Depois da visita guiada pelo castelo fomos encaminhadas para os nossos quartos. Algo que jamais pensei ter, um quarto para mim mesma, o da Rose era ao lado do meu.
A caminhada pelo castelo demorou cerca de uma hora, ouve apenas uma zona do castelo que não vimos, sendo curiosa perguntei á rainha o motivo de não irmos até lá, ela apenas disse que não queria incomodar o seu filho, apenas fingi concordar e continuamos. Depois de deixar as minhas poucas coisas no quarto sai, certificando-me de que ninguém me via segui em direção da escada seguindo para a "zona proibida".
As lindas e compridas cortinas de tons vermelhos e verdes davam um ambiente sombrio e misterioso, de facto combinava com ele. O pensamento de como será ele por baixo daquela máscara e vestes negras assombram o meu pensamento. No meio do corredor uma porta aberta chama a minha atenção, entrei em silêncio, não havia ninguém, eu deveria sair dali mas a minha curiosidade é muito maior, era um escritório com lindas mobílias de madeira escura, as suas janelas grandes e vitradas com padrões angelicais. Do lado direito três enormes estantes repletas de livros. Será que ele já os leu todos ou será que só os tens para ocupar espaço e ganhar pó.
- O QUE ESTÁS A FAZER AQUI? - uma voz zangada e agressiva desperta a minha atenção.
Virando-me para a porta com cuidado, lá estava ele. - Senhor eu... - nunca me senti tão nervosa.
A sua presença era poderosa, por alguns segundos senti as minhas pernas bambas. - Eu ouvi um barulho e...
- Estás a mentir. - disse num tom rude.
Antes de poder dizer algo senti-me paralizar ao vê-lo levar as suas mãos á sua máscara. Um estalinho foi ouvido e passando lentamente na minha mente o misterioso cavaleiro retirou a sua máscara.
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Fiquei paralizada por alguns segundos. Ele é lindo, os seus cabelos, olhos negros e lábios carnudos hipnotizam-me.
- Avisaram-te que não era para vires para aqui mas foste curiosa e não conseguiste evitar. - disse andando na minha direção.
Derrepente senti-me uma presa, um cordeirinho na toca do lobo. Os seus passos foram ficando mais perto e lugares para onde escapar foram desaparecendo. Em segundos fiquei encurralada na parede.
- Eu trouxe-te para aqui como garantia de pagamento então certifica-te que não arranjas muitos problemas. - disse perto do meu rosto, demasiado perto.
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Depois de uns segundos assim finalmente afastou-se sem dizer mais nada sai dali o mais depressa possível, ainda com o coração nas mãos e uma estranha húmidade entre as minhas coxas.
