Belladonna

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Em Suna

Nos portões da Vila da Areia fomos recepcionados pelo já conhecido diretor do hospital, Toshikasa um senhor com uma barba grande e admirável. Com ele também estavam dois médicos que a rosada conhecia desde a guerra quando serviram no mesmo batalhão. Eram Toshiro, um médico ninja da idade de Sakura, tímido porém muito talentoso e Kana, uma especialista em venenos de longos cabelos verdes e muito simpática.

- Sakura-san, Aoba-san o Kazegake Gaara se desculpa por não recebê-los pessoalmente, mas está em reunião nesse momento. – dá um passo a frente e curvando-se levemente Toshikasa.

- Nós já entendemos a situação. Por favor me leve ao hospital o mais rápido possível. Não deveremos perder tempo com conversas quando vidas correm risco. – responde Sakura de forma séria porém gentil. – Vamos, Aoba? – ganhando o assentimento do ninja da inteligência de Konoha.

Durante a viagem de ida a Suna, os dois conversaram pouco, o homem notava Sakura calada e pensativa. Não falaram nenhuma vez sobre a vez que ficaram, mas não era desconfortável para o ninja e parecia que também não era para a mulher.
Foram a toda velocidade para o hospital e chegando lá Sakura foi introduzida já na sala de cirurgia onde estava o conselheiro da Areia, o senhor Hazeki deitado e dopado devido as dores causadas pelo envenenamento.

- Sakura-senpai, esse veneno tem algumas propriedades da química usada por Sasori, mas com um grau de complexidade que ainda não conseguimos desvendar. O efeito é causar a morte celular e se alastra de forma muito rápida – Kana avisa colocando suas luvas médicas enquanto oferece o jaleco, lucas e máscara a ninja de Konoha. – Eu e o Toshikasa-sama conseguimos segurar um pouco a velocidade que o veneno age, mas não o antidoto e só por isso Hazeki sama continua vivo.

- Sei que pedimos muito a Konoha a sua intervenção, mas você ganhou fama ao fazer o antídoto do Sasori em tempo de salvar a vida do Kankuro-san e também por você ser a pupila da senhora das poções Tsunade-sama. – completou o diretor médico da Areia.

- Entendo, vamos entrar para que eu possa analisar.

Sakura se sentia orgulhosa pelo reconhecimento a suas habilidades, por outro lado tinha receio devido as altas expectativas. Sim, uma das suas especialidades era venenos e tanto ela como Tsunade eram as melhores nesse assunto no mundo ninja, além de Orochimaru, no entanto a vila da areia era o maior centro químico de desenvolvimento de venenos do mundo ninja, consolidado após a guerra e se eles pediam ajuda de Konoha, quer dizer que estava acima deles. Isso era preocupante para a rosada que tinha receio de não corresponder a confiança depositada nela. Ela entrou na sala cirúrgica e os equipamentos utilizados eram com tecnologia de ponta. Tudo muito desenvolvido e ela se alegrou porque teria tempo de aprender tudo para levar a Folha.

O conselheiro já na faixa dos seus 50 anos estava desacordado e dopado. Não era nessas condições que Sakura preferia trabalhar. O paciente acordado dava sinais mais claros sobre a ação do envenenamento, mas se ele estava dessa forma, deve ter sido a melhor opção. Ela leu a ficha do paciente e viu parte da composição química da substância. Tinham compostos bastante complexos e que ela ainda não conseguia entender. Ela começou a examinar o estado do paciente lendo tudo o que tinha na ficha. Era mal, muito mal. Depois de 10 minutos ela olhou triste para aquela face adormecida. Ela não conhecia o senhor Hazeki, sabia apenas que era um conselheiro antigo da época do governo do pai de Gaara.

- Sinto dizer mas não conseguirei salvar a vida dele. – seu olhar era triste para o diretor. – Hazeki sama já apresenta sinais de falência de órgãos como rins, intestino e esôfago, além do que a velocidade que as células se destroem é mais rápida do que conseguimos recuperar. O antídoto que foi aplicado diminuiu essa velocidade e só por isso ele continua vivo, mas não impediu a falência dos órgãos. Ele não possui mais que alguns minutos de vida, talvez 1 hora. – a jovem médica sabe que não é culpa dela, mas não deixa de sentir a tristeza quando não consegue salvar um paciente, porém não demonstra fraqueza na frente de toda equipe. – Ele não acordará mais. Sinto muito mesmo.

Uma nova chance de amar - kakasakuOnde histórias criam vida. Descubra agora