Capítulo 15

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De: Jade <Jade_jade@mail.com>

Para: Thomas <euthomas@mail.com>

Enviada: 02 de julho, 7:30

Assunto: Quando?

Querido Thomas,

Já faz uma semana que você veio para me assombrar. Fico me perguntando: quando será a próxima vez? Quando irá tirar minha paz novamente? Ultimamente vivo somente em função disso.

Queria saber finalmente dizer adeus....

Da sua Jade.

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A semana passou tão rápido que mal percebi que o mês de julho chegara. Os dias no escritório passaram voando, muitas coisas a fazer e a se aprender.

Depois daquela noite em minha casa, Theo dormira comigo praticamente a semana toda. O que nos deixou muito mais próximos e eu estava adorando a sensação de paz que se instalara em minha mente com a presença dele. Era como se não houvesse fantasmas e nem um passado para me assustar. Era somente paz e calmaria. E isso me assustava de alguma forma.

Na manhã da segunda-feira, Theo me levara até o escritório. Dei as chaves de meu apartamento para que ele ficasse lá enquanto eu estivesse fora. Era totalmente loucura e precipitado, mas eu estava gostando dessa nossa interação e Theo me agradecia por ceder minha casa, pois segundo ele o clima com seu pai esquentara nas últimas semanas e brigas entre os dois aconteciam frequentemente. Eu não duvidava de sua versão, já que pude presenciar uma de suas pequenas discussões no almoço de família – mesmo Theo me garantido que aquela cena não era comparada as últimas discussões.

- Bom trabalho princesa – Theo me beijou carinhosamente enquanto passava seu braço sobre meu colo para abrir a porta do passageiro. – Te busco mais tarde.

Sai sorridente do carro e senti como se estivesse caminhando sobre as nuvens. Era assim que eu me sentia em relação ao Theo. Como se estivesse vivendo em um eterno sonho bom.

Quando cheguei ao escritório, dei de cara com Leonardo conversando com uma mulher na frente da porta de sua sala. Ela me parecia familiar, seu cabelo castanho que caia em cachos sobre suas costas não me parecia estranho. Mas de onde a conheceria?

Como de costume, cumprimentei Leonardo com um singelo "Bom dia", que foi retribuído com um aceno de cabeça. Antes que eu pudesse me dirigir a minha mesa no escritório, uma voz me chamou pelo nome, fazendo-me virar a procura de quem me chamara.

- Jade – chamou a voz novamente. Aquela voz familiar. Era a voz da mulher que estava conversando com Leonardo.

Era a mãe do Thomas.

- Tia Sônia. – Minha voz entregara a surpresa da presença dela ali – O que você está fazendo aqui?

Para minha surpresa, tia Sônia veio em minha direção e me abraçou. Seu cheiro me lembrou sua casa. Sua casa me lembrou Thomas. Meus olhos se encheram de lágrimas, mas reprimi o choro assim que ele veio. O pesadelo voltou e eu conclui que nunca teria paz.

- Que bom te ver Jade. Você sumiu... – Ela me olhava nos olhos e eu fui covarde o suficiente para desviar o olhar. Eu sumi assim que decidi seguir em frente com minha vida. Sumi sem dizer adeus.

- Estava muito ocupada nos últimos dias, consegui um estágio neste escritório. – Pude perceber o olhar de surpresa de tia Sônia assim que contei a novidade.

- Que ótimo Jade, fico muito feliz por você. Queria que tivesse me contado. – Sua voz reprimia uma decepção. – Mas o bom é que agora você pode acompanhar o caso de perto.

Querido ThomasOnde histórias criam vida. Descubra agora