CAPÍTULO DEZ

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Eu olhava pra foto dos meus pais em cima da minha penteadeira pensando nas vezes que pensei em como me sentiria quando me apaixonasse, pensando nas vezes que vi o olhar admirado de Willi pra Ame, os sorrisos bobos de Bet para Dom e os carinhos que...

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Eu olhava pra foto dos meus pais em cima da minha penteadeira pensando nas vezes que pensei em como me sentiria quando me apaixonasse, pensando nas vezes que vi o olhar admirado de Willi pra Ame, os sorrisos bobos de Bet para Dom e os carinhos que Isla e Henry sempre trocavam, eu sempre pensei na minha vez, quando fosse eu a sorrir toda boba para alguém, quando trocássemos olhares cúmplices, na minha vez de andar de mão dadas com alguém, nos apelidos carinhosos. 

Apesar desse não ser um assunto de importância máxima para mim eu não posso negar que fantasiei muitas vezes sobre o dia em que encontraria pessoa, sempre achei que seria algo mágico e lindo, não sei se é por essa quebra de expectativa que choro ou se é pelo fato de nunca ter dado a devida importância pra esse sentimento que queima no meu peito de forma diferente a muito tempo por Adam. 

Eu me sinto estranhamente vulnerável perante essa descoberta, vejo que minha fuga era uma forma de me manter inerte ao quanto esse sentimento era grande e antigo. Tudo está uma bagunça e parece piorar quando eu penso em Madeline e na história que Miranda me contou, minha mente queima neurônios e minhas mãos soam em nervosismo. 

Me levanto e me aproximo da foto presa em um porta retrato dourado, aliso com o polegar o rosto felizes dos meus pais e limpo minhas lágrimas com o dorso da mão, meus olhos vão em direção a porta da sacada que está aberta. 

Preciso de conselhos, preciso dos meus pais. 

Dou as costas para o quadro e alcanço meu celular em cima da cama, várias mensagens, mas não estou em condições de responder nenhuma delas, pego meu casaco sobre as costas da poltrona e deixo o quarto fechando a porta atrás de mim. 

Sigo pelo corredor silencioso e quase que deserto, cumprimento os guardas e seguro o corrimão quando começo a descer os degraus. 

Me sinto melhor fisicamente, depois do remédio que Miranda me deu minha cabeça deu sossego, minha garganta não raspa mais, a única coisa que precisa se acalentar agora é minha mente e meus pensamentos confusos e agitados.

Cruzo a sala de recepção e saúdo os guardas que vigiam as portas principais, não me lembro se foram eles que encontrei antes de invadir a sala de reunião, mas vejo em seus olhos o reflexo de preocupação. 

- Um carro, por favor. - o moço mais alto e mais velho assente e sorri simples para mim para logo depois comunicar meu pedido com o chofer. 

Atravesso a passagem que me foram abertas e abraço meus braços finos quando o vento gélido assopra por mim, as tantas incertezas e os medos permanecem a me apavorar, sufocam o meu peito e dificultam até minha respiração. 

O Diário de uma Garota sem MemóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora