Capítulo 10 - Theo

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Depois do jantar, Angel me levou para um hotel chique que ele gostava. Eu estava meio alta pelos drinks que tomamos, a noite sem dormir e a excitação de passar o dia gastando uma fortuna.

― Você vai ficar bem aqui, gata. Está perto da minha casa, qualquer coisa pode me ligar.

― Você mora na Horsefall?! ― perguntei rindo.

― Está bêbada, vai dormir. ― ele implicou.

― Mas aqui é perto da empresa. ― fiz bico.

― E da minha casa também. Minha avó gosta de vir aqui tomar café da manhã.

― Você tem avó?...

― Eu só tenho ela na vida. ― ele fez uma cara diferente, mas não entendi o que era. ― Vai para cama, amanhã teremos muito a fazer antes do seu vôo às 8 da noite.

― Amanhã! ― eu inspirei fundo.

― Boa noite, gata.

― Boa noite, gato.

Entrei no quarto de hotel ainda rindo e levei uns minutos lutando com a luz que não acendia, a porta pesada e o cartão que abria a fechadura. Por fim entendi que se o cartão não ficasse no suporte na parede, a luz não acendia. Que coisa!

Tomei um banho longo e bem quente, usei todos os vidrinhos de sabonete cheiroso que achei no banheiro e deitei usando uma toalha enrolada no cabelo e outra no corpo.

O wifi era ótimo, então liguei para Willow e contei tudo o que fiz durante o dia.

― Vou aí dormir com você!

― Não vem, não!

― Puxa, mas é tudo tão lindo. Me mostra o quarto e a vista de novo! ― virei o telefone e ela deu uns gritinhos. ― Marcinha, agarra essa oportunidade. Não solta.

― É só uma noite em hotel chique...

― Nada disso, burra. É um cara rico caído na sua.

― E ele conhece os príncipes.

― Como?

Expliquei rapidamente quem Will era, mas antes de entrar na discussão sobre o que ele queria comigo, tive que atender a ligação da minha mãe.

― Oi, mãe. Como você está?

― Péssima! Como você acha?

― Foi um horror mesmo, se não fosse tia Márcia, eu-

― Para que você fez isso, Marcinha? Tinha necessidade de mandar prender o Carlão?

― Mãe! Ele tentou me atacar!

― Ele estava só brincando, você sabe como ele é...

― Sei, sim! É um bandido nojento.

― Pare de falar assim dele. Sabia que por sua culpa ele foi mandado para uma penitenciária?

― Aposto que ele mereceu.

― Eu é que não mereço passar por aquelas revistas para ir visitá-lo. ― ela suspirou alto mostrando falta de paciência.

― Ah, por favor. Não me diga que você ainda vai continuar a ver esse nojento!

― Eu devo isso a ele. Se não fosse por você, a polícia não teria encontrado o pobre Carlão e ninguém saberia da ordem de prisão que ele tinha.

― Como é?

― Foi um erro, ele não teve culpa de nada. Um falso amigo que dedurou ele para se livrar.

Meu Duque CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora