude o ver e eu nunca vi, algo manter meu coração quentinho com uma criança. Ele se movimentou em meus braços e eu o amei por ele se sentir seguro ali.

Any também o pegou no colo. E mesmo com lágrimas, ela sorriu depois de todos esses dias.

( ..... )

Voltei pra casa e agora eram oito horas. Tomei um banho e troquei de roupa, eu estava exausto mais ainda não conseguia dormir.

Então passava boa parte do tempo ocupando minha mente pra não pensar no que tem acontecido nesses três dias. Olho meu telefone tocar ao na bancada da cozinha aonde ao lado tinha um cesto de frutas, que me mostra o quanto não como á muito tempo e se quer tinha vontade pra isso.

Pego o telefone lendo a mensagem: Pode me encontrar em Coney Island daqui uma hora?

Leio a mensagem pela barra de notificação e penso em responder. Achei que ela precisava de um momento, que ela precisava respirar. E os nossos problemas não se comparavam com a situação atual.

O que Any queria que eu fosse fazer na praia? Eram quase quarenta minutos daqui. Estranhei de princípio mais respondi que sim. Eu iria vê-la.

Peguei qualquer coisa na tentativa de comer no caminho, mais nada me fez ter apetite. Só pensava no que estava fazendo ali e por que ela estava ali.

Estacionei o carro próximo dali e procurei pela garota por lugares próximos com o olhar. A achei sentada na areia olhando pro mar.

Andar até ela sem nos direcionarmos uma palavra depois da morte de Noah foi como um murro no estômago, por que não sabíamos o que estava fazendo.

- Oi - A garota se assusta e seca uma das lágrimas que caia no seu rosto.

Ela estava chorando.

- Oi - Ia me sentar quando ela levantou - Não precisa sentar.

Olho freneticamente pra garota esperando que ela me explicasse o que estávamos fazendo aqui.

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