Despir-se de si mesmo

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Kakashi ficou confuso com o afastamento sem direito a recusa de Sakura e sentiu-se triste pelo afastamento. É lógico que ela o queria, dava para perceber e sentir. Ah e como dava, mas ficou frustrado e duro, principalmente. Porém ele é um homem paciente e iria escutar o que quer que seja. Ela queria comer e ele lhe devia um jantar, então decidiu que faria algo muito gostoso e que iria amolecer o coração dela. Precisava.
"O amiguinho, vê se desce e me ajuda" olhou para sua situação e apertou seu membro que fazia volume em suas calças. Ele poderia apelar retirando sua camisa, ele sabia que era muito bonito e atraente, mas ele decidiu que aceitaria os termos da rosada e respeitaria esse momento. Além do mais, nada era mais apelativo que o seu rosto e seu sorriso. Kakashi tinha uma alta estima bem elevada. Olhou o que a moça tinha dentro de casa que possibilitasse fazer comida e estava até abastecida, mas havia evidências que cozinhava muito pouco, sinal que passava muito tempo fora e deveria fazer a maior parte das suas refeições de forma externa.

- Bem, hoje você comerá algo caseiro feito por Hatake Kakashi – sorriu baixinho animado e toda sua frustração foi embora sobrando apenas a vontade de agradar através da comida.

O Hatake era bastante talentoso com culinária e devido a seu jeito bastante detalhista e metódico, tudo era feito com muito cuidado e atenção. Desde a forma de descascar uma laranja, cortar verduras, até a quantidade exata de ingredientes maximizando o sabor do alimento e ponto perfeito do cozimento. Ali resolveu que faria um salmão ao molho de laranja, com salada de repolhos, pepinos, cenoura e brotos de feijão e gergelim preto e oniguiris. Torceu para que ela gostasse da comida, nunca viu ela recusar qualquer tipo de alimento mas não conhecia bem os gostos da Sakura adulta. Enquanto fazia a comida pensava no que ela queria conversar. Três coisas passaram pela sua mente: 1. Kahyo; 2. Sasuke; 3. D.R. (discutir relação). A vida inteira fugiu das DR's que suas amantes já quiseram ter e sempre foi muito categórico que sempre foi sem compromisso e agora pela primeira vez sentiu um embrulho na barriga com a possibilidade de ter uma D.R. com Sakura e estranhamente não sentir vontade de fugir.

Depois que Sakura entrou no banheiro e fechou a porta, se escorou na parede e sentou respirando fundo. Se afastar dos braços de Kakashi foi difícil. Resistir ao ver aquele rosto lindo, confuso e aquele olhar que ela não sabia identificar, foi muito mais difícil. Como se ambos fossem automaticamente atraídos por uma força magnética que não permitia o distanciamento. Ela estava completamente e perdidamente apaixonada pelo hokage e estava morrendo de medo desse sentimento. Ele era intenso de uma forma que nunca imaginou. Já o viu sendo bastante intenso, em combates quando se entregava ao frenesi da luta, mas até nesses momentos ainda o via calculando possibilidades, porém intimamente ele parecia não pensar e apenas sentir e agir. Esse era um Kakashi diferente. Bem, aquele homem sem máscara na sala era completamente outra pessoa. Não era um rosto conhecido, era um novo, mas com os mesmos olhos que ela sempre conheceu, porém com outro brilho.

"Ah, Sakura! Por que logo o Kakashi-sensei?"

"Porque ele é o nosso akai ito. Porque não escolhemos quem vamos amar" – Saky respondeu de forma bastante calma.

"Dá um tempo, não acredito nisso de akai ito. Shanaro!"

"Será mesmo? Eu sei que um fogo queima no nosso coração ressacado e só queremos agarrar o amanhã, mas não ter medo de um mundo que nunca vimos, é o futuro no qual acredito."

"E você acha que Kakashi é esse futuro?" – ainda estou tentando acreditar como Saky parece tão contemplativa, mas bem. Ela sou eu.

"Precisamos saber disso, mas no fundo nós já sabemos"

"Tenho medo, Saky. Tenho tanto medo" – lágrimas começam a brotar dos meus olhos e me levanto ligando o chuveiro e entrando com roupa e tudo. Não queria que ele escutasse e sabia o quanto o homem era perceptivo.

Uma nova chance de amar - kakasakuOnde histórias criam vida. Descubra agora