Capítulo O5.

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Neste mundo normal
onde nada é suficiente,
tudo é cinza,
confundindo amor com luxúria,
quando eu te seguro em meus braços
não há nada comum sobre nós.

Zayn, Common.

S/N NARRANDO.

   Meu corpo estava extasiado, o toque de Tobirama era como uma maldita descarga elétrica, eu não conseguia me mover para recuar, o beijo era lento e desesperado ao mesmo tempo, tantas sensações e sentimentos me eram proporcionados através daquele beijo, eu não sabia explicar. Ele me puxou cuidadosamente e encaixou-me em seu colo, suas mãos percorreram pelas minhas costas e desceram para as minhas nádegas, apertando as mesmas com força, me arrancando um gemido através do beijo. Eu deveria me sentir culpada, envergonhada e uma verdadeira tola por estar me entregando a ele daquele jeito, mas eu não me sentia assim, pelo contrário. Era como se eu precisasse daquilo, as consequências viriam logo após e eu sinceramente não estava me importando, não naquele momento, lidaria com as consequências e o que fosse depois, meu corpo e minha mente estavam em complô contra mim.

-- Eu senti tanta falta disso, S/N. - ele sussurrou ainda com os lábios grudados no meu, eu queria dizer que também senti, era verdade, mas preferi ficar em silêncio. Ele entendeu o recado e começou a distribuir beijos pelo meu pescoço, minha roupa foi arrancada rapidamente, como um piscar de olhos.

Ele agarrou em minhas pernas e levantou com tudo da banheiro ainda comigo no colo. Ele me levou até a cama e não se importou em molhar a mesma, Tobirama ficou por cima de mim e agarrou em meus cabelos aprofundando mais ainda o nosso beijo. Sempre que os indícios de arrependimento começavam a dar as caras, o toque dele fazia com que tudo desaparecesse e restasse apenas o desejo incessante que eu tinha por ele. As mãos firmes passearam por cada cantinho do meu corpo, senti dois dedos deslizando para dentro de mim e um gemido fora abafado por seus lábios, ele acelerou os movimentos e eu desgudei os nossos lábios, colocando meu rosto em seu pescoço já sem conseguir conter os gemidos que escapavam dentre os meus lábios. Os beijos do palatinado foram descendo por uma trilha em minha barriga, ele abriu as minhas pernas, tremi quando senti sua língua quente me invadir, inicialmente os movimentos circulares por meu clitóris eram lentos, ele continuava a penetrar seus dedos, passando a chupar toda a minha intimidade que pulsava de tesão. Minhas mãos agarravam com força os seus cabelos e eu erguia o quadril em busca de mais contato, estava inquieta e ansiando por mais.

           Não demorou muito para que eu me derramasse em sua boca e dedos, soltei uma arfada pesada e fechei os meus olhos com força, o Sentiu veio até mim e me beijou para que eu pudesse sentir o meu próprio gosto. Suas mãos apertavam os meus seios e ele roçava a sua ereção em minha barriga, era hora de lhe dar o troco, nenhuma palavra era ouvida durante o sexo, mesmo tendo inúmeras coisas para falar, preferimos manter o silêncio e aproveitar aquele momento para matar a vontade que tínhamos um do outro. Espalmei as minhas mãos em seu peito e o empurrei, fazendo com que nossas posições fossem invertidas, agora eu estava no controle, tirei a sua cueca com seu auxílio e senti meus lábios molharem ao ver o seu membro, não perdi tempo e inclinei-me para frente, segurando em seu membro com uma mão, fazendo movimentos de vai e vem o masturbando, os olhos de Tobirama queimavam sobre mim e exalavam luxúria, ele usava um de seus braços como apoio para a sua cabeça, para ter uma melhor visão do ato.

      -- Cacete, S/N. -- ele não pôde se manter calado quando eu passei a língua por sua glande totuosamente, em seguida abocanhei e deixei que seu pênis preenchesse a minha boca aos poucos, masturbava usando as mãos e me deliciava lhe chupando. Senti seus dedos emaranhados em meus cabelos me auxiliando com os movimentos, não desgrudava os meus olhos dele, amava ver a maneira com que ele estava entregue a mim e tremendo em minha boca de tanto tesão.
    Mais alguns movimentos e ele gozou na minha boca, onde prontamente engoli cada resquício de sêmen, limpei o canto de meus lábios o encarando e me sentei sobre ele sem nenhuma aviso prévio, levando seu pênis melado até a minha entrada e sentei lentamente, o meu interior havia sido preenchido e foi um pouco doloroso no começo, a ponto de me fazer fechar os olhos, já fazia muito tempo que eu não tinha relações sexuais, Tobirama foi o primeiro e único.

      -- Está tudo bem? - ele perguntou com a voz meio embargada, levando as mãos em minha cintura e eu assenti de olhos fechados. Me debrucei sobre ele e apoiei uma mão de cada lado de seu corpo, ele começou a se movimentar, mas eu queria ter o controle, então normalizei a minha postura e apoiei ambas as mãos em seu peito, começando a cavalgar lentamente em seu pênis, aumentando a velocidade e quando dei por mim, as coisas ficaram frenéticas e eu já quicava sobre ele, ele apertava minha cintura com força e desferia tapas em minha bunda e coxas, Tobirama me apertava sem nenhum pudor, minha pele branca acabaria com inúmeras marcas e eu estava pouco me importando.

     -- Porra, eu vou...- o calei com um beijo e ele inverteu as posições sem desgrudar nossos lábios e ainda estando dentro de mim. Minhas pernas estavam enlaçadas em sua cintura enquanto ele se forçava para dentro. Tobirama me pegou no colo e saiu da cama comigo, metendo com mais força enquanto me jogava na parede, por um breve momento eu tive um lapso de consciência e imaginei que estávamos sendo ouvidos, meu corpo ficou mole assim que chegamos juntos a um orgasmo profundo, nossas respirações estavam descontroladas, ofegantes.

   -- Eu preciso de um banho. - foi tudo o que eu consegui dizer. Não queria uma possível conversa sobre o que aconteceu, não agora. Ele me colocou no chão e eu caminhei até o banheiro, abri o chuveiro e deixei que a água gelada trouxesse a tona tudo o que eu havia reprimido enquanto estava transando com o Senju.

   Esperei que ele viesse, mas ele não veio. Ele me conhecia o suficiente para saber que eu estava evitando uma conversa, pelo menos por hora. Terminei o banho e fechei o registro, me enrolei na toalha e fechei os olhos com força, suspirando ao ver as minhas roupas pelo chão, estavam encharcadas. Recolhi as mesmas e coloquei na lavadeira, me sentei na privada e abaixei a cabeça começando a pensar em tudo o que havia acontecido, não sabia de fato o que estava sentindo, um mix de emoções me dominava naquele momento e eu só queria ir embora, precisava ficar sozinha. Não sabia como iria encarar Itachi depois de ter feito o que eu fiz. Passei as mãos por meu rosto, olhei para a lavadeira e percebi que as minhas roupas não iriam secar naquele momento, me levantei e voltei para o quarto de Tobirama vendo que o rapaz dormia, talvez estivesse fingindo, mas agradeci mentalmente seja lá qual fosse a verdade. Peguei uma blusa e calça em seu armário, ficaram folgadas mas pelo menos eu não iria embora com as roupas molhadas ou pior, pelada. Dei uma última olhada no rapaz e desejei me aninhar em seus braços, sentir o seu cheiro novamente e matar a saudade de dormir e acordar em seus braços, balancei a cabeça de forma negativa e sai do quarto correndo, desci as escadas como um furacão mas parei ao ver Hashirama na sala com uma xícara de chá em mãos, achei que ele já estivesse dormindo, corei feito um pimentão ao pensar que ele certamente havia nos. ouvidos.

    -- E-Eu estou indo embora. - acabei gaguejando e me amaldiçoei por aquilo.

    -- Irei pedir para que alguém lhe acompanhe. Está tudo bem? Como está o Tobirama? - ele perguntou e várias coisas se passaram pela minha cabeça, eu só queria me enfiar em um buraco de tanta vergonha.

   -- Está sim. Seu irmão está dormindo...- engoli um seco.

   -- Muito obrigado, S/N. Eu já não sabia mais o que fazer. - ele sorriu.

  -- Por nada. - indaguei e algo veio em minha mente. -- O senhor me pediu um favor e agora é a minha vez de pedir algo, caso não se importe.

   -- Claro que sim, o que deseja?

   -- Vai parecer meio doido, mas eu não quero que o seu irmão saiba que eu estive aqui, ele estava muito bêbado e nem deve se lembrar...Pode manter assim? - cruzei os braços um tanto quanto nervosa, estava sendo infantil fugindo daquilo, fingir que nada aconteceu não iria resolver o problema.

     -- Bom, acredito que ele irá se lembrar, pelo menos ter alguns flashes, irá fazer perguntas, muitas perguntas se o conheço bem.

  -- Por favor, senhor...- insisti naquela idéia, sei que era uma tarefa difícil para Hashirama mentir para o próprio irmão, mas eu precisava.

  -- Tudo bem, que seja como você quiser, S/N.

     Agradeci pelo apoio e nos despedimos quando ele pediu para que alguém me acompanhasse até em casa, pensei no que aconteceu durante todo o caminho, sabia que aquilo iria me torturar por muito tempo. Notei que as luzes da sala estavam ligadas, Itachi estava me esperando. Merda.

Notas da autora:

hello, crianças, peço perdão pela demora e gostaria de avisar que teremos outro capítulo ainda essa semana, preciso compensar pela demora, o capítulo não foi revisado, espero que vocês gostem.

 

𝐅𝐎𝐑𝐆𝐈𝐕𝐄 𝐌𝐄 | senju tobirama.Onde histórias criam vida. Descubra agora