Capítulo 6 - Theo

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Enquanto eu andava da esquina onde falei no telefone com Will, já vi o assistente bonitão Angelino chegar na calçada em frente do prédio da empresa. Nem sei porque voltei para a Horsefall, era ridículo ir até o aeroporto para ver um homem que estava indo embora. O que poderia acontecer em um encontro tão rapidinho?

― Theo. ― Angelino disse. ― Como vai, gata?

― Bem. E você, senhor Angelino?

― Ah, para! Me chama de Angel.

Eu sorri, mas ele não entendeu porque não sabia da minha amiga. ― Sabe, eu conheço uma Willow.

Ele franziu a testa.

― De Buffy. ― eu levantei as sobrancelhas. ― O seriado.

― Ah, sim, sim! ― ele colocou o telefone no ouvido. ― O gato que era vampiro, não é?

― Esse. ― torci a boca e olhei para baixo, acho que ele não curtiu a piada.

― Aqui na porta. ― Angel disse. ― Vem rápido. ― ele guardou o telefone. ― O motorista vai te levar no aeroporto e te esperar lá. Depois te deixa em casa ou onde você preferir.

― Onde no aeroporto? ― eu perguntei tensa.

― No embarque. Milorde está na sala VIP.

― Como vou achar?

― Todo mundo sabe onde fica.

Eu fiquei vermelha de vergonha. ― Eu nunca fui no aeroporto Internacional.

Ele fechou a cara. ― Mentira!

Eu sacudi a cabeça.

― Que coisa, gata!

Dei de ombros.

Um carrão preto subiu a rampa da garagem. ― Vamos. ― ele disse abrindo a porta de trás para mim assim que o carro parou. ― Eu te levo lá.

― Oh, obrigada.

― Milorde tem pressa, o vôo dele esta confirmado.

Eu estava muito envergonhada. ― Não sei para que ele quer me ver lá... ― eu balbuciei entrando no carro.

― Milorde deve saber, isso basta.

― Boa tarde, senhor. ― eu disse para o motorista vendo Angel fechar a porta para mim.

― Boa tarde, senhorita.

― Toca para Guarulhos, rápido! ― Angel disse sentando no banco da frente. ― Milorde esta esperando.

O homem acelerou o carro com tanto jeito que eu mal senti a velocidade. Era um veículo enorme, todo de couro preto, limpíssimo.

― Por que você chama Will de Milorde? ― perguntei.

Angel se virou e me olhou de um jeito engraçado. ― Will. ― ele disse fazendo bico. ― Par você ele pode ser Will, mas para nós ele é sua graça, o duque de Horsefall. My lord. ― completou com entoação.

― Duque?

― Sim, duque do Reino Unido.

― Duque, tipo duque de verdade?

― Sim.

― De seriado e livro de romance de banca?

― Que isso?

― Livro de banca de jornal, aqueles romances açucarados de época com muitas mocinhas em perigo? Nunca leu?

― Não...

― Eu li os da minha tia, ela tem vários. ― expliquei. ― São livros baratos impressos em papel jornal.

― Que curioso.

Meu Duque CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora