Sangue frio

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Kakashi estava feliz e preocupado com o relatório de Sakura. Ler uma mensagem escrita a mão pela sua ex-aluna havia aquecido seu coração. Aquela mensagem final indicava que nem tudo estava perdido. Ali, naquele "Por favor se cuide" ele sentiu o carinho e a preocupação da rosada com ele. Ela não precisava falar nada, mas se preocupou em dizer. Por outro lado, o que Sakura informava no pergaminho era preocupante. Ela mesma não saber o que fazer, era sinal que a situação era muito mais séria e poderia fugir do controle. O prateado ainda sentia que algo não se encaixava. Como um homem que é versado em ninjutso médico, um químico de ranking nível S, poderia ser um carpinteiro tão bom a ponto de se destacar entre tantos? E seus olhos demonstrar prazer e paixão pelo ofício? Kakashi observaria por mais um dia e então iria para uma abordagem mais física. No íntimo do hokage o tempo urgia.
Era por volta do meio da manhã quando Kankuro entrou na grande garagem onde ficava a carpintaria. Naquele dia, havia poucos trabalhando mas lá estava Riory compenetrado fazendo uma estante com um design de ondas e Kurotsuchi trabalhando relativamente perto tentando colar duas madeiras de forma completamente desajeitava e se enfurecendo por não conseguir fazer algo simples socando forte na sua mesa e atraindo a atenção de todos, até mesmo do quieto nukenin de cabelos castanhos claros. A mulher quando percebeu atrair atenção de todos se desculpou sorrindo amarelo, fingindo constrangimento. Depois de um tempo a agora loira Kurotsuchi se aproximou timidamente de Riory.

- Como você consegue colar as placas?

- Por que você perde tempo com algo que claramente não sabe fazer? – questiona seriamente o homem de olhos marrons para a mulher.

- Esquece! – dá as costas ao homem e começa a se afastar quando ele lhe responde.

- Foi apenas uma pergunta, não se ofenda.

- Eu também fiz uma pergunta e não vou responder porque a minha resposta é pessoal. – respondeu fazendo bico.

- Venha, vou te mostrar – se deu por vencido o homem.
"Não é que a garota é boa" sorri internamente o mestre das marionetes.

- Obrigada – e se volta para o nukenin caminhando e ficando na sua frente, com a mesa dele entre os dois.

Depois de um tempo ali com Riory mostrando a Kurotsuchi como manusear o material e fazer as colagens necessárias, Kankuro já conseguia ver o alvo relaxar e voltar sua atenção completa para o que estava fazendo ao mesmo tempo que ensinava, expressando até mesmo um sorriso no rosto.

É agora,ele parece distraído e concentrado. – Escreveu no pergaminho.

- Mas o que é isso? – fita a mulher com os olhos arregalados achando que está sofrendo alguma ataque da ninja da névoa vendo seus pés congelando e subindo.

- Não sou eu. – coloca as mãos para cima a mulher se mostrando também assustada. Mas ele a olha desconfiado.

E todos os que estavam naquela garagem ficaram parados olhando para seus próprios pés aguardando serem congelados, mas nada acontecia.

- Ele não está manifestando nenhum tipo de poder, na verdade ele possui muito pouco chacra, não é refinado como de um ninja. – O ninja sensorial da Nuvem sussurra para a comandante Kahyo do lado de fora da garagem onde fica a carpintaria.

- Temos que interrogá-lo, tem algo muito estranho ocorrendo na minha prisão. – A cara que a mulher fez foi de raiva e com isso entrou na carpintaria chamando a atenção de todos.

Não era comum a todos ver a comandante e senhora do Castelo Hozuki andar sozinha, porém ela caminhava sem medo e olhando firmemente para o nukenin de Suna que nesse momento estava com metade do corpo congelado e olhando assustado para a mulher. Kahyo sabia a dor do congelamento e utilizou esse poder em situações pontuais. Controlar um detento aqui ou ali e nas duas execuções que já precisou fazer. No geral, era um poder que impunha medo e raramente ela precisava utilizar.

Uma nova chance de amar - kakasakuOnde histórias criam vida. Descubra agora