Capítulo 5

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Rey

Corri dali para fora como se estivesse a fugir da morte, repreendo-me mentalmente por ter achado boa ideia entrar naquele lugar. 

Agradeço a tudo por não me ter encontrado com ninguém enquanto fugia pela escada, logo chego ao meu novo quarto e fecho a porta atrás de mim, encostando-me na mesma.

- Que burra...que burra...que burra... - digo repreendendo-me a mim mesma e batendo na minha cabeça.

De novo os meus pensamentos voltam onde não deviam, a ele. A proximidade do seu corpo forte, a intensidade dos seus olhos escuros que me encaravam como se pudessem ler a minha mente, os seus cabelos grossos e brilhossos que pareciam ser suaves como ceda, os seus lábios carnudos e rosados e as suas vestes negras que lhe davam um ar de mistério e perigo. Como pode um homem ser tão bonito, charmoso e irritante ao mesmo tempo, não tendo ideia.

Não entendo porque foi tão bruto comigo se eu apenas entrei naquela sala e estava a observar os livros, tratou-me como se eu estivesse a roubar algo, por um lado quero bater-lhe mas por outro quero beijá-lo.

Solto um suspiro pesado que nem sabia que segurava. Sinto os meus lábios secos, as mãos suadas e o rosto corado. Vou até á pequena mesa perto da janela e encho o copo de água bebendo tudo de uma vez.

Uma batida na porta desperta-me dos meus pensamentos, ajeito o cabelo com os dedos e vou até á porta e abro encontrando a Rose com um sorriso apaixonado no rosto.

- Rey eu estou no paraíso. - disse entrando no meu quarto com um sorriso estampado no rosto.

- É por causa do Hux...tu realmente apaixonaste-te. - disse vendo-a sorrir.

- Não consigo evitar. - disse sentando-se na cama. - Ele têm aquele ar de sério e até antipático mas quando se solta é a pessoa gentil do mundo, ele até me convidou para passear pelos jardins amanhã de manhã. - disse encostando as mãos ao peito.

Que melhor forma de esquecer o Kylo Ren do que ouvir as conversas apaixonadas da Rose.

Kylo Ren

PORRA!

Mas quem é que aquela criança pensa que é para chegar aqui e logo de caras invadir a minha privacidade.

Eu deixei bem claro que não queria ninguém nesta parte do palácio apenas se fossem as criadas para fazer limpezas e mesmo assim eu já fico de pé atrás, mas agora uma criançinha vinda de não de onde, por algum motivo acha que têm algum direito de invadir a minha privacidade.

O pior é que não consegui deixar de notar a sua beleza. Os seus cabelos castanhos claros, os seus olhos grandes e esverdeados, as suas sardas espalhadas pela pele perfeitamente bronzeada, o seu corpo pequeno mas atlético.

E não bastando a sua beleza evidente, a lembrança do seu olhar assustado e os seus suspiros pela minha proximidade fazem-me sentir coisas que não deveria. Se os seus suspiros me deixam assim, como seriam os seus gemi...Sacudo a cabeça em repreensão, eu não quero...eu não posso ter esse tipo de pensamentos em relação a ela. Ela é apenas uma garantia de pagamento e nada mais, assim que tiver o meu dinheiro vou ver-me livre dela e não voltarei a vê-la.

- Vi o teu último brinquedinho sair daqui a correr. - soou a voz da Lira, tirando-me dos meus pensamentos.

- O que queres Lyra? - pergunto sem paciência.

- Estou com saudades tuas. - disse de forma manhosa tocando o meu braço e sorrindo maliciosa.

- Não tens trabalho para fazer? - pergunto impaciente.

- Tu andas tão frio ultimamente. Nós costumavamos divertir-nos tanto e agora andas frio e distante. E como se isso não  bastasee agora tens aquela sucateira mal trapilha...

- CHEGA! SAI DAQUI AGORA! - digo segurando o seu braço sem força e puxando-a para fora. - NÃO VOLTES AQUI! - disse fechando e trancando a porta, ficando de novo sozinho.

Vendida ao Cavaleiro das Trevas || Reylo AU ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora