XLI

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No dia seguinte Perrie esperou apenas que todas tomassem café, havia contado a Jesy sobre seu plano de levar Jade até a mãe e só precisava da ajuda de Holly para concluir o que havia traçado.

Assim que a menor se levantou para sair do refeitório, Perrie a puxou dizendo precisar de sua ajuda em algo e rapidamente a levou até a área da frente do convento.

Como havia feito nos últimos dias, Jade se preparou para sair e ir até a igreja rezar por sua mãe, mas foi impedida por Jesy que a segurou pelo pulso e a conduziu para fora do lugar seguindo calmamente pelos corredores.

— Jesy, eu preciso... – Jade até tentou mas foi impedida pela maior antes de terminar sua frase.

— Eu sei Jadey, mas hoje não. Hoje vamos fazer algo diferente. – disse ao dar um sorrisinho esperto.

— Desculpe Jesy, mas eu preciso fazer isso. – a freira disse lamentosa e Jesy logo passou um braço por seu ombro.

— Fique tranquila Jadezinha. Você vai gostar. – comentou fazendo a morena a olhar em total curiosidade.

Assim que chegaram na área aberta na frente do convento, Jesy se aproximou da biz azul claro da irmã Inéz, que se parecia mais com uma lambreta. Jade notando aquilo franziu seu cenho e encarou Jesy esperando pelo que viria. Mas a única coisa que viu foi Rosalía surgir e se aproximar com certa curiosidade.

— O que fazem aqui? – disse examinando as garotas.

— Cuidando das nossas vidas, e você? – Jesy rebateu cruzando os braços.

— Hum. Vou ao centro, preciso resolver umas coisas... – comentou como quem não quer nada e a loira revirou seus olhos.

— Pois vá e nem volte. – disse desdenhosa. Jade permanecia com o cenho franzido observando as duas.

— Logo menos, querida. – Rosalía soprou dando um sorrisinho endiabrado e saiu de perto das garotas logo estando fora do lugar.

— Essa Maria Madalena tá aprontando alguma... – Jesy disse com olhos cerrados olhando na direção que a Rosalía saiu.

Jade no entanto não disse nada, ainda queria entender o que estavam fazendo paradas ali. Mas como se lessem seus pensamentos, logo a figura de Perrie e Holly fizeram-se presentes no ambiente, ambas carregando sorrisos espertos em seus rostos.

— Pronta para ir ver como sua mãe está? – Perrie disse com um grande sorriso balançando um molho de chaves em sua mão.

— Como assim? – a morena olhou confusa para as três garotas ali. Logo Holly deu um amplo sorriso.

— Perrie vai levá-la até o hospital que Norma está. Com certeza deve ser no principal aqui de South Shields. Enquanto estiverem lá, vamos dar cobertura a vocês aqui. – a menor explicou e as noviças rapidamente assentiram.

Jade teve pouco tempo de raciocinar. Claro que não iria negar de finalmente ir ver sua mãe, mesmo que achasse arriscado. Então, antes que qualquer dúvida a tomasse, a freira concordou com um aceno de cabeça e esperou ao lado de Perrie por um momento.

Jesy foi até o portão para averiguar se as freiras já haviam saído para irem ao centro, assim como faziam todo sábado com Inéz conduzindo a van. Com isso, caso alguém perguntasse por Jade ou Perrie, diriam que as duas haviam ido para centro também.

Quanto a lambreta, apenas Inéz a usava e ninguém quase ligava para a moto. Porém por algum milagre a mesma não passou despercebida pelos olhos de Perrie, que logo teve a ideia de usá-la para levar a freira até a mãe.

Assim que Jesy fez sinal positivo com a mão, Perrie saiu com a lambreta para fora do convento e parou esperando apenas Jade subir. Mesmo que a freira tivesse um leve medo por não ser acostumada a andar em veículos daquele tipo, a morena montou, agarrando fortemente na cintura de Perrie e a mesma logo acelerou com as duas para longe do lugar.

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