Uma nova chance de amar - kakasaku

Chega de segredos

Notas do Autor

Bom dia, pessoal!
Como prometido, o penúltimo capítulo dessa saga! Eu não revisei, então desculpem-me pelos erros.
Olha que tem muita coisa acontecendo nele e algumas linhas dela já estão tendo o seu desfecho.
Em junho tem o capítulo final e será longo também.
Beijos a todos e obrigada quem acompanha. Os visiveis e aos invisiveis.

Capítulo 33 - Chega de segredos

A conversa que ocorreu dentro do consultório 1 tirou um grande peso dos ombros de Sakura. Não só agiu como deveria ter feito há dois dias, contando a sua superior, como também, surgiu um lampejo de esperanças e se agarraria à possibilidade. Almejava uma família no futuro e se impressionou por desejar isso ao lado do Hatake. Sentiu, também, que realmente tinha um relacionamento firme. O simbolismo de ter removido a bandana e segurado a sua mão, demonstrou que ele estava ali como o seu companheiro, parceiro, namorado. Ato importante e protetor. A sua destra ainda formigava só de lembrar em sentir o calor da mão dele entrelaçada à sua. Mesmo com a luva protetora, conseguia sentir a pele dos dedos desnudos. Ficou triste quando ao sair da ala reservada, ter que soltá-lo, afinal ainda não haviam assumido para a sociedade. Isso era um outro drama que teriam que lidar, mas decidiram que um problema por vez. Por ora, estava satisfeita.

Estava tão perdida nas lembranças e sensações que não percebeu que havia finalizado uma análise de amostragem de sangue. Sorriu da sua distração, mas recriminou-se também. Um outro tipo de análise, poderia ter perdido o tempo de reação.

— Sabe, eu acho que gosto mais de você assim, Sakura. — A voz madura de Aika se fez presente no momento que entrava no laboratório. A bela kunoichi da Névoa transportava um porta armazenamento de tubos de ensaio e sentava-se ao lado puxando um microscópio, derramando uma gota de solução na lâmina e pondo os olhos no binóculo.

— Assim como? — perguntou confusa.

— Com cara que transou durante a noite inteira — disse simplista sem tirar os olhos do aparelho.

— O-o quê? — Sakura quase engasgou. Sentiu o rosto queimar e levou as mãos aos olhos. — De onde tirou um absurdo desses?

— Sexo ajuda a tirar a tensão do trabalho — espreguiçou-se na cadeira estalando alguns ossos e encarou a rosada — Sabe que eu preferia o Hokage, mas ele tem namorada como você disse, então eu sai com aquele shinobi com um sorriso safado. Estou me sentindo melhor. Ahh! Ele é uma graça — sorriu tímida, porém era só encenação, pois logo encarou Sakura, lasciva — Aqui em Konoha tem uns ninjas bem apessoados, irei gostar de passar um tempo aqui. Por falar nisso, o Rokudaime já sabe?

— Hã...hum...

Sakura não sabia nem como raciocinar. Foi muita aleatoriedade. Primeiro a Anbu dizia que ela transou, depois confirmou que a própria transou com algum ninja da Folha e uma descrição bastante genérica, falou que queria transar com o seu namorado e agora inquiria se ela tratou com o namorado, — que Aika não sabia que era — se foi aprovada a sua estadia em Konoha para ensinar a equipe a ventosaterapia.

— Você ainda nem mencionou, não é? — fuzilou a rosada com o olhar esquecendo um pouco suas próprias análises.

— Tentarei uma reunião com ele hoje, prometo — decidiu que ir por esse lado era melhor do que falar da sua intimidade ou da sua nova amiga.

— Vou confiar, senão terei que ir embora no fim da semana e eu gostei daqui — explicou voltando ao binóculo.

Um quentinho intensificou no peito da médica. Conhecia um pouco do país da Água, de vários países, e não trocaria o seu por nada. Então era natural que outras pessoas desejassem viver em Konoha também. Levantou-se, já havia concluído o seu trabalho e conversaria com o paciente para dar-lhe a alta. Estava curado. Mais um. Aos poucos os leitos iam desocupando e não da forma ruim.