capitulo 11

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- não acredito que você estava no cobra kai - Samanta está me julgando o caminha todo.

- só me deixa em paz. - falo começando a puxar alguns fios de cabelo.

Passo no escritório do meu pai e pego meu celular que ele escondeu e vou pro dojo daqui de casa.

- aí - digo vendo Robby parado - que susto.

- o que você faz aqui?

- é a minha casa. Então desse dojo é meu também. - o lembro e me sento no chão tentando ligar pro Miguel ou aisha e até a melany mas ninguém me atende.

- o que você veio fazer aqui? - Robby se senta ao meu lado.

Eu prendo a respiração e abraço minhas pernas colocando minha cabeça apoiada. Com as mãos eu arranco alguns, muitos, fios do meu cabelo.

- Venho aqui meditar as vezes. Parece besteira mas ajuda.

- não parece estar ajudando agora - ele para minha mão evitando que eu os puxe mais .

- difícil funcionar quando você fode com tudo.

Ficamos em silêncio e eu continuei a tentar ligar mas como antes, ninguém me atendeu. Fiquei ainda mais nervosa e arranquei em dobro evitando não chorar.

- Não quero me meter na sua vida, mas acho melhor você sair do cobra kai.

- acho que nem tenho mas essa opção já que sou uma vadia mentirosa. - mordo o lábio com força e continuo puxando.

- eu também ferrei tudo - sua voz aparece depois de um tempo de silêncio.

- como?

- Johnny Lawrence é meu pai - ele fala e eu fico surpresa. - Quando te conheci, falei que você era familiar e depois de um tempo fez muito sentido.

- como assim?

- pouco tempo antes de começar na concessionária do seu pai, eu fui ver o meu. estava acontecendo umas paradas na minha vida e eu pensei "que tal dar uma chance pro meu pai?"

- e porque você não deu uma chance?

- porque eu vi meu pai abraçar vocês - ele fala e eu me sinto culpada - a culpa não é sua mas pensa comigo. Eu tenho um pai que é um lixo. E nunca me deu atenção. Até que um dia vejo ele abraçar dois adolescentes como se fossem filhos dele. Então isso me fez o odiar mais ainda

- não acho que o Johnny seja um lixo. - o defendo - ele foi legal e nos ensinou muita coisa boa.

- parece que ele foi pai de todo mundo menos o meu.

- acho que temos isso em comum - digo - mas porque está me contando isso?

- porque achei que isso ia distrair você e iria parar de fazer isso - ele fala e eu percebo que parei de arrancar os cabelos.

All For Us - FalcãoOnde histórias criam vida. Descubra agora