Our first night

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A brisa gelada que carregava o aroma da natureza atingiu o rosto de Seher, fazendo-a fechar os olhos para aproveitar. O canto dos pássaros ao longe chegavam aos ouvidos dela de forma satisfatória.

O clima estava frio, mas a mão de Yaman sobre a dela transportava ondas de calor por todo o seu corpo.

Eles andaram de mãos dadas até o terreno que ficava na beira do lago. Diferente das outras vezes que estiveram ali, haviam algumas demarcações no solo, limitando o que aparentavam ser cômodos de uma planta baixa.

— O arquiteto já veio aqui. — ele falou enquanto a guiava até a "entrada" da casa. — A casa só terá um pavimento, então pedi para ele marcar no solo onde cada cômodo vai estar. Essa é a porta da frente.

Eles pararam em frente a uma linha tão extensa quanto a porta da mansão. Era preciso olhar de algum lugar alto para ter uma visão ampla de toda a área que seria construída, mas dali onde eles estavam, dava para ver parcialmente o tamanho dos cômodos. Não era tão grande quando a mansão, mas tinha cada um dos cômodos necessários para eles em um tamanho satisfatório.

No meio de cada ambiente havia uma placa com seu respectivo nome.

— Ali vai ter portas de vidro. — ele apontou para outra marcação localizada depois da sala de estar. — É uma bela paisagem, não acha?

As portas de vidro, que contemplavam desde a sala de estar até a sala de jantar, proporcionariam uma vista espetacular do lago e das montanhas ao longe.

— Ali são os quartos. — ele apontou para um corredor a direita. — Serão 6 quartos para nossa família e dois para os empregados. — ele apontou para o lado da cozinha para localizar os dois últimos.

Seher caminhou lentamente até o corredor e olhou cada uma das placas com os nomes.

— Hóspedes... Ziya...Yusuf...Şimal? — ela olhou para Yaman confusa. — Quem é Şimal?

Algo que Seher raramente via aconteceu: Yaman ficou com as bochechas coradas e desviou o olhar. Era a coisa mais adorável que ela já havia visto.

— Bem, algum tempo atrás nós dois escolhemos esse nome durante um jogo e... quero dizer, se tivermos uma filha, será esse o nome dela, não é?

Ela o observou por alguns minutos e não pôde evitar a emoção. Um sorriso involuntário saiu de seus lábios. Nunca parou para pensar sobre isso, mas de fato, adoraria chamar sua futura filha de Şimal.

— Talvez haverá um novo membro na família quando nos mudarmos para cá. — ele se aproximou e tocou no rosto dela. — Esse bebê virá como um milagre em nossas vidas.

Yaman limpou com o polegar uma lágrima que rolou pela bochecha dela.

— Iremos amá-lo incondicionalmente assim como amamos Yusuf e, enquanto vivermos, vamos segurar sua pequena mão e vê-lo crescer. Como pai e mãe, sempre vamos estar ao lado deles.

Ele enxugou mais algumas lágrimas e a abraçou. Seher expirou o perfume de seu marido direto do pescoço dele até sua acalmar.

— E se... — ela se distanciou um pouco e olhou para a placa, para então voltar a olhar para seu marido. — E se tivermos um menino?

— Vamos pensar em um nome. — ele sorriu enquanto tirava uma mecha de cabelo do rosto dela.

Naquele dia mais cedo já haviam tocado no assunto. Devido a um engano na loja, Seher passou o dia achando que Yaman já estava planejando ter filhos imediatamente. Por um momento, ela se apavorou, mas logo se pegou imaginando como seria pegar em seus braços o fruto de seu amor por seu marido. A ideia a encantou, ainda mais quando ele falou com todas as letras que queria ter filhos com ela.

Histórias Independentes (SehYam)Onde histórias criam vida. Descubra agora