O Festival

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Ele para em frente a um hotel mediano, porém bem confortável. Do tipo que algumas vezes ficavam durante as missões anos atras e sorri lembrando-se daquela época. O eu daqueles anos atrás, nunca imaginaria o que lhe reservava o futuro. Que esse futuro seria tão distinto em alguns aspectos. Bem, não era hora de divagar, o que ele adorava fazer. Divagava em momentos oportunos e inoportunos, até sempre ser chamado a atenção, Shikamaru que o diga. Sorriu mais uma vez para si mesmo e entrou subindo até o primeiro andar e batendo em frente ao quarto 7, sorriu mais uma vez e a porta foi aberta.

- Yo, Karin-san. Estou aqui para falar com o Sasuke. – Sabia que Sasuke compartilhava um grande quarto com a equipe.

A jovem de cabelos e olhos vermelhos se empertigou ajeitando os óculos e os cabelos apesar que nem pareciam fora do lugar.

- Entre hokame-sama. O Sasuke-kun está lá dentro. - Eu entrei e ela saiu fechando a porta antes que eu pudesse refutar o tratamento formal. "Parece que eles fazem de propósito mesmo que eu sempre os corrija".

Abrindo uma porta corrediça, apareceu Sasuke vestindo sua costumeira roupa, porém sem o manto e me olha com a curiosidade que não esperava a minha visita.

- Kakashi, o que faz aqui? – direto como sempre é.

- Yare, Sasuke. Houve reunião com a aliança e levei suas notícias. Vocês devem continuar com a caçada e está autorizado a solicitar apoio do Orochimaru. – Entrego a ele um pergaminho com minha autorização para entrar e sair quando bem entender do esconderijo do sannin. Entrego também um outro pergaminho menor em suas mãos. – Esse outro é uma forma mais rápida de comunicação. É um artefato que possibilita troca de mensagens praticamente em tempo real. Seu chacra já está autorizado a uso. Qualquer pessoa que o pegar, estará em branco. Porém se eu ou Shikamaru o pegar, agora você, conseguirá ler. – Ele me olha e logo seu sharingan ativa olhando bem o pedaço de papel.

- Isso é bem útil, Kakashi. Naruto não tem um desse? – é difícil ler suas expressões – nem a Sakura? – senti um tom diferente agora com esta última parte e suspirei.

- Não e não. É um artefato, Sasuke. São pergaminhos gêmeos. Só existem 2. E é muito sério para ser tratado com futilidades. – Quis mostrar que o assunto era sério e não estava ali como outra pessoa que não fosse o Hokage e tratando de assuntos de interesse das nações. – Quando Naruto atingir um outro grau de maturidade, receberá a autorização e Konoha utiliza isso para fins da aldeia, não para assuntos pessoais. – Eu sabia que ele sabia sobre Sakura e eu e não me sentiria retraído por isso. Eu sei que ele falou o nome de Sakura justamente por isso.

- Tsc. Que bom que não perdeu a sensatez, Kakashi. – E sorriu de lado. Perdi mesmo meu respeito com esses pirralhos.

- Bem, há outro assunto...- vi sua sobrancelha arquear. Ele esperava que eu falasse sobre Sakura? – Hoje é o aniversário do Naruto. Marquei um almoço as 13h no restaurante Stonehenge. Vamos ser apenas nós do time 7 e a Hinata. Você vai, não é?

- Claro que sim. Seu eu não for aquele perdedor vai me perseguir e escutarei seu choramingo pela eternidade. – Ah claro que eu sabia, assim como sabia do profundo amor fraterno que o Uchiha nutria pelo Uzumaki. Tão distintos, porém com amor tão profundo. Mesmo na época escura de Sasuke, o amor que sentia pelo amigo era profundo, tão profundo que ele precisava matar aquele laço. Isso, claro que é uma forma deturpada de amar, quando a cabeça e o coração estavam tão adoecidos, tão escuro que amor e ódio caminhavam juntos. Eu bem me lembro da minha relação com Óbito, sua escuridão e sua volta para a luz no final de tudo.

Uma nova chance de amar - kakasakuOnde histórias criam vida. Descubra agora