CAPÍTULO DEZESSEIS

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Sexta - feira | 19:45

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Sexta - feira | 19:45

Às vezes, a verdade pode ser como uma flecha que te atravessa e causa dor, mas ao mesmo tempo abre os olhos e o entendimento pra nos ajudar ver e entender o que, até então, era incompreensível. Apesar disso eu prefero levar um tiro do que sentir essa coisa que queima meu peito e me faz querer chorar.

Não sou mais criança, eu sei, minhas lágrimas não solucionarão meus problemas, eu sei. Fugir, como eu estou fazendo agora, não irá diminuir o tamanho do estrago que aquela conversa causou em tudo, eu sei disso também, mas se quem me julgasse oferecesse ao menos uma solução...

Com lágrimas acumuladas nos cantos dos olhos, com um nó preso na garganta, com o coração batendo doloridamente e com as pernas bambas irrompo as portas da biblioteca assustando meus pais e Charlotte que escutavam concentradas o rei recitar mais uma de suas poesias enjoativas e sem graça, os olhos dos três vem na minha direção como brasas vivas, mas se tornam preocupados assim que veem meu estado.

- O que houve, Adam? - minha mãe já está se levantando, tão rápido que seu pé enrosca na barra do vestido, caminho até ela com pressa, seus braços se abrem para me receber assim que se recompõe e me apertam quando eu me lanço neles. - O que houve, filho? - a pergunta se repete com angustiada e eu não respondo, não consigo.

"[...] me desculpe por quebrar a promessa..."

Aperto-me nos braços da minha mãe quando a voz dela vem como enxurrada no meu consciente.

"[...] eu não vi aquele dia acabar...

Arfo com as vozes da minha cabeça que repassa cortes da conversa enquanto eu, finalmente, me desmancho em lágrimas. Ao fundo, posso ouvir Lottie chorar também e sinto a respiração preocupada e a mão da minha mãe alisar minhas costas.

Eu não consigo entender, por que as coisas tiveram que ser assim?

"[...] eu cai e bati a cabeça..."
"[...] permaneci em coma por cinco meses."

Eu não sei dizer a intensidade, mas dói, dói muito. Não só por ela não lembrar de nós, mas também porque ela teve que passar por tudo isso.

Me sinto mal, sei que agora isso de nada adianta, mas não consigo conter.

Não estava lá para a apoiar e eu poderia ter estado, a consciência de que fui imaturo e egoísta demais todo esse tempo me faz querer rasgar minha alma e gritar até que toda essa dor e decepção se esquive de mim.

O Diário de uma Garota sem MemóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora