Capítulo 9 - Theo

439 25 0
                                    

Quando o carrão parou na praça, eu já estava lá.

― Bom dia, gata. ― Angel tinha um sorrisinho no rosto. Ele devia achar que eu tinha voltado atrás na minha decisão de desafiar Will somente porque o Duque CEO era poderoso. ― Que olheiras são essas?

― Não dormi.

― Teve insônia?

Olhei para ele tentando ver algum deboche pelo aperto que eu tinha passado, mas ele parecia angelical em sua beleza. Cheguei à conclusão que ele não sabia de nada. ― Uma coisa assim. ― eu resmunguei,

― Coitadinha... ― ele abriu a porta de trás para mim.

Se ele soubesse e estivesse brincando com uma coisa tão séria seria muita maldade. ― Will falou com você ontem de noite?

― Milorde estava voando para casa, gata. ― Angel indicou o carro e eu entrei de olho na reação dele. ― Eu sei que ele chegou porque sou ótimo no que faço, mas ele não falou comigo ainda. Falou com você?

― Não. ― fiz bico.

Ele esboçou um sorriso. ― Por isso você está tão amuadinha? Vamos ver o que podemos fazer para ajudar. ― ele sentou no banco da frente. ― Toca para a Oscar Freire.

― O que? ― eu dei chilique.

― Senta aí e cochila, gata. Deixa tudo comigo.

― Essa é aquela rua que tudo é chique, né? Que a gente paga ate para pisar na calçada?

Ele riu. ― Estou com o cartão corporativo, vou te bancar hoje.

― Vou me dar mal com isso. ― resmunguei.

― Duvido.

― Vou pagar caro um dia.

― Ah-hã!

Corei com vergonha dele e do motorista.

O que ele sabia da minha relação cada vez mais enrolada com Will? O quanto ele sabia da noite anterior?

Acabei piscando e quando abri os olhos estávamos entrando em uma garagem. ― Onde estamos?

― Na Oscar Freire. Ainda bem que você dormiu e não viu o trânsito. Estava um horror hoje. Vou ter que pensar nisso para programar seu embarque. ― Angel falou para si mesmo fazendo anotações no telefone.

― Eh... queria te perguntar uma coisa.

― É sobre pagar as coisas?

― Não.

― É sobre segredos de Milorde?

― Não. Mas eu queria saber muitos desses segredos.

― Sorry. Se soubesse, não contaria. ― ele fez sinal de fechar os lábios com chave e jogar por cima do ombro.

―Angel, preciso mesmo te perguntar uma coisa.

― Pois não.

― Sabe de algum lugar onde eu poderia passar a noite? Pelo menos uma... ― eu suspirei fundo e ele se virou para mim. ― Seria ótimo se pudesse ficar em algum lugar longe de casa.

Ele pareceu que ia falar algo, mas fechou a boca. Depois balançou a cabeça. ― Deixa comigo.

Primeiro Angel me levou a um salão de beleza para 'corrigir a cor do meu cabelo' que para mim estava ótima. Ele trocou beijinhos e abraços com o cabeleireiro e pediu luzes inversas. Eu não sabia o que era aquilo, desconfiei até, mas o salão era tão chique que fiquei com vergonha de falar qualquer coisa.

Meu Duque CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora