Revelação

90 8 0
                                    

Aquele fim de tarde estava sendo relaxante e divertido. Os pés descalços em cima da cadeira a frente, o copo da bebida já meio seco e estendido para que derramassem mais da tradicional bebida de arroz, as bochechas coradas já denunciando uma leve embriaguez e as gargalhadas altas denotava que aquele momento era descontraído e merecido. A líder da missão, Haruno Sakura decidiu dar a sua equipe aquele fim de tarde de relaxamento a toda a sua equipe após vários dias de trabalho intenso em que ficavam presos naquele imenso laboratório trabalhando horas a fio com poucas interações pessoais.

- Anko, eu achei que você fosse um pouco mais bem humorada. – Riu do bico da bela mulher que também estava com as bochechas coradas pela bebida. Naquele dia ela havia chegado no laboratório com um humor envenenado, acendendo o alerta de Sakura que talvez fosse um momento para descansar.

- Ah eu sou e bastante, mas eu não lembro do formato do sol, ou do que é sentir o vento. Ficar tanto tempo enclausurada em laboratórios até me é confortável, mas está pior do que meu tempo como aluna de Orochimaru. – Sakura olhou para todos os membros da equipe e viu algumas concordâncias e percebeu que estava realmente pegando pesado com todos. Ela sentiu o peso daquela missão. Ali ela liderava 10 pessoas de 6 nações e todo o desenrolar dos sucessos e insucessos ela reportava aos kages e apenas a eles.

- Bem, estamos tendo progressos, Anko-san e sei que está sendo estressante, mas missão é missão. – Jun, irio-nin especialista em neurologia de Iwa opinou. Ele era tipo um mediador em alguns casos quando a situação as vezes ficava tensa. Sakura o olha com carinho, ele sempre a ajudava nesses momentos.

- Ou talvez seja apenas TPM da Anko – gargalha Kaori quebrando o clima que a ninja de Konoha havia instaurado. Ela sempre tinha esse humor leve e debochado. Anko deu de ombros, virou o copo tomando todo o líquido.

- Você acertou, Kaori-chan! – debochou da colega com um olhar malicioso para a mulher e gargalhou alto, descontraindo novamente o ambiente e relaxando os músculos tensos de todos. Algumas pessoas ali já haviam visto Kaori entrar no quarto da senpai de Konoha algumas noites ou dias. Eles estavam reclusos, então era normal alguns envolvimentos sexuais para aliviar as tensões.

Naquela tarde eles estavam descansando e celebrando. Os primeiros dias foi para conhecimento de todos os equipamentos do complexo e o registro e autorizações das assinaturas de chakras. Cada um trabalharia nas suas especialidades e todos os dias faziam relatórios e entregavam a Sakura que compilava tudo em um único documento e guardava, pois, semanalmente ela participava de uma reunião com os kages via vídeo e informava os progressos. No fim da primeira semana todos já estavam instalados e registrados e haviam dado início a realizar um catálogo com todos os venenos já conhecidos em todas as nações e categorização por tipo, grau de dificuldade em produzir, efeitos e grau de dificuldade de cura. Foi isso que a líder Sakura havia reportado na primeira reunião que foi, inclusive curta. Ela viu o namorado naquela tela de computador enquanto o escutava fazer algumas perguntas a ela, tudo de forma bastante profissional, ele não vacilava e nos primeiros minutos ela sentiu um frio na barriga, uma insegurança, porém isso logo foi substituído pela sua autoconfiança enquanto explicava seu trabalho na missão. Eles não conversaram mais após e não tinha como, seria difícil trocarem qualquer palavra pessoal enquanto ela estivesse ali.

O sono daquela equipe não era muito regular. Desde que chegaram a Kumo, há uns bons 15 dias, eles não saíram mais daquele lugar, por ser uma missão secreta. As pessoas não poderiam ver ninjas de outras vilas e inclusive haviam chegado disfarçados e entrado em Kumo pelo subterrâneo, afinal havia espiões em todos os lugares e sabiam que Riory possuía os seus. Sabiam que não estavam lidando com um grupo do poderio da Akatsuki, mas qualquer coisa que perturbasse a conquistada paz e a vida dos seus cidadãos, era levado em consideração. Nunca poderiam esperar que a aquela desorganizada organização crescesse, por isso a aliança já agia tentando cortar o mal pela raíz.

Uma nova chance de amar - kakasakuOnde histórias criam vida. Descubra agora