Yoongi.
- Cada um aqui sabe seu papel. - Namjoon se apoiou na mesa, olhando pra todos nós. - E não tem margem pra erro.
O clima pesava, como se o ar tivesse mais denso. E, de fato, tava. Porque o que a gente ia fazer... não tinha volta.
Namjoon respirou fundo, apontando pra uma das telas.
- Eu rastreei todos os fluxos de dinheiro que os pais dela movimentavam. As contas estão começando a ser bloqueadas, mas descobri pra onde foi parte desse dinheiro antes. E não é bonito.
Ele virou a tela, revelando uma teia de conexões. Empresas falsas. Nomes de fachada. Movimentações suspeitas. E, no centro... nomes de políticos, empresários, juízes e até gente da própria polícia.
- Eles bancavam um sistema inteiro de corrupção. - Disse. - E agora que eles morreram, quem ficou tá desesperado.
Jungkook girou o notebook pra mim.
- Tô hackeando as câmeras da cidade. Tem gente se movimentando. Investigando você, Yoongi. Investigando ela. - Digitou mais algumas coisas, os olhos cortantes. - E tentando limpar os rastros deles. Mas... não são mais rápidos que eu.
Taehyung jogou uma pasta grossa sobre a mesa.
- Aqui estão os nomes dos seguranças, capangas, olheiros e mercenários que eles costumavam usar. Metade tá se escondendo. A outra metade... tá vendida pro lado que pagar mais.
Ele cruzou os braços, os olhos semicerrados.
- Meu trabalho começa agora.
- Já tô cuidando da parte social. - Jin disse, mexendo no celular. - Jornalistas, colunistas, influencers. Alguns vão receber uns dossiês bem interessantes nas próximas horas. E outros... bom, outros vão se calar, se quiserem continuar respirando.
Namjoon virou pra mim.
- E você, Yoongi. - O olhar dele era firme, sério.- Você sabe qual é seu papel.
- Eu sei.- Respondi, seco. - Eu sou a mão que derruba.
Silêncio.
O tipo de silêncio que só existe quando todos sabem que, a partir daqui, não existe mais inocência. Só consequências.
- Então tá decidido. - Namjoon assentiu.- Ninguém toca nela. Ninguém se aproxima. E quem tentar... - Ele olhou pra Taehyung, que sorriu de canto. - Vai sumir.
Peguei o celular no bolso, conferindo se ela tinha mandado mensagem. Nenhuma. Ela tava segura. Jimin e Hoseok tão lá. E se alguém ousar aparecer... não vai sair de lá andando.
Guardei o celular de volta e ajeitei o casaco.
- Vamos começar.
Jungkook girou a cadeira, os olhos queimando.
- O inferno abriu as portas.
Taehyung estalou os dedos, um sorriso frio no rosto.
- E adivinha quem tá segurando a chave?
Namjoon abriu outro arquivo, cheio de nomes e rostos.
- Eles. Todos eles. São os próximos.
Jin ergueu o copo de whisky, como se fosse um brinde.
- Bem-vindos ao lado em que ninguém sai vivo.
E eu... eu só sorri.
Porque se eles achavam que o pior já tinha passado... é porque ainda não tinham visto do que eu sou capaz.
Continua...

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O leilão
Fiksi PenggemarMin Yoongi foi o meu primeiro amor. E também o meu maior sofrimento. Éramos dois jovens tolos que acreditavam que o amor bastava para enfrentar o mundo. Mas meu pai fez questão de me provar o contrário. Ele arrancou Yoongi da minha vida com a mesma...