🐰Na manhã seguinte estávamos assistindo a verdinha andar em círculo, ela nervosa e roendo as unhas estava me estressando e eu juro que vou dar outra arranhada nela se não parar.
— E se ele achar que sou muito velha para o cargo? — ela olhou para nós, seus olhos estavam trêmulos a ponto de ter um colapso a qualquer momento.
"Uma jovem se achando velha, ótimo"
A pulguenta foi até ela e fez carinho na perna, a qual foi correspondida com um sorriso carinhosamente irritante. Quando aquela pulguenta se afastou mais, tive que ir atrás, sim, a gingante me pôs uma coleira que está presa na gata pulguenta dos infernos.
— Já está quase dando a hora de ir, e... — ela se agachou (um pouco longe) e deu um pequeno sorriso. — Por favor, não tente fugir enquanto eu estiver ausente. — revirei os olhos e sentei naquele piso gelado de madeira.
A pulguenta virou em minha direção e eu pude jurar que ela piscou para mim.
— E não briguem. — apontou o dedo para nós duas e pegou o casaco. — Não demoro. — ela deu um beijo na cabeça da nojenta e apenas deu um breve aceno para mim.
Andamos até a porta onde Minatozaki deu uma última olhada para nós antes de sorrir e se retirar. Pela greta da porta a vi quando entrou em uma lata velha que nem nos filmes de antigamente, não sei sobre carr então vou ficar na curiosidade de saber qual modelo é.
Tive a impressão de estar sendo vigiada e com certeza era aquela gata nojenta que estava me encarando. Não sei exatamente se era pela raiva ou o medo, mas minhas unhas ficaram maiores e amoladas, eu poderia usar ao meu favor para rasgar essa coleira e fugir.
Pude sentir a coleira movimentar e ouvir o som áspero da língua daquela gata em seus pelos, não perdi tempo em procurar ao menos um espaço na casa que desse para eu ir daqui e finalmente procurar minha família. Por eu ser bem atenta e conseguir rápido solucionar meus problemas, avistei finalmente um vidro quebrado no canto inferior da casa, bem ao lado de uma penteadeira de madeira com uma mancha de tinta encardida.
Na primeira oportunidade que tive, corri mas fui jogada no chão quando a coleira apertou no meu pescoço. Olhei para trás onde aquele pulguenta estava sorrindo. Sorrindo, isso mesmo.
Meus deuses, o que mais se pode esperar desse mundo?
Forcei a coleira conseguindo arrastar ela, seus olhos pararam em suas patas sendo arrastada e dessa vez quem sorriu fui eu. Continuei a arrastar mas fui parada, voltei para ela que agora estava sentada.
"Insuportável"
Abri a boca indignada quando ela jogou metade dos pelos para o lado e olhou para uma direção qualquer.
"Insuportávelmente insuportável!"
Aquela pulguenta dos pelos hidratado levantou e começou a girar ao meu redor sem tirar os olhos dos meus. Quando parou, ela correu e eu caí feito mula com minhas patas enroladas.
" P U L G U E N T A I N S U P O R T Á V E L"
Fui rápida em desenrolar minhas patas... pernas, minhas pernas! E corri atrás dela que corria mais rápido que eu. O ser subiu no sofá e eu bati a cara por não ser esperta. Infernos!
Ouvi seu miado perto do meu ouvido, ela já estava bem do meu lado, podia sentir a respiração apressada e ouvir seu coração que batia rápido pelo cansaço. Sentei e esperei ela cansar e me deixar em paz, mas quem disse que foi isso que aconteceu? Essa pulguenta começou a morder minha orelha e isso tinha me levado ao limite.
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♤Chaotic World♤ 》Satzu《
Fiksi PenggemarPode parecer estranho, mas em um mundo onde há bruxas e maldições não se pode diferenciar dos mundos modernos como nos contos, ou como aparece nos livros de história. Apesar de eu achar normal, o que ainda não caiu a ficha é como as pessoas acredita...