Angelina Ferreira sobre um grande acidente há dois anos atrás onde o seu próprio algoz fugiu a deixando para trás o que custou Um coma de dois anos e sequelas graves deixando quebrada como uma boneca que não sabe se mexer sozinha, Angelina acabou pe...
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Pov- Angelina.
Angelina - Demorou alguns minutos para que Paula pudesse terminar de arrumar suas coisas e guardar antes de pegar a sua filha em ir embora, eu sabia que ela tinha que pensar no futuro dela e depois de tudo que isso aconteceu eu creio que acabou abrindo uma ferida dentro do seu peito depois do que aconteceu com Thalles, saber que o homem que amava e que abandonou grávida foi capaz de ser um monstro e tentar tirar minha vida foi amedrontador o suficiente para que ela pudesse abrir novas feridas e relembrar ainda mais da dor do passado, eu sei muito bem como é isso porque todas as vezes que acabar se encontrando com eles naquele maldito elevador, fazia com que eu pudesse sentir o que ele apertou no peito, não pelo fato de ter perdido o homem que pensava amar, mas sim por ter confiado demais em quem não devia. Alan estava dentro de sua sala conversando com Arthur para terminar de resolver alguns assuntos sobre as ações da empresa, e eu estava no lugar de Paula não atendendo as ligações mais enviando mensagens pelos e-mails, pelo menos assim eu poderia ajudar em alguma coisa sem atrapalhar por causa da perda da minha voz, comecei a escrever mais algumas mensagens marcando várias outras reuniões para falar sobre o assunto da empresa de advocacia quando ouvir o som da porta do elevador se abriu novamente, poderia ser a minha irmã mas eu tinha certeza absoluta de que nessa hora ela poderia estar em casa com Alexandre que precisava de atenção redobrada por ser um recém-nascido.
Mariana- encontrei você - eu levantei os meus olhos vendo que ela estava parada na minha frente, eu respirei fundo quando colocou um papel ali fazendo com que eu pudesse olhar confusa, eu ainda estava parada então a única coisa que eu fiz foi pegar aqueles pastéis nas minhas mãos vendo que era os documentos do casamento, particularmente era o documento da madrinha onde havia a minha assinatura dando as ações da empresa no meu nome para Tales Guatura - eu sei que isso não é nem metade do que eu pude fazer para tentar aliviar o peso da minha consciência do que fizemos com você no passado, mas eu quero pelo menos aliviar um pouco, sei que é pouca coisa mas ainda assim é o suficiente para que você possa fazer com que ele possa ir para a cadeia pelo que fez, saiba que eu nunca iria querer que nada de ruim poderia ter acontecido com você, eu não sabia sobre o acidente e não sabia sobre as apólices de vida, não fazia a menor ideia que ele havia feito isso e só soube quando você desapareceu. - respirei profundamente tentando manter a calma e levantei os meus olhos para seu rosto mais uma vez - eu vim até aqui porque estava na hora de você saber mais algumas coisas, Eu quero explicar com detalhes o que aconteceu depois que você saiu do casamento, quero que você possa entender o meu lado mesmo sabendo que eu não sou uma pessoa boa, eu ainda quero fazer a coisa certa dessa vez. - ainda assim fiquei em silêncio apontando a cadeira para que ela pudesse sentar - já vai fazer três anos que eu não consigo ouvir a sua voz.
Angelina- talvez você nunca mais possa ouvir a minha voz, eu perdi a minha voz naquele maldito acidente - os olhos dela marejaram quando ela viu as minhas mãos se movimentando, eu sabia que ela sabe poderia me entender porque se formou aí pedagogia para dar aula para crianças especiais - Eu fiquei em coma durante dois anos inteiro sem saber se poderia acordar de novo e quando acordei soube que minha voz se fora.
