Prologue
Dedicado a todas as pessoas que todos os dias demonstram coragem e persistem em sua luta, seja lá qual for.
Na cidade (vilarejo) de Holmes Chapel, localizada a 8 km ao norte de Cruweh no condado de Cheshire e 21 km ao sul de Manchester, em uma casa de campo, moravam Draco e Harry Malfoy. Casados há cinco anos, alfa e ômega viviam uma vida tranquila e recheada de amor. Os dois haviam se conhecido na escola, quando ainda eram crianças, e então se tornaram amigos. A amizade entre os dois persistiu e durou até os tempos do colégio, e eles deram início a um namoro doce.
Então, o namoro doce evoluiu para uma bela marca, enfeitando o pescoço de Harry, e um casamento alguns anos depois. Draco, o alfa, era formado em administração e trabalhava numa empresa de marketing, cuja filial se localizava em Londres, mas era administrada por ele à distância. Harry, o ômega, era formado em medicina veterinária e trabalhava numa clínica na cidade.
Por fim, é claro, havia Lyra Potter-Malfoy, uma pequena ômega de dois anos e filha dos dois. Lyra era quase totalmente idêntica ao seu pai, com cabelos lisos, olhos azuis e covinhas enfeitando os cantinhos de sua boca. Os únicos detalhes que a remetiam diretamente a Harry, eram: o nariz de botão, o cabelo preto e a personalidade.
Naquela manhã, por exemplo, Lyra mostrava toda sua personalidade, se recusando a aceitar a colher com papinha que Draco guiava em sua direção.
— Sua ômega malvada, faça seu papai feliz e coma, por favor. — o alfa brincou, fazendo careta para a mais nova, que riu. Draco aproveitou-se da situação e guiou, novamente, a colher em sua direção, sorrindo quando a ômega aceitou e engoliu.
— Ela te tem mesmo na palma da mão, não é, alfa? — A voz de Harry soou na cozinha, atraindo a atenção do alfa.
— Como você, ômega. — Draco respondeu, enviando um beijo no ar para o parceiro.
Harry sorriu, contente, e se aproximou, bebendo o chá em sua xícara.
A ômega resmungou, querendo toda a atenção de volta para ela, abrindo a boca sem reclamar quando o alfa guiou a colher em sua direção novamente.
— Veja só como vocês são... — o alfa comentou, divertido. — Fingem que são difíceis, mas caem facilmente no meu charme.
Harry parou no meio do caminho, o olhando feio, e deu meia volta, se distanciando dele, o nariz empinado mostrando autoridade e confiança. Antes de sair da cozinha, o ômega alcançou um biscoito no armário e lançou na direção do alfa, acertando em sua cabeça, e correndo para fora, sorrindo ao ouvir o lamento — falso — de dor que Draco soltou, e a risada animada de sua filha.
[...]
Harry assinou o papel de alta de Lili, uma gatinha que havia chegado ali com a patinha quebrada. Com o tratamento certo, e vigiada por Harry, a gatinha se recuperou e agora podia voltar para casa.
Orgulhoso de seu trabalho, ele se despediu dos donos de Lili, observando-os irem embora.
Ele pegou outro prontuário, o lendo rapidamente antes de ir para uma das salas da clínica, se sentando de frente para sua mesa, cruzando delicadamente as pernas e analisando seu novo trabalho, seriedade dominando seu rosto.
O ômega atenderia um cachorro encontrado na rua, que havia sido resgatado por uma equipe da clínica. Normalmente, animais de rua lhe davam mais trabalho, por serem, muitas vezes, maltratados, além de estarem em contato com ambientes sujos e impróprios para eles. Era difícil ajudá-los, mas valia o esforço.
Segundo as informações no prontuário, o cachorro era da raça Border collie, ainda era um filhote, e a equipe que o havia resgatado especulava que ele não tivesse mais que onze meses de vida. Ele havia sido encontrado com uma das patas quebrada, desidratado e muito faminto, além de estar assustado.
Harry já tinha uma ideia de como começar com o cãozinho, mas, primeiro, precisava conhecê-lo, então ele se levantou, deixando o prontuário em sua mesa e deixando a sala, para ver seu novo paciente pela primeira vez.
[...]
O alfa enviou o último e-mail daquela tarde, respirando fundo com alívio por finalmente terminar todo seu serviço.
Desligou o computador e o deixou na mesinha do escritório, se levantando rapidamente quando ouviu o choro de Lyra vindo do quarto.
Ele correu até o quarto da filhote, a pegando rapidamente nos braços, para acalmá-la.
— Está tudo bem, neném. — ele caminhou para fora do quarto com ela, sorrindo docemente para a ômega, que deitou a cabeça em seu ombro, mantendo um biquinho chateado nos lábios. — Está com fome, minha princesa? Mamãe deixou sua comidinha pronta, sabia? Não precisa chorar.
Já acostumado, ele manteve sua filha nos braços, enquanto preparava o lanche de Lyra, a colocando para comer em seguida. Ele a colocou sentada em sua cadeira, e se sentou ao seu lado, fazendo algumas caretas até que o biquinho em seus lábios fosse substituído por um sorriso.
Depois de se alimentar, Lyra se distraiu na sala com seus brinquedos, assistindo um de seus desenhos favoritos na televisão, enquanto Draco lia um livro sobre deuses do Olimpo. Ele não conhecia muito sobre, mas como seu melhor amigo, Theo, não parava de falar sobre um tal de "Percy Jackson", ele decidiu ler os livros, para entender o que seu amigo dizia.
No final da tarde, quando já se aproximava o horário do jantar, Harry chegou, espalhando seu cheiro familiar por toda a casa, misturando seu aroma com o de Draco.
— Oi, meus amores. — o ômega disse, após lavar as mãos, colocando suas coisas numa das cadeiras da cozinha. — Como eu senti sua falta, minha filhote. Mamãe não aguentou a distância.
— Você trabalha a duas quadras daqui, ômega. — Draco riu, fechando seu livro após marcar a página.
— Não seja assim tão mal, alfa! — Harry resmungou, sorrindo grande quando o alfa o beijou rapidamente. — Sou uma mamãe babona.
— Como se eu já não soubesse disso. — o alfa provocou, caminhando até a cozinha. — Aproveitando que já chegou, o que acha de ir com a Lyra tomar um banho enquanto eu faço o nosso jantar?
— Eu acho uma ótima ideia. — o ômega pegou a filhote nos braços, beijando sua bochecha gordinha, antes de acenar para o alfa e sair, conversando com a bebê e a ouvindo resmungar as poucas coisas que sabia falar.
Draco sorriu, exibindo suas covinhas graciosas, genuinamente feliz com sua família.
— X —
Bom, esse foi apenas o prólogo e foi bem curtinho e simples. Os próximos capítulos provavelmente vão ser assim também, para ser uma leitura simples e calminha.
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Surprises Of Life | Drarry
Fanfiction[CONCLUÍDA] Draco e Harry tinham uma vida estável e feliz. Casados há cinco anos, e com uma filha de dois anos, o casal era feliz e ambos se encontravam satisfeitos com sua vida. No entanto, em um dia qualquer, uma garotinha aparece em suas vidas, o...