Declaration!

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Passou um dia desde que chegamos aqui, e nesse dia só fizemos carregar um trem com armas, e receber provocações da chefe do estoque, Marlee, só não voei na cara dela ainda porque não sei oque vão fazer comigo, mas eu tô a ponto de partida é só ela provocar que vai começar.
Arrumaram algumas pessoas para ajudar, agora eu só faço olhar e anotar o andamento numa prancheta que Regina me deu. O resto do povo foi passear pela cidade, Leon ficou ajudando, nesses últimos 2 dias ando percebendo alguma coisa estranha quando olha pra mim, nessa manhã não parou, toda vez que eu olhava pra ele, ele me encarava, agora ele me olha e me chama, ele anda e para em um beco perto de onde estávamos, e eu o sigo.

-Que foi Leon? Algo errado?

Ele me olha com ternura e vem caminhando em minha direção, eu recuo até ficar encurralada na parede, ele passa a mão pela minha cintura, ele envolve meu rosto com uma de suas mãos e acaricia minha bochecha com o polegar.

-Leon oque você tá fazendo?
-Shiii
-Mas... -ele interrompe
-Eu acho que estou gostando de você -ele sussurra me causando arrepios
-Anh Leon -desvio o olhar, me concentro em uma pedrinha que vejo no chão a alguns metros de nós, ela é verde e dependendo de como a luz bate sobre ela, ela brilha -olha o que você.... -ele me interrompe novamente
-Calma -diz ele -Só escuta -ele se aproxima ainda mais se é que isso é possível -Eu acho que gosto de você desde que a vi com a cabeça pendurada pra trás no sofá da rainha.
-Ah -digo sem animo, continuo encarando a pedra -Leon não -apoio a mão em seu peito tento empurra-lo, não sou forte mas estamos perto demais pra mim empurrar e fazer com que haja um espaço considerável entre nós
-Calma, só fique aqui -seu tom de voz soa firme e delicado, mas quase não as seguro mas
-Não Leon -digo- se você soubesse....-não consigo concluir
-Se eu soubesse o que?
-A quantidade de decepções que já vivi -minha vista embaça- e que a última foi de longe a mais cruel -mordo o lábio inferior pra segurar o choro -E-eu só -gaguejo -não agora- termino
-Tudo bem -diz -Eu te dou esse tempo

Ele abre espaço, dou as costas, mas antes de virar a esquina, ouço.

-Só não espere eu ir embora pra perceber -uma lágrima escorre, e isso é a última coisa que ouço ele dizer.

Me viro e saio, preciso me distrair, seco a lágrima e volto pra área do trem, pego minha prancheta e a leio.

Worlds paralepsOnde histórias criam vida. Descubra agora