Capítulo 11 - Theo

465 28 0
                                    

Assim que saí do avião, vi uma moça uniformizada me esperando com uma plaquinha onde meu nome estava escrito. Ela se apresentou e me levou à sala VIP. Muito simpática, ela disse que era agente da companhia aérea responsável por cuidar dos clientes especiais e na sala reservada seria mais confortável esperar para passar na alfândega e o desembarque da minha mala.

Eu estava como um gato assustado, olhando por todo canto de olhos arregalados. Até o ar era diferente!

Eu mal podia acreditar que estava no exterior. Finalmente! Tanto que estudei e sonhei em visitar um lugar onde se falasse inglês, agora estava ali na sala chique ouvindo só a língua inglesa com sotaque refinado. Uau!

A moça teve razão, demorou bastante para liberar a inspeção de malas e o carimbo no meu passaporte, mas quando eu fui liberada e passei pelo portão, vi um homem de terno segurando outra plaquinha com meu nome. Fui até ele e me apresentei.

Good morning, ma'am. ― ele disse, eu sorri porque ninguém nunca tinha me chamado de madame. ― Milorde Atkins manda lembranças. Eu vou levá-la ate o hotel.

― Obrigada. ― respondi meio entristecida. ― Achei que ele estaria me esperando...

O homem pegou minha mala e indicou o caminho. Andamos pelo enorme aeroporto até um elevador que nos levou a um estacionamento muito limpo ,claro e vazio. Para sair do hall ele encostou um cartão na tranca, uma luzinha piscou e as portas de vidro abriram.

― Por aqui, madame, por favor. ― ele apontou e parou em um tapete logo ao lado da porta. ― Se não se importar, pode esperar aqui e eu trago o carro.

― Ah, ok. obrigada.

Ele seguiu puxando minha mala e entendi que era um lugar que poucos tinham acesso, devia custar caro. Assim como o carrão que parou na minha frente. O motorista saiu, abriu a porta de trás para mim e se inclinou em cumprimento.

― Obrigada. ― eu balancei a cabeça e entrei no carro. Morri de vergonha porque quase sentei em um embrulho. ― Olhe. ― eu disse quando o motorista sentou atrás do volante. ― Tem um pacote aqui. ― era bem bonito, preto brilhante com um laço enorme de fita dourada.

― Milorde mandou para a senhorita.

Ah... Corei de vergonha. Que burra, eu. Como achei que um senhor tão profissional ia fazer a bobagem de deixar um pacote esquecido?

Enquanto o carro andava suave, eu abri o laço da fita dourada que prendia a caixa preta. Tirei a tampa e achei um envelope com meu nome escrito em letras de forma.

THEO

Um calafrio me percorreu e eu sorri, só podia ser dele.

Bem vinda, minha formosura.

Use.

Vou querer ter você sempre ao meu alcance.

até mais,

J

Senti meu pescoço ficar quente. Até letra bonita aquele homem tinha! Era escrita de homem, corrida e pequena como alguém que tinha pouco tempo para perder.

Eu, boba como era, perdi tempo lendo e relendo as 15 palavras para tentar achar alguma mensagem escondida.

A luz da manhã explodiu no carro quando saímos do estacionamento e eu vi a cidade lá longe. Londres! Que sonho!

Na caixa eu achei um telefone novinho igual ao dele, Iphone caro, brilhante, moderno. E ligado!

Estava carregado, tinha um papel de parede com a logomarca da Horsefall e nos contatos apenas o nome dele.

Meu Duque CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora