CAPÍTULO DOZE

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Quinta - feira | 02 de Junho 

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Quinta - feira | 02 de Junho 

Eu me lembro do dia que mamãe contou que eu iria ser promovido a irmão mais velho, eu lembro como se fosse ontem, foi duas semanas antes do meu aniversário.

Meu irmão foi e é meu melhor presente.

Eu, de certa forma, sabia que não ser mais o filho único tiraria alguns dos meus muitos privilégios, mas, mesmo sendo apenas uma criança, não me importei com isso, queria ensinar ao bebê tudo o que eu sabia e, se precisasse, proteger ele com a minha vida. Queria incentivá-lo desde os primeiros passos, vê-lo engatinhar, vê-lo dar seus primeiros passos, eu queria dividir com ele os meus brinquedos e até ensiná-lo pintar

Eu queria tirar muitas fotos dele e ajudaria mamãe na hora da soneca e de dormir, eu cantaria, eu iria cantar com todo o amor que já sentia pela criança que ainda era um grão de arroz na barriga magra de minha mãe.

Eu lembro que falava disso o tempo inteiro, e todos os meus amigos estavam cansados de ouvir sobre como eu o ensinaria jogar vídeo game, como amarraria os cadarços dos sapatos ou como socaria os meninos que tentassem se aproximar se o bebê fosse uma menina e como seríamos parceiros de fuga se fosse um menino, não que eu não pudesse fugir dos meus pais para levá-la ou levá-lo ao lago ou para o bosque caçar esquilos. Estava tão animado com a ideia de ter e ser um irmão que o sexo da criança era minha menor preocupação.

Conforme a barriga da mamãe crescia mais eu ficava ansioso pra que nascesse logo, ajudei a pintar o quarto depois que descobrimos ser um menino, Phillip.

Existiria nome mais legal? não.

Os meses continuavam passando e a barriga da mamãe crescendo, era algo tão mágico, eu lembro de ficar intrigado com como aquilo era possível, muitas vezes eu pensei que devia doer, e acho que realmente dói, e é nessas horas que eu agradeço por ser homem. Quando Phillip chutou pela primeira vez eu estava por perto, mamãe me gritou num misto de alegria e emoção, fui correndo cheio de preocupação.

- INÍCIO DO FLASHBACK -

JUNHO | 2011

"- Encoste aqui, filho." - pediu apontando para o lugar com a mão enquanto seu sorriso alcançava seus olhos e alma e eu permanecia confuso.

"- Está doendo?" - perguntei cauteloso, hesitante em tocar, mas quando a vi negar tomei coragem para me aproximar. "- O que e isso?" - olhei para os olhos dela que observavam minha reação com divertimento, me sentei extasiado ao seu lado no sofá, os olhos esbugalhados desde que sentira a barriga da minha mãe mexer sob o tecido do vestido fino.

O Diário de uma Garota sem MemóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora