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ATENÇÃO: Seu voto é importante, então quando chegar ao fim, deixe sua estrelinha, por favor.
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- Aonde esteve? - minha mãe questiona assim que me junto à eles na sala de estar. - Chegou uma encomenda e o procurei para entregar. - diz enquanto eu me curvo para lhe beijar a face duas vezes.
Franceses não tem o costume de cumprimentar pessoas que acabamos de conhecer com beijos, mas saiba, no norte da França cumprimentamos com dois beijos no rosto, no sul três, esquerda, direita, esquerda, e eu não sei o porquê, mas em Paris são quatro, esquerda, direita, esquerda, direita, mas um detalhe importantíssimo, não encostamos os lábios no rosto da pessoa, é bochecha com bochecha.
- Eu vi o pacote em cima da cama. - afirmo me sentando ao lado da minha mãe e estendendo os braços pra minha irmã que sorri para mim. - Eu fui ao hospital visitar Mary e Ethan, estava com saudades. - respondo e mamãe sorri satisfeita.
- Que bom, meu filho.
- E como eles estão? - pergunta meu pai calmo, os braços estão abertos e escorados nas costas do sofá, a camisa social branca com as mangas puxadas até o cotovelo ressalta seus cabelos de fogo caídos por sobre os ombros.
- Estão bem. - afirmo me remexendo no assento, logo abro um sorriso ladino. - Mary, por incrível que pareça, consegue irradiar alegria mesmo quebrada. - comento e mamãe me chama atenção.
- Que deselegante, isso lá é jeito de falar de alguém? - resmunga olhando feio para mim que sorrio enquanto Charlotte brinca com o colar em meu pescoço.
O último ela estourou ao puxar demasiadamente forte, ainda pequena já está me devendo uma, ou duas já que o outro que deixei ela brincar nunca mais vi.
- Acidentada, perdão. - me corrijo com um sorriso nos lábios e ela parece satisfeita.
O silêncio dura alguns segundos, mamãe de repente pareceu séria e pensativa demais, observo com atenção seus olhos se voltaram para mim e sei que o papo a seguir talvez eu não curta muito.
- Você percebeu que Madeline está estranha ultimamente? - franzo o cenho, de tudo que pensei que ela falaria não esperava por isso.
Me ajeito na poltrona e respiro fundo.
- Como assim? - questiono com o cenho franzido.
Ela me parecia normal, sempre insistindo em um futuro relacionamento amoroso entre mim e Sophia que só existe na cabeça dela e da minha mãe.
- Está distante, quieta. - murmura com uma careta. - Está evitando as tardes de chá e eu gostava tanto das nossas conversas. - ela lamenta e eu franzo o cenho.
- Conversarei com ela mais tarde, mas não deve ser nada grave, não se preocupe. - asseguro ajudando Lottie descer do meu colo e caminhar até meu pai que a recebe com um enorme sorriso e braços abertos.
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O Diário de uma Garota sem Memória
EspiritualEla, uma garota sociável, amável, simples, sonhadora, mas com uma parte de seu coração vazia. Ele, um garoto de poder, herdeiro de um trono, respeitado e de nome, mas triste e amargo. Eles são a prova de que viver na terra é ter dores e aflições. El...