Brooklyn 61

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Brooklyn - Nova Iorque
9:35Am

Se passaram três semanas desde que Josh me contou sobre o possível falimento da empresa. E eu tentava ao meu máximo auxiliar o suficiente pra que não fosse necessário fechar, mesmo com empréstimos de bancos atrasados e pagamentos adiados.

Adentro o ambiente vendo que tudo estava normal. Ou pelo menos parecia. Dentre as pessoas suponho que talvez ninguém saiba, ou mantinham muito bem que tudo estava estável, enquanto eu surtava internamente. Nunca soube lidar com novidades extravagantes. Sejam positivas ou negativas.

Mas suponhamos que as negativas são bem piores. Vou até minha sala adentrando o aconchegando lugar:

- Chegou mais cedo que eu - Coloco a bolsa sobre a mesa vendo o loiro apoiado na minha cadeira.

- Foi mal, já estava de saída! - Levanta de cabeça baixa e tenta sair sem falar mais nada.

- Tudo bem!! - Sorrio e vejo o garoto tentar sair de novo sem ao menos me cumprimentar - Tá tudo bem? - Pergunto preocupada.

Não era o melhor dos momentos agora, tudo estava estranho, nosso relacionamento, as coisas na empresa. Não tinha com o que me preocupar, além das nossas brigas repentinas, mais eu sentia um clima estranho sobre a sala.

- Tudo - Responde finalmente me olhando mais ele estava completamente distante.

- Tem certeza? - Pergunto vendo o loiro suspirar e desviar o olhar sobre a sala.

- Sim!! - Força um sorriso e eu retribuo preocupada - Preciso ir embora!!

- Ok! - Assinto sem entender - Tudo bem então!! - Saio de sua frente permitindo que ele possa sair da sala. E isso aconteceu rápido demais. O fato que me angustiou não foi ele não ter me cumprimentado se quer com o beijo na bochecha.

Foi a forma como ele estava estranho, respondendo friamente e se quer querendo ficar no mesmo ambiente que o meu.

E aquilo ficou martelando por um segundo exatamente dia inteiro, eu mal trabalhei com a cabeça cheia de problemas e preocupações. Como as cartas da faculdade, que por enquanto eu ainda não recebi nenhuma resposta.

Ficar sem saber se vai ser aprovada na faculdade dos seus sonhos, que ruma metade do planejamento da sua vida é péssimo. Mais ao MESMO tempo ficar sem saber por que o seu namorado está estranho do nada, é pior ainda.

Ouço a companhia soar em meus ouvidos e faço uma careta por ver que estava completamente distante nos meus pensamentos. Levanto reclamando de quem poderia vir essa hora na minha casa, e a minha suposição só voltava pra uma pessoa:

- Não jantei - Me direciono ao sofá ouvindo um gritinho de tristeza.

- To com mo fome, e vim ver se você tinha feito comida - Ouço o sofá afundar indicando que ele estava ao meu lado - Sabe na minha geladeira não tem muita coisa pra cozinhar.

- Noah - Me viro pra ele - Você não coloca um ingrediente naquela geladeira há exatos - Conto em meus dedos - Desde que eu te conheço.

- Eu sei, eu sei - Se rende levantando os braços - O que houve com você? - Pergunta me analisando - As cartas ainda não chegaram?

Não tinha como esconder nada do Noah. Era impossível. Principalmente vindo de mim, as vezes penso que ele me conhece melhor que eu mesma.

- Não! - Faço um careta - Acho que até os finais de semana elas chegam! - Aperto uma mão na outra tentando conter meu nervosismo.

- Ei, não! - Noah pega minhas mãos sutilmente diferente de quando eu apertava segundos antes - Você está nervosa Any!! Não deixe isso se sobressair sobre você!!

𝑆𝐸𝐶𝑅𝐸𝑇𝑆 - Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora