Só posso ter xingando os deuses!

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Minha cabeça estava prestes a explodir, meu corpo estava extremamente dolorido e o meu braço pior ainda. Fui abrindo os olhos lentamente e vi a garota do outro lado, sentada com as costas na parede, ela estava cantarolando baixo sem nem ao menos notar que eu estava acordada.

Ainda zonza, olhei para cima e só dava para ver as folhas caindo das árvores e a escuridão do céu, incrível que não é muito diferente do mundo lá fora. Como será que a minha família está?

— Ah, você acordou. — ela levantou as pressas e sorriu levemente. — Estamos presas aqui. — revirei os olhos e logo os fechei. — Você precisa vestir uma roupa. — dei de ombros e continuei na mesma posição.

Para que eu precisaria de roupas?

— Você é sempre assim? Não liga de como está?

Deuses! Como ela fala.

— Tzuyu você está nua e literalmente está sem pelos, claro, com exceção mas... — abri os olhos em segundos, olhei para meu corpo e eu...

— Oh, deuses! — por pouco não machuco meu braço ao levantar. — Como eu? Como você... Não se aproxima! — esbarrei na parede quando ela tentou aproximar. — Você tirou o feitiço? Como você fez isso? — eu estava nervosa e com medo. Minhas pernas ficaram fracas e a menina correu para me segurar.

— Não tirei o feitiço. — com sua ajuda, voltei a sentar. — Eu só te segui depois que fugiu e, bem, você precisava de ajuda, não é? — eu estava extremamente aterrorizada. Minatozaki foi até a mochila e pegou uma garrafa com água. — Beba, está desidratada. — olhei para a garrafa estendida e bati em sua mão.

— Você vai me dizer como tirou a droga do feitiço! — levantei e segurei na gola de sua camisa. Contrário do que eu imaginei, ela só sorriu.

— Não acha meio que estranho você da maneira que está, me ameaçar? — seus olhos varreram meu corpo. Senti como se tudo começasse a ferver dentro do meu corpo, eu estava prestes a socar a cara daquela maluca se um rugido não tivesse chamado nossa atenção.

— Me dê seu casaco. — pedi com a mão. A garota negou e abraçou seu próprio corpo.

— Está frio. — suspirei para ter paciência. Eu não acredito que vim parar em um poço com uma desmiolada.

— E eu estou nua! Você está em vantagens. — Minatozaki revirou os olhos, divertida, mas logo me deu o caso. — Me ajude a vestir. — esperei ela terminar de resmungar e pôr com cuidado, já que por causa dela, meu braço está quebrado.

— Sente aqui. — ela tirou umas coisas bizarras de dentro da mochila e a posicionou no lugar que eu estava antes. — Vamos curar seu braço.

— Curar? Você é o quê?

— Seu anjo da guarda. — ela riu e eu revirei os olhos. — Não lembro bem, mas às vezes faço as coisas com o coração, dá certo.

Que coisa mais... blé.

— Tanto faz. Só conserta o estrago que causou. — a garota riu e ficou ao meu lado. Assim que seus dedos tocaram em meu braço, resmunguei pela força que pressionou.

— Qual é, nem estou apertando forte assim. — a olhei incrédula. — Abra a boca, você ainda tem dentes afiados. — ela pediu e eu franzi a testa. — Anda logo. — ela sorriu e fechou os olhos.

— Não vou abrir minha boca, para que quer que eu abra a boca? — por pouco não me afasto quando encontro seus olhos negros assim que os abre

— Tudo bem. — ela levantou e passou uma perna por cima das minhas. Ela se agachou minimamente e puxou meu braço quebrado para cima com muita força e quando ia gritar, ela mete a lateral da mão fazendo com que eu a mordesse forte.

♤Chaotic World♤ 》Satzu《Onde histórias criam vida. Descubra agora