Cicatrizes - Pjm + Jjk

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Leiam as notas finais!!
Boa leitura!
#CriaturaParruda

🥊📷

— Foi só um mal estar, não tem porque me internar, doutor. — minha mãe disse após tomar soro na veia e receber a notícia de que seria bom ficar alguns dias no hospital.

A situação está muito mais delicada do que imaginávamos, cá estamos apenas eu, minha mãe e o médico que acompanha o seu caso a mais de anos em uma sala enquanto ela insiste em não ficar aqui por nada nesse mundo.

Depois que ela desmaiou, tive que guardar o desespero para mim mesmo quando a primeira coisa que eu pensei foi levá-la para o hospital e deixar Jimin com o meu filho em casa. Não acordaria Jaemin para preocupa-los, principalmente porque o coitadinho tá muito cansado de tanto que brincou, é quase dez da noite e, quando eu liguei para o meu namorado, ele informou que meu filho ainda está dormindo então presumo que só amanhã que ele irá acordar mesmo, mais cedo que o normal logicamente.

— Senhora Jeon, é para o seu bem, você sabe! — o médico diz, paciente de um jeito que me incomoda pois eu não consigo mesmo ser assim.

— Olha o exemplo que está dando pra mim sendo teimosa desse jeito, mãe. É melhor ficar aqui. — agora é eu quem falo, logicamente impaciente por conta da preocupação inevitável.

— Eu não vou, espera pelo menos o aniversário do Jaemin. Eu quero está lá. — e ela continua com essa ideia, eu até suspiro derrotado e apoio as minhas mãos sobre a mesa do doutor, muito perdido.

Ficamos alguns segundos em silêncio, consigo escutar o médico engolindo o seco e então o olho, percebendo mais uma vez o seu quando olhar preocupado para os recentes exames que a minha mãe insiste em não vê o resultado. Nem eu sei o que estão neles por conta disso.

— Deixa eu vê o aniversário do Jaemin que eu juro que, se eu passar mal mais uma vez, eu fico internada. — ela quebra o silêncio trevoso entre a gente, eu e o médico trocamos olhares e, depois de longos segundos, ele diz:

— Deixa eu falar por alguns instantes com o seu filho em particular, senhora Jeon?

Ela apenas concorda com a cabeça, se levantando com cuidado da cadeira e saindo da sala, um tantinho melhor do que antes mas dá para ver que é o mínimo de força possível em seu corpo que está sendo utilizado.

Eu olho para o médico já esperando o pior e ele, bom, seu semblante denuncia que estou correto com a minha constatação.

— Já estou nesse rango há quinze anos, meu jovem. — ele começa sereno eu diria, mas dá para perceber que isso é o meio que ele procurou de me trazer alguma calma. — E eu já vi de tudo, desde casos milagrosos até os mais trágicos, e eu diria que a pior coisa de ser um médico é dizer a verdade e não poder dá um pingo de esperança se quer ao famíliar.

Eu suspiro com os olhos fechados, já me preparando para ouvir o pior sem que eu chore. Minha mãe não pode entrar nessa sala e vê eu aguando pelos olhos, tenho que continuar firme como estou. Sempre por ela e pelo meu filho.

E meu silêncio foi a deixa para ele finalizar:

— Mesmo que o tratamento tenha ajudado a viver mais do que esperado para alguém com sua doença em um estágio muito avançado, sua mãe só vai conseguir viver mais alguns meses se for internada agora mesmo! Se não, em dentro de algumas semanas ou até menos ela pode nos deixar.

É oficial, minha mãe está morrendo mesmo. Puta que pariu.

O que eu faço agora?

— Gostaria que o senhor fosse lá e conversasse com ela mais uma vez, por favor, não deixe essa teimosia tomar conta. Ela tem que ficar aqui no hospital e receber os melhores cuidados até que o dia chegue.