Capítulo 10

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Se houvesse uma palavra que descrevesse aquela noite, pelo menos para Kylo, seria horrível. O mesmo tinha conseguido dormir por algumas horas, mas os seus pensamentos estavam vidrados numa única coisa, melhor dizendo numa pessoa, Rey. 

Cansado de andar ás voltas na cama, o cavaleiro por fim senta-se na beira da cama, os seus pés tocam o chão frio fazendo a sua pelo arrepiar pela diferença de temperatura. Além de todo o incomodo psicológico que a sucateira lhe causava e como se não fosse o bastante, havia um volume nas suas calças. Apesar de as suas calças serem pretas e os seus aposentos estarem sem luz á exceção de três pequenas velas junto da janela, ele consegui ver o contorno do seu membro debaixo do tecido.

Um suspiro cansado sai dos seus lábios. Olhando pela janela dava para entender que era madrugada, mesmo sentindo vontade ele sabia que não conseguiria voltar a dormir. 

Decidido a apanhar ar fresco, o mesmo levanta-se da cama indo em direção da porta, apenas levando um roube de seda preta consigo, podia não ser quente mas é confortável e é melhor do que andar em tronco nu pelo castelo.

Todos os corredores estavam escuros, apenas a escada estava iluminada pelos muitos candelabros, ao chegar á grande sala de jantar, a porta da varanda já se encontrava entreaberta, isso não é comum, as servas sabem que devem sempre fechar e trancar todas as portas, imediatamente se põe em alerta, repreendendo-se por não ter a sua espada ou qualquer outra arma. 

Ao abrir a porta sente-se aliviado, mas ao mesmo tempo sente-se inquieto. O motivo do seu inquietamento estava ali, Rey. A mesma vira-se na sua direção prendendo os olhos nos seus, a sua expressão está assustada. 

Depois de alguns segundos em total silêncio, os olhos do moreno descem lentamente pelo seu pelo seu rosto demorando nos lábios rosados e de aspeto macio. Em seguida continuam pelo seu pescoço que se move muito lentamente por conta da respiração. 

Mas onde os seus olhos se prendem é no seu corpo coberto por uma camisa de noite que realça as suas curvas, o seu peito sobe e desce de forma acelerada deixando os seus seios pequenos evidentes aos seus olhos. Ele não deveria olhá-la assim mas não conseguiu evitar, algo que ele não podia negar, ela é linda. 

Ao voltar a olhar para o seu delicado rosto, sente todo o seu autocontrolo ir por água abaixo, as suas bochechas estão intensamente coradas deixando as suas sardas evidentes, os seus lábios estão entreabertos e a sua respiração, embora baixa, está acelerada. 

A sua mente suja leva-o a imaginar coisas que não deveria, mas o que mais o irrita é o facto de saber que ela não o provoca. Que as reações que o seu corpo têm em relação ao dela não são de todo provocadas, são naturais. Ela consegue seduzir sem esforço algum. 

O clima tenso deixa Rey cada vez mais desconfortável. A mesma repreende-se por ter saído do seu aposento. Jamais ela pensaria que o veria assim, de forma tão informal, isso só o deixava mais bonito. O seu peito largo e musculoso mexe conforme a sua respiração. A intensidade do seu olhar raivoso deixam-na desconcertada.

Mas antes que ela conseguisse entrar uma mão forte no seu pulso puxa-a de volta, a mesma desequilibra-se mas antes de embater no chão choca-se contra algo alto e duro, Kylo.

O seu peito desnudo é quente e forte, a sua respiração está acelerada e os seus olhos negros presos nos seus olhos verdes. Antes que ela pudesse dizer algo o moreno junta ainda mais os seus corpos e lábios. 

Nos primeiros momentos Rey fica estática, sem qualquer reação pela surpresa. Ela jamais havia sido beijada, ainda para mais com tanta intensidade. Em alguns segundos o choque inicial passa, quase por instinto as suas mãos pequena acariciam o rosto e corpo musculoso do moreno, as suas carícias iniciaram calmas mas aos poucos foram aumentando até ao ponto de arranhar de leve as suas costas. O beijo de Kylo é urgente, quase desesperado. A ação que mostrava o desejo que esta sentia faziam-no perder qualquer sanidade. 

Rey é tímida mas demonstra-se uma pessoa totalmente diferente num momento tão íntimo e fogoso como este. Hux havia comentado com ele que as jovens jamais haviam estado com um homem, a ideia de ser o primeiro homem a beijá-la dava-lhe uma estranha e inexplicável sensação boa.

Quando a respiração falhou os dois separaram-se, os olhos do moreno ficaram focados em Rey. No entanto ao se separaram ela sentia vergonha tomar conta dela. Jamais havia feito algo assim, ao sentir o toque do moreno ficar mais solto, deu alguns passos para trás, para longe do seu corpo.

Antes que o moreno pudesse dizer ou fazer algo mais Rey correu de volta para dentro do castelo.

O moreno ficou lá parado... estático...sem qualquer reação. Porque havia ele feito aquilo?

Perguntas acumulavam-se na sua mente, mas nem ele próprio sabia as respostas.

Vendida ao Cavaleiro das Trevas || Reylo AU ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora