Levantei um pouco desnorteada, estava ainda sob o fascínio de Pazuzu, tinha tantas perguntas para ser contestadas. E eu estava segura de que quem tocava a porta era os médicos. E eu não estava com um pingo de paciência para responder-lhes.
Abri a porta lentamente, o sol estava no alto e a luz começou a entrar à medida que eu abria, ofuscando minha visão. Os médicos costumavam andar em grupo, mas eu só enxergava a silhueta de uma pessoa.
- Amêli, você está bem. – A voz era preocupada e carregada de um sotaque romeno. Reconheci no mesmo momento que cada palavra foi pronunciada.
- Aaron, que bom que você está aqui. – Sorri, mesmo sem enxergá-lo muito bem, e então o abracei.
O calor do seu corpo, as batidas firmes de seu coração. Fechei os olhos e senti o perfume característico do meu cigano. Sorri ao trata-lo como meu.
Suas mãos passeavam em minhas costas, e aquele aspecto preocupado de quando chegou, já não me era sentido, ele disfrutava assim como eu, da aproximação de nossos corpos.
Senti que sua pelve exalava um calor mais excessivo do que o restante do corpo, e sua respiração começava a ofegar. Sua mão direita correu por minhas costas e subiu até minha nuca. Ele afastou o rosto ligeiramente, e então me deu um beijo na bochecha.
Sem afastar muito o seu rosto, ele me deu um outro beijo, um pouco mais próximo de minha boca. Sua mão continuava afagar minha nuca, e a outra alisava minha cintura.
Ele me olhou nos olhos e eu acredito que ele sentiu meu consentimento no olhar. Eu estava ardendo de desejo, as lembranças do beijo me invadiam a mente, e então senti seu hálito quente e fresco outra vez a se aproximar.
Seus lábios tocaram os meus e eu arfei em desejo. Ele passou a me direcionar para a cama, eu dava passos para trás, confiando em sua direção. Ele fechou a porta com os pés e logo me deitou no colchão de palha.
- Você tem certeza? – Ele me perguntou, e sua respiração era ruidosa, e a voz estava rouca.
- Eu tenho. – Falei como num sopro, meu interior ardia de paixão.
Seus beijos passaram a ser mais intensos em meus lábios, sua mão direita movia minha cabeça em várias direções, para deixar exposto o meu pescoço que era preenchido pelos lábios finos e doces de Aaron.
Senti que seu membro endurecia e tocava minha coxa, fazendo-me suspirar. Sua mão direita desceu até a minha saia, e lentamente ele a levantou. Seus dedos roçavam minha pele agora exposta, e como uma corrente de energia, subia para todas as partes do meu corpo.
Ele fitou-me para ver como minhas expressões se comportavam a cada toque. E ele se deliciava por causar aquela sensação. Seus dedos subiram por dentro do meu vestido e trataram de lentamente retirar minha roupa intima. Me senti um pouco exposta e envergonhada, contudo, o desejo só aumentava.
Ele retirou a camisa e deixou o peito exposto, os músculos firmes e delimitados por toda sua caixa torácica. Fiz menção de tocar, mas reprimi o impulso. Ele percebendo meu gesto, agarrou minha mão direita e a fez correr por a extensão de seu peito, era quente e muito firme. Me arrancavam suspiros profundos.
O desejo foi aumentando de tal forma que eu passei a sentir espasmos pelo corpo, e meus membros estavam a tremer, até meus lábios não conseguiam ser controlados.
Ele me beijava para acalmar meu coração, seu antebraço apoiado na cama, as mãos livres faziam o papel de desnudá-lo ainda mais, pois retiravam-lhe as calças.
- Te desejei desde o primeiro momento em que te vi, Amêli. – Ele disse num sussurro e eu fechei os olhos tímida, mas abri um leve sorriso, pela delicadeza que ele estava tendo comigo.
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Praga de Marselha
Mystery / ThrillerOlá a todos... venho compartilhar com vocês um novo projeto, é uma história de romance e terror, ela se passa na cidade de Marselha de 1721, no auge da praga que dizimou mais da metade da população. O livro está em construção, e estou postando ele d...