Capítulo 13

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Depois do que pareceu uma eternidade, os primeiros raios de sol do dia entraram pelas longas e ornamentadas janelas do castelo.

Havia sido uma noite tensa para Kylo. O moreno deu voltas e voltas na cama na falha tentativa de adormecer, mas sem sucesso. Os seus pensamentos sujos não desapareciam. Como pode algo...ou melhor, alguém...tirar o sono de uma pessoa sem qualquer esforço.

A lembrança do que aconteceu na varanda afetava-o mais do que ele gostaria. Todo aquele momento lhe passava na cabeça como se estivesse a acontecer neste momento. A forma como ela retribuiu as investidas violentas e urgentes dos seus lábios, os seus baixos e femininos gemidos e suspiros...a sensação do seu corpo junto do seu e as caricias que as suas pequenas mãos faziam no seu rosto e cabelos. As lembranças davam-lhe sensações e pensamentos estranhos, controversos...obscuros. 

A sua cabeça estava cheia, por fim desistiu de tentar dormir. 

Após a sua higiene matinal, vestiu-se com as suas habituais vestes negras. Quando se sentou na cama para terminar de se calçar uma batida na porta despertou-o dos seus pensamentos. - Quem é? - perguntou olhando para a porta ainda fechada.

- Sou eu filho...posso entrar? - perguntou Leia.

- Entra. - disse levantando-se novamente e andando até á sua capa, sobre as costas da cadeira.

Abrindo a porta, Leia adentrou o escuro quarto de Kylo, como de costume com um terno e carinhoso sorriso no seu rosto. - Bom dia filho. - disse gentil fechando a porta atrás de si.

- Bom dia. Está tudo bem mãe? - perguntou encarando-a confuso, vendo a mesma reação no rosto da mulher. - Não costumas vir ao meu quarto, só quando aconteceu algo sério. Por isso estou a estranhar vires aqui, ainda para mais tão cedo. - explicou.

Leia assentiu em concordância, realmente é verdade. Mas neste caso realmente é sobre um assunto que a mesma testemunhou na noite passada.

- Eu queria falar contigo a sós, sobre ontem á noite. - disse aproximando-se da cama e sentando-se sobre o pequeno sofá aos seus pés.

O seu corpo enrijeceu de imediato. O que será que ela viu ou ouviu? Será que testemunhou o que aconteceu na varanda?

- Do que estás a falar ao certo? - perguntou tentando, falha e miseravelmente, disfarçar o seu desconforto.

Leia entendeu o que o filho tentava fazer, nisso saia ao seu pai, é péssimo para tentar desenvencilhar-se de alguma situação com que não quer lidar.  

- Eu vi o que aconteceu entre vocês na varanda. - disse olhando no seu rosto.

Os seus olhos negros ficaram abertos...surpresos...assustados.

Percebendo a reação do seu filho, passou a explicar. - Eu estava a ir para o meu quarto e olhei para a janela que dá para a varanda, vi-vos juntos. - disse encarando o filho nos olhos.

A expressão do moreno estava pálida, apática. As suas palavras pareceram desaparecer. As suas mãos pareciam suadas. 

- Foi um impulso, aconteceu...foi só um beijo. - disse engolindo em seco.

- Sentes algo pela Rey filho? - pergunta curiosa.

A pergunta pareceu atingi-lo como uma faca nas costas. - Claro que não mãe, foi um impulso. Foi apenas coisa do momento. Não significou nada. - disse tentando ser convincente.

Mas lá no fundo ele sabia que a aquilo que acaba de dizer era  mais para convencer-se a si mesmo do que á sua mãe. Leia encarou o filho por breves segundos em silêncio, parecia analisar a sua expressão. Sem dizer mais nada assentiu, levantando-se do pequeno sofá.

- Tudo bem, foi só um impulso. - disse dando de ombros.

Leia sabia que o que o filho lhe dizia é mentira, ninguém lhe contou, ela viu com os próprios olhos o que aconteceu e juntando ás últimas mudanças de humor do seu filho...a sua conclusão é que Ben têm algum sentimento por Rey.

- Vamos descer para tomar o pequeno almoço. - disse vendo-o assentir.

Os dois saíram do quarto, atravessando o longo corredor em silêncio. Como se uma força maior quisesse testar a sua paciência e controlo, a imagem que viu deixou-o com uma estranha sensação de irritação á flor da pele.

"O que faz a sucateira com o Finn? E porque estão tão próximos?" - perguntou a voz na sua cabeça.

"O que faz a sucateira com o Finn? E porque estão tão próximos?" - perguntou a voz na sua cabeça

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Vendida ao Cavaleiro das Trevas || Reylo AU ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora