Capítulo 2 - Theo

658 30 4
                                    

Aquele sussurro me queimou de dentro para fora.

― Não consigo me segurar mais. ― e tinha um sotaque lindo... ― Por favor, me deixa meter a mão dentro da sua saia.

Eu mordi o lábio inferior, olhei por cima do ombro discretamente e tentei sair de perto.

― Fica, por favor. ― as mãos grandes apertaram meus quadris.

Aquele pedido naquela voz foi como um imã para mim. Fiquei onde estava até que os homens finalmente conseguiram tirar o maldito piano e abaixei a cabeça esperando os mil minutos até a porta fechar.

Assim que o elevador começou a descer mais, ele me segurou a barriga com uma mão espalmada e a outra manteve no meu quadril. ― Você tem um perfume delicioso. ― ele disse, eu fechei os olhos para controlar o vulcão dentro do meu peito. ― Mmmm. ― ele colou o nariz no meu ombro e me apertou contra ele com mais forca. A maldita saia da sorte era fina e delicada como toda roupa cara e por isso eu sentia que ele estava ficando muito animado...

De repente sentimos o baque do elevador parando e quando a porta abriu e ele me soltou. Eu dei uns passos para frente e me virei de lado para ver foi quem era esse estrangeiro misterioso - aquele sotaque não era de brasileiro de jeito nenhum! Ele era um homem lindo e alto, rosto másculo com barba por fazer, cabelo bem penteado para trás, de terno alinhado e sorriso charmoso.

― Vamos? ― ele indicou a garagem onde estávamos.

Eu nem consegui andar direito, tropecei nos pés e ele me conduziu pelo cotovelo para fora do elevador. O aviso dizia S2, então entendi que era o segundo subsolo porque tinha jeito de garagem vazia. Só tinham 3 carros no espaço todo. Devia ser exclusiva ou coisa assim.

O homem sem nome me encostou no carro mais próximo e chegou o rosto perigosamente perto do meu. Levantou um canto da boca em um tipo de sorriso sexy, roçou lábios com os meus e parou. Entendi que estava esperando minha reação. Coitado! Eu estava congelada!

Ele passou os lábios nos meus de novo, eu senti os pelos de barba e passei a lingua molhando minha boca. Ele inspirou fundo e roubou um beijo profundo como de amantes que se conheciam há muito tempo. A sensação era de um reencontro, como se fizessem meses que eu não via aquele cara que eu nem conhecia! Que loucura estava minha cabeça!

Foi um daqueles beijos de cinema, longos e perfeitos, as mãos dele me seguraram pelo meio das costas e pescoço. Ele era mais alto, tinha cheiro de homem limpo, precisei ficar nas pontas dos pés e nem sei porque respondi a um ataque tão maravilhoso de um estranho. Eu nunca tinha sido beijada daquela forma, sem pressa e com desespero ao mesmo tempo. Como ele prendia meus quadris contra os dele, claramente senti o volume da excitação.

Ele ficou colado em mim o tempo todo daquele beijo, me deixou respirar um momento e roubou um segundo beijo, ainda mais longo. Minha bolsa estava firme no meu ombro, mas eu tinha que segurar o tablet grande e por isso usei só uma mão para agarrar o braço forte dele como se minha vida dependesse daquilo.

― Ah, por favor. ― ele murmurou nos meus lábios. ― Posso?

― O que? ― eu estava meio atordoada, aquilo era tão inesperado!

― Me deixa meter a mão dentro da sua saia. ― ele pediu e correu os dedos pelo meu traseiro até a barra da saia para tocar a pele da minha coxa.

― Não!

Ele enfiou uma perna no meio das minhas e abaixou a boca para meu pescoço. ― Tão cheirosa. Estou louco para ver os segredos que essa sainha esconde. ― Suede... como fala em português?

― Camurça. ― eu balbuciei sem saber como reagir.

― Isso. É essa a palavra, camurça. ― ele agarrou minha coxa segurando metade pele e metade camurça, que era pele de verdade - só que não minha. ― Me mostra o que tem aqui dentro?

Meu Duque CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora