Capítulo 1O.

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  Tê-la em meus braços após ter feito amor com ela me doía. Me fazia perceber o quão errado eu estava, sentia algo se apertar em meu peito, sentia a culpa. Tentava ao máximo não ser afetado por esses sentimentos, a noite estava linda e a criatura mais bela de todas estavam ofegante deitada em meu peito, seus longos cabelos escuros espalhados por meu peito nu. Os braços dela ao redor de meu corpo, estávamos em silêncio, o som de alguma fonte perto dali ecoava pelo local, assim como a respiração pesada da garota, eu não queria estragar aquela noite mas ela estava certa, eu tinha coisas presas em meu peito e garganta, não era como se eu pudesse simplesmente fingir que nada aconteceu, sabia que ela também precisava falar.

     -- Você estava certa o tempo todo, todos estavam. - ela levantou a cabeça para me olhar após me ouvir.

    -- Achei que não fôssemos fazer isso agora.

    -- Acho que precisamos. - falei.

   A garota se levantou ficando sentada e prendeu os cabelos, pude ter uma bela visão de seu corpo nu. Ela corou ao me pegar lhe encarando, levei a mão até o seu rosto e acariciei a sua pele, S/N fechou os olhos para sentir o meu toque e suspirou segurando a minha mão.

    -- Foi tudo perfeito, mas por que eu não consigo me sentir bem? - ela disse me fazendo sentar.

    -- Você se arrepende? - perguntei olhando para a minha mão sobre a dela. Ela negou com a cabeça.

   -- É só que...- ela parecia não saber como começar. -- Eu tenho medo de te deixar entrar novamente, de te perdoar, começar de novo e você errar de novo. Não me importo com o que for feito comigo, mas não irei aceitar se você ou qualquer outra pessoa machucar o Khai.

   -- Eu não tenho a menor intenção de machucar vocês.

   -- Eu quero acreditar nisso, Tobirama. Mas ainda não consigo esquecer o que aconteceu. - ela fez uma breve pausa. -- Tudo poderia ter sido diferente.

   -- Ainda pode ser. - eu tentei e ela me encarou balançando a cabeça de forma negativa.

   -- Suas palavras deveriam significar alguma coisa depois de tudo? - senti dureza em suas palavras.

    -- Isso não é justo. Eu estou tentando. Eu me arrependo, sofri as consequências e estou tentando consertar. - ela soltou a minha mão. -- Qual é, S/N? Eu quero você de volta, quero recuperar o tempo que perdi com o meu filho.

    -- Você perdeu porque acreditou em uma mentira que está na cara que era mentira.

   -- E você escondeu o meu filho de mim. - eu disse com raiva e ela se levantou mais irritada ainda, começou a colocar as roupas e eu me levantei a puxando de volta.

   -- Não, Tobirama. Isso foi um erro e eu já vi que não vai dar certo. - ela me empurrou.

   -- O que você quer dizer com isso, S/N?

      Foi a minha vez de vestir as roupas que estavam espalhadas por ali.

    -- Você não tem o direito de jogar isso na minha cara, você me largou naquela jaula grávida de você. - cuspiu.

   -- Eu não sabia que você estava grávida.

   -- E teria mudado algo? Você teria dito que eu te trai nisso também, que o filho era de outro. Estou errada? - ela me encarou esperando por uma resposta, fiquei em silêncio porque sabia que com a raiva que eu estava dificilmente iria acreditar que o filho era meu.

    -- Silêncio, a gente já sabe o que isso significa. - ela pegou a última peça e deu as costas.

    -- Eu não irei abrir mão de fazer parte da vida do meu filho. - ela parou de andar e se virou.

   -- Eu não posso impedir que você seja o pai dele. Mas saiba que destruiu qualquer possibilidade de me ter de volta. - respondeu voltando a andar.

    -- Mas que merda, S/N. Para de ser tão cabeça dura. - gritei e ela virou-se e soltou uma risada alta.

   -- Então a cabeça dura sou eu? - ela veio andando em minha direção e apontou o dedo no meu peito. -- Você é uma porra de uma criança birrenta que não aceita perder, não aceita estar errado, mas advinha? Você perdeu e também está terrivelmente enganado, lide com isso, Senju. - a mesma quis virar as costas novamente e eu impedi a puxando para o meu colo, suas pernas se enrolaram ao redor do meu tronco e eu segurava a sua nuca colando seu rosto ao meu.

    -- Repete.

    -- Você ficou surdo ou o que? - provocou me fazendo apertar seus cabelos em meus dedos lhe arrancando um suspiro.

    -- Repete, S/N. - insisti. -- Está com medo?

    -- De você? Nunca. - respondeu de olhos fechados.

     -- Então abra os olhos, me encare e repita o que você disse.

     -- Nem fodendo, Senju. - sussurrou e eu a pressionei contra a parede.

    -- Eu achei que você fosse mais corajosa, pelo visto me enganei. - ela abriu os olhos ao ouvir as minhas falácias.

   -- Vai a merda, Senju. - disse baixo quase abafado. -- Me solta.

   -- O que? Eu não ouvi bem. Te tocar aqui?

   E então levei os dedos até a calcinha dela fazendo movimentos lentos por cima do tecido molhado. Ela gemeu e eu sorri pressionando mais os dedos.

    -- Você ficou surdo mesmo. Eu não pedi por isso, maldito. - disse ela entre dentes.

   -- Então por que não me pediu pra parar?
- questionei enfiando dois dedos dentro da calcinha estimulando seu clitóris e enfiando lentamente um dedo, depois mais um.

     Ela ficou em silêncio, olhos fechados, respiração ofegante e a cabeça encostada na parede. Sorri enfiando mais os dedos e vendo a mesma se esforçar para conter os gemidos, usei a mão livre pra apertar suas bochechas a impedindo de conter seus gemidos, desci a mão para o seu pescoço e apertei a região enquanto meus dedos entravam e saiam de dentro dela. Ela não reclamou, não tentou me impedir, só ficou lá gemendo e se deliciando com os meus dedos entrando e saindo rapidamente de dentro dela, a garota gozou em meus dedos e lieu retirei de dentro dela enfiando em sua boca para que ela sentisse o próprio gosto, finalizei a beijando e sorri contra os seus lábios.

       -- Você é fraca, S/N. - meus no lábios estavam grudados nos dela. Um empurrão e eu cambaleei para trás me divertindo com a situação.

     -- Uma boa punheta pra você, Tobirama. - ela encarou o volume em minhas calças e me mostrou seu dedo do meio.

    -- Maldita. - grunhi sentindo a minha ereção apertar a minha calça. Ela sumiu deixando-me sozinho ali, eu sorri novamente e balancei a cabeça, que garota desgraçada.

         Amanheceu e eu me peguei deitado na cama de roupas íntimas, olhando para o teto e me lembrando da noite passada e em como ela se derramou nos meus dedos enquanto tentava se conter ao máximo, foi divertido vê-la lutando com o próprio corpo e a própria mente.

         A noite de ontem só serviu para me deixar mais determinado a recuperar o tempo que perdi com Khai e também recuperar a mãe dele.

  

𝐅𝐎𝐑𝐆𝐈𝐕𝐄 𝐌𝐄 | senju tobirama.Onde histórias criam vida. Descubra agora