Enquanto eu andava da esquina onde falei no telefone com Will, já vi o assistente bonitão Angelino chegar na calçada em frente do prédio da empresa. Nem sei porque voltei para a Horsefall, era ridículo ir até o aeroporto para ver um homem que estava indo embora. O que poderia acontecer em um encontro tão rapidinho?
― Theo. ― Angelino disse. ― Como vai, gata?
― Bem. E você, senhor Angelino?
― Ah, para! Me chama de Angel.
Eu sorri, mas ele não entendeu porque não sabia da minha amiga. ― Sabe, eu conheço uma Willow.
Ele franziu a testa.
― De Buffy. ― eu levantei as sobrancelhas. ― O seriado.
― Ah, sim, sim! ― ele colocou o telefone no ouvido. ― O gato que era vampiro, não é?
― Esse. ― torci a boca e olhei para baixo, acho que ele não curtiu a piada.
― Aqui na porta. ― Angel disse. ― Vem rápido. ― ele guardou o telefone. ― O motorista vai te levar no aeroporto e te esperar lá. Depois te deixa em casa ou onde você preferir.
― Onde no aeroporto? ― eu perguntei tensa.
― No embarque. Milorde está na sala VIP.
― Como vou achar?
― Todo mundo sabe onde fica.
Eu fiquei vermelha de vergonha. ― Eu nunca fui no aeroporto Internacional.
Ele fechou a cara. ― Mentira!
Eu sacudi a cabeça.
― Que coisa, gata!
Dei de ombros.
Um carrão preto subiu a rampa da garagem. ― Vamos. ― ele disse abrindo a porta de trás para mim assim que o carro parou. ― Eu te levo lá.
― Oh, obrigada.
― Milorde tem pressa, o vôo dele esta confirmado.
Eu estava muito envergonhada. ― Não sei para que ele quer me ver lá... ― eu balbuciei entrando no carro.
― Milorde deve saber, isso basta.
― Boa tarde, senhor. ― eu disse para o motorista vendo Angel fechar a porta para mim.
― Boa tarde, senhorita.
― Toca para Guarulhos, rápido! ― Angel disse sentando no banco da frente. ― Milorde esta esperando.
O homem acelerou o carro com tanto jeito que eu mal senti a velocidade. Era um veículo enorme, todo de couro preto, limpíssimo.
― Por que você chama Will de Milorde? ― perguntei.
Angel se virou e me olhou de um jeito engraçado. ― Will. ― ele disse fazendo bico. ― Par você ele pode ser Will, mas para nós ele é sua graça, o duque de Horsefall. My lord. ― completou com entoação.
― Duque?
― Sim, duque do Reino Unido.
― Duque, tipo duque de verdade?
― Sim.
― De seriado e livro de romance de banca?
― Que isso?
― Livro de banca de jornal, aqueles romances açucarados de época com muitas mocinhas em perigo? Nunca leu?
― Não...
― Eu li os da minha tia, ela tem vários. ― expliquei. ― São livros baratos impressos em papel jornal.
― Que curioso.
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Meu Duque CEO
RomanceUma única escolha pode mudar sua vida inteira? E algo inocente como um encontro inesperado em um elevador apertado? Theodora Reys é esforçada e sonhadora, estuda sozinha porque a grana é sempre curta. Se sustenta vendendo bolos de pote e fazendo fot...