Capítulo 5

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Correr, correr

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Correr, correr. 

 Correr era a unica coisa que eu conseguia fazer, enquanto presa dentro de uma floreta estremamente escura, e que nunca parecia ter um fim, a mesma parece estar se fechando atrás de mim enquanto eu tentava respirar sem parar de me mexer com medo de ser engolida e morta. 

Eu nem sábia ou menos lembrava em como vim parar nesse lugar, mas parar de correr para pensar não era bem uma opção viável. Minha respiração irregular junto com o meu coração acelerado, quase saindo por minha boca, foram as únicas coisas que consegui escutar durante um bom tempo até chegar a um determinado momento que eu nem sentia as minhas pernas, chegando a tropeçar em alguma coisa e caindo de cara no chão cheios de folhas e terra. 

Quando estou prestes a me levantar uma voz que eu reconheceria mesmo anos sem escutá-la chama pelo nome, um arrepio horrível percorre a minha espinha. Viro ainda no chão para olhar a minha mãe, a mesma tem um sorriso assustador no rosto e parece, mas pálida do que quando a vi em seu esconderijo que foi chamado de castelo de estelar.

- Por favor... - Essas palavras de súplicas são as duas únicas que saem dos meus lábios como se o meu cérebro não tivesse capacidade para falar outra coisa.

Do alvorecer ao crepúsculo nós iremos vencer, com a chegada da primeira estrela até ela desaparecer. - Ela murmura quase inaudível o mesmo verso que a versão criada pela mesma de mim cantou enquanto estávamos juntas na caixa floresta e que ainda não entendi o que quer dizer.

- Por favor... - Mais um pedido saí da minha garganta, mas comigo dessa vez completamente acordada. 

Eu nunca fui de sonhar muito, sonhos bons ou ruins, mas ter o pesadelo que tive antes de acordar apavorada dentro de uma cela torna o mesmo bem pior. 

Olho para todos os lados tentando controlar a minha respiração meio desregulada e agradecendo a minha boa visão, pois sem ela eu com toda certeza não enxergaria um palmo a minha frente, não vejo nada a não ser as paredes e as grades de ferro que me cercam. 

Me ponho de pé, indo até os ferros enferrujados que me predem nesse lugar, do lado de fora o corredor está vazio. Aqui é tão parecido com o a masmorra do castelo do meu pai que..., mas o que diabos está acontecendo? 

Eu estou em uma das celas do castelo do meu pai? Mas por quê? 

Isso não me parece um sonho, isso não é um sonho, pois bato forte com a mão na grade onde a mesma estava segurando e uma dor irritante irradia por ela me fazendo morder o lábio para não xingar alto. 

Assim que me recupero da dor, tento invocar os meus poderes, mas nada vem, nem o quente nas veias eu consigo sentir.

Isso não pode ser real, por favor que não seja real.

Por que me prenderiam aqui? 

Eu estava no reino dos pássaros vermelhos e desmaiei aparentemente de cansaço, eu me lembro de escultar a voz do Gabo ante de tudo ficar escuro, mas o que porcarias está acontecendo? Meu cérebro não para de gritar questionamentos quase me deixando louca a ponto de querer chorar, respiro fundo tentando pensar em alguma desculpa, mas nada, nada me vem, sem porquês.

- Tem alguém aí? - Grito encostando meu rosto na grade fria. - Por favor, acho que ouve um engano. - Minha voz sai chorosa pois é como me sinto, eu estou prestes a entrar em colapso.

Eu não aguento mais. 

-Alguém? - Berro mais uma vez dessa vez com lagrimas molhando meu rosto. 

- Cale a boca garota tem gente querendo dormir sua maluca. - Uma voz rouca masculina grita de volta me dando a certeza de que não estou sonhando. 

Me apavoro com tau pensamento, começando a chorar alto, mau consigo respirar junto aos soluços e coriza do choro. 

O que está acontecendo? Essa é a pergunta que mais vem à cabeça seguida de: Como eu vim parar aqui? 

Me sento no colchão duro, que antes eu estava dormindo, me encolho chorando com a cabeça baixa, eu fico assim pelo que se parecem horas. 

Eu nunca me senti mais perdida e sozinha em toda a minha vida. 

Em algum momento eu adormeci, acordo com barulhos de gritos das outras celas, me levanto de supetão indo olhar o que está acontecendo. Vejo que ainda nas primeiras grades uma frota pequena de guardas vindo na direção à onde estou, é o que imagino, explicando também o porquê os outros prisioneiros estarem fazendo algazarra de xingamentos e até jogando coisas neles. 

Confirmando minhas suspeitas um deles começa a abrir o cadeado pesado que adorna a grade, dou um passo para trás quando o mesmo faz menção de entrar, entrando logo depois. O homem robusto entra e logo depois dele outro guarda também, menor, um pouco menos amedrontador, ambos abrem espeço para alguém entrar. 

Meus olhos se arregalam quando vejo o sorriso ladino com ar de vitorioso da pessoa que mais confiei, que cheguei a considerar minha amiga. 

Yumi adentra na cela, em que me encontro completamente pasma, nem consigo raciocinar direito. 

- Você está péssima, minha amiga. - Certo que as duas últimas palavras soaram extremamente falsas, entregando que a mesma não está aqui para demonstra o quanto gosta de mim. - Você estar assustada? - Ela pergunta forçando uma voz infantil.

- O que estas acontecendo? - Questiono sem mexer um musculo por ainda estar petrificada.

- Tantas coisas estão acontecendo, tantas coisas aconteceram. - Ela diz ainda sorrindo, como desde que chegou. 

- Yu, você pode por favor me dizer o porquê de eu estar aqui? - Praticamente exijo, tentando ser o mais o gentil que consigo nesse momento.

- Faz uma semana Sky, uma semana que você caiu feito uma patinha nas palavras do Hidra. - Meus olhos se arregalam novamente em um curto intervalo de tempo. - Quatro dias que conseguimos tomar o reino dos pássaros cinzas, dois dias que o rei e rainha dos pássaros vermelhos estão mortos, um dia que o Gabriel e a vaca da Atena acordaram e estão no patamar mais embaixo das masmorras, um pouco mais que oito minutos que você voltou a acordar, e três dias que o Kai está adormecido em dos quartos do castelo, eu não tive coragem de colocar o amor da minha vida em uma sela. - Esculto tudo que ela diz em silêncio, torcendo para que seja tudo uma brincadeira de mau gosto mesmo não parecendo. 

- Por que você está ajudando-a? - Pergunto.

Não faz o menor sentindo, nada faz. Yumi foi a garota que me ajudou com o Gabo, que se ofereceu para ser minha amiga, que nos levou para visitar a terra dos seus dessedentes humanos, mesmo que nada tenha dado certo no final. 

Eu não consigo entender. 

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Obrigada 💜

Obrigada 💜

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Pássaros negros - O Primeiro Reino vol.2 🌟Onde histórias criam vida. Descubra agora