Murderess!

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O sol invade o nosso vagão, levanto e acordo Leon.

-Já estamos chegando, acorde!
-Hum... tá certo -ele diz se espreguiçando

Ele levanta e vai pra porta, "É hora de pular", ele diz e eu salto, caminho até a base que Bob se encontra.

-Chegamos com os equipamentos! -digo
-Nossa que rápido, vocês chegaram a tempo!
-A tempo de que? -pergunto
-A tempo de ir para uma reunião que marquei com Luiz hoje à tarde - ele fala
-Hum... -semi serro os olhos
-Com que objetivo? -pergunta Leon chegando e parando ao meu lado
-De reverter essa situação e evitar mais mortes! -Bob responde
-É uma causa nobre -digo e respondo -Eu vou!
-Se você vai eu vou também! -Leon fala
-Ótimo, vão para casa e me encontrem aqui com roupa social, sem armas, elas serão inúteis, ele disse que só irá falar conosco de uma sala de vidro blindado que os guardas dele estão montando perto da muralha!
-Ok então...até mais tarde, mande alguém descarregar o trem! -digo saindo pela porta

Nós fomos pra casa, almoçamos, e nos trocamos, Leon botou um terno e eu botei uma calça com um blazer, Bob já está a nossa espera, ele também está de terno, junto dele mais 4 guardas, "Vamos?" Bob fala e nós o acompanhamos.

Atravessamos a muralha, vejo a caixa de vidro cintilar no meio do terreno, não consigo contar quantos Spinaris estão guardando em volta do nosso lado da caixa, o mesmo pros Strabobisky.
Entramos na caixa, no meio da sala tem um painel de vidro que divide a sala no meio, chegamos primeiro, todos os homens ficam em fila e eu atrás, a ordem é: guarda, guarda, Bob, Leon, guarda, guarda. Sou a menor aqui, fiquei atrás de todos, escondida da visão de qualquer Strabobisky, observo a porta do lado deles se abrir em uma brecha entre o braço de Leon e o do guarda ao seu lado. Entra com Luiz mais 4 guardas que também fazem uma fila em volta dele.

-Comecem! -Luiz fala
-Bem...está é a nossa última tentativa de paz! -diz Bob
-Sim...e? -fala Luiz e eu o observo
-Formulamos um acordo...-diz Bob
-E nesse acordo eu ganho o scarlatti que preciso? -interrompe Luiz
-Não! -diz Bob
-Até porque juventude não é estritamente necessário se você tem a cura para todas as doenças! -Leon diz
-A juventude faz com que você viva pra sempre! -Luiz defende
-Você só quer essa juventude eterna para ficar no poder pra sempre, mas não sinto nem um pouco em te dizer que não será assim! -Leon se excede um pouco
-Exatamente, e pode ter certeza que será assim! -Luiz se excede
-Você que pensa! -Leon fala e bota o braço atrás das costas pego sua mão, a mesma está gelada
-É claro que penso, eu quero e eu vou! -Luiz grita e da um passo à frente
-Ela não é necessária! -Leon apoia um pé a sua frente
-Ela é sim! -Luiz grita
-Rapazes não viemos aqui para discutir, e sim para organizarmos um acordo de paz! -quando Bob fala solto a respiração que não percebi que tinha prendido, troco o apoio de perna e Luiz me vê
-Quem é que está ai atrás? -ele fala apontando pra mim, Leon aperta a minha mão -Vamos saia! Quem é vo...
-Sou eu! -digo me espremendo entre o guarda e o Leon
-Ah, a garota que matou minha esposa! -ele diz cruzando os braços
-Você matou meus amigos! -digo
-Eles não são nada, você matou a mulher que eu amava! -ele se excede
-Amava? Você a mandou para a morte! -digo e dou dois passos a frente
-Eu não mandei nada, você a matou! -ele diz e minha vista embaça
-Você a mandou sim, você sabia das consequências! -ando pra frente e fico a um palmo da parede de vidro
-Não mude de assunto! Não tire sua culpa! -ele fica a um palmo do painel também
-O que você quer que eu diga? Quer que eu grite pro mundo que eu matei a Joice? Eu grito! MUNDO EU MATEI A JOICE! -grito olhando pra cima e volto a encara-lo assim que termino, sinto como se chumbo percorressem minhas veias -E se tem uma coisa que eu me arrependa todo santo dia é de tê-la matado, ela não merecia o marido que tinha! -digo o fitando, e o fuzilando com os olhos
-Saiba que esse trato não será feito! -Luiz diz e se virá
-Mudou de assunto? Que foi? Tá fugindo da verdade? Ela é verdadeira né? Sentiu a culpa não foi? -digo
-Cala boca sua... ahh -ele abre a porta e sai

Eu arfo, minha respiração está pesada, quero sair daqui, viro pra trás e encaro Bob, encaro Leon, ando em direção a porta, mas volto, agarro Leon pela gravata e o arrasto pra fora daquele lugar, agarro seu pescoço, e sussurro no seu ouvido.

-Voe!
-Pra onde?
-Qualquer lugar!
-Você está bem?
-Só me tire daqui por favor! -digo e ele me puxa pra frente
-Relaxa! -ele passa a mão em volta do meu rosto e seca a única lágrima que escorreu -Não chore por ele!
-Não estou chorando por ele! -digo
-Está chorando pelo que então? -
-Por causa dela!
-Ahh, não pense nisso! -ele passa a mão em minha cintura e nós voamos.

Worlds paralepsOnde histórias criam vida. Descubra agora