Capítulo 34

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Eu e Arturo ficamos nos encarando por tanto tempo, depois da sua ameaça, não duvido muito que os pobres criados dos castelos devem estar nos achando loucos

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Eu e Arturo ficamos nos encarando por tanto tempo, depois da sua ameaça, não duvido muito que os pobres criados dos castelos devem estar nos achando loucos.

Pisco algumas vezes até tirar o olhar completamente dele me virando por dois segundos para pôr ar em meus pulmões em uma respiração profunda, controlo o máximo que consigo os meus nervos que querem o sangue do ruivo em minhas mãos.

Volto fitá-lo encontrando o mesmo de cabeça baixa com a mão na temporada parecendo refletir o mesmo que eu, dou passos lentos, mas calculados, até o maluco e paro em sua frente.

Confesso que as vezes não penso no que fazer e tudo dá errado, mas dessa vez eu não posso me dar ao luxo de tal coisa. Ponho a minha mão em seu queixo, em um gesto delicado, o mesmo levanta o rosto com seus olhos levemente arregalados em surpresa.

- Não podemos brigar se queremos conquistar o primeiro reino. - Digo em um tom suave, depois dele ter sido ameaçada de morte junto ao Gabo.

A única coisa que eu queria agora era crava as minhas unhas em sua pele macia ao ponto de fazer sangrá-lo como o maldito merece, mas acho que não vale apena agora.

- Você tem razão meu bem, não podemos. - Ele sorrir largo pondo sua mão sobre a minha. - Eu te amo, Sky. - Meu estômago embrulha com sua declaração.

- Sabe que agora não posso dizer o mesmo, não é? - Ele assente. - Mas prometo que irei me esforçar mais. - Nunca me senti tão traiçoeira pois me inclinei bem para perto dos seus lábios ao dizer a promessa mais mentirosa da minha vida.

- Que bom. - Ele diz parecendo afetado com a minha aproximação repentina e rápida pois eu já não me encontrava mais tão perto dele ou ao menos o segurando.

***

Logo depois do jantar um guarda me levou de volta par o quarto foi quando aproveitei para questionado sobre Gabo.

- Onde ficava o quarto do príncipe mais novo? - Pergunto casualmente, não esperando realmente uma resposta.

- Para que a senhorita quer saber? - O homem de cabelos castanhos escuros curto com olhos quase dourados de tão claro que o castanho é, ele parece ter uns trinta anos mesmo que obviamente não seja.

- Digamos que sou uma pessoa particularmente curiosa. -  Sorrio sem mostrar os dentes em uma feição que tentei mostrar inocência.

- Eu lembro de você garota. - Olho para ele parando no meio do corredor já próximo ao quarto que me foi designando. - Você chegou aqui como uma maluca, desmaiou em frente ao portão principal, o príncipe Gabriel entrou em desespero com o seu estado. - O mesmo fala me deixando surpresa.

- Certo, já que não quer me dizer não diga então. - Começo a andar em direção ao bentido cômodo que eu me acordei estando amarrada e quase nua.

- Se você vossa majestade tivesse parado para olhar as gavetas do seu quarto, saberia onde o seu amante dormia. - Ele diz assim que ponho a mão na maçaneta.

Me viro em sua direção lentamente piscando algumas vezes, percebo que o mesmo não está brincando com a minha cara pela sua face séria.

- Pode correr para dentro, não estou mentindo. - Eu engulo em seco sentindo o nervosismo se abater em meu estômago.

Respondo fundo voltando a mirar a madeira clara em minha frente, se for verdade o que foi dito eu posso me sentir mais perto do meu soulmate, mas eu acho que Arturo não seria tão tonto a este ponto, não é mesmo?

- Não vai entrar? O que ouve? Está com medo? - Sua voz sai com um tom sarcástico, mas não olho em sua direção, acredito que sua feição está da mesma forma.

Ao ignorar as perguntas feitas pelo guarda, abro pôr fim a porta.
Meus olhos correm por todo local, minha mente viaja para o rosto do Gabo, para os seus olhos verdes, para seu cabelo quase ruivo, para seu corpo.

Eu sinto tanta falta dele.

- Certo Blue, coragem. - Digo a mim mesma forçando os meus pés ansiosos e apreensivos a se mexerem.

Por onde começar? Essa é a questão que me vem.

Gavetas, foram elas que o guarda mencionou.

Vou primeiro para as das mesinhas laterais da cama, me sento perto da que está ao lado esquerdo e vejo que não tem muita coisa, nada que me remeta ao Gabo.

Sigo para outro lado pulando por cima da cama e ao abri-la meu coração erra um compasso. Minhas mãos tremem quando ponho meus dedos nos papéis levemente amarelados os pegando.

Sem que eu perceba lágrimas molham o meu rosto, antes mesmo que eu chegue a constatar o que tem dentro, mesmo já sabendo o que pode ser. Enquanto tremo e tento abrir, respirar, pois, meu choro se intensifica se tornando audível, mordo meus lábios quando um lamento sai deles.

O desenho feito por muito antes mesmo de saber que o Gabo existia está praticamente intacto, não me lembro do dia exato que o fiz, mas sei que já era bem óbvio que o meu destino estava entrelaçado com o dele. O próximo desenho é a flor com raízes saindo por trás, desenhada por mim para ele quando o mesmo pediu ao rei Ken papel e lápis para que eu desenhasse.

Estávamos em um caos, não tanto quanto esse, mas pelo menos estávamos juntos.

A dor me aperta o peito, eu queria gritar, eu queria explodir esse lugar, eu queria voltar para os braços da pessoa que amo, mas cá estou eu chorando como um louca com papeis apertados contra o corpo.

Alguém bate na porta, mas eu ignoro me permitindo sentir a dor que me acomete. Como não mexi um músculo sequer para ir a atender quem importunava, tenho a porta do quarto aberta, ao menos a mesma não foi arrombado, pois se encontrava apenas sem tranca.

- O que está acontecendo para esse escândalo todo? Está dando para ouvir seu choro do outro lado do castelo. - Arturo fala enquanto se aproxima de onde estou sentada.

Nunca fui tão rápida em esconder algo de alguém como fiz com os desenhos, os enfiando novamente na gaveta.

- Desculpe, são apenas os meus nervos aflorados demais, não quis incomodar.  - Digo enquanto limpo as lágrimas do rosto agora com toda certeza vermelho.

- Tem certeza? - Ele se senta bem ao meu lado, luto comigo mesma para não me afastar dele.

- Claro que tenho, você deve entender que esses últimos dias vem sendo, como diriam no mundo humano, uma montanha russa. - Ele franze o cenho parecendo realmente não entender a minha analogia. - É a mesma coisa que, digamos, ter altos e baixos bruscos.

- Tivesse falado assim antes então, não precisa usar o mundo humano como exemplo - Assinto segurando a minha língua na boca para não o xingar. - Quer que eu durma com você? - Arregalo os olhos.

Pelo amor, eu preciso sumir deste lugar.

Pelo amor, eu preciso sumir deste lugar

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Pássaros negros - O Primeiro Reino vol.2 🌟Onde histórias criam vida. Descubra agora