Conto 5 - Dragão-de-Komodo (fábula)

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Numa floresta indonésia um lagarto gigante amedrontava os outros animais. Com 3 metros de altura e 140 quilos, seus passos faziam um som alto que as aves ouviam de longe e fugiam sem pensar. Até mesmo os morcegos acordavam de seus sonhos para fugir.

A criatura colossal abriu sua bocarra enquanto os pequenos mamíferos corriam assustados.

Os olhos afiados do dragão-de-komodo mexiam em busca de uma presa. Sua língua bifurcada sentia o ambiente ao seu redor, em busca de animais vivos ou mortos. E ele sentiu... Sentiu o cheiro de sangue.

Correndo em suas quatro patas e, apesar do seu peso, era veloz. Muito veloz! Aquela pequena criatura o viu, assustada, se aproximando rapidamente.

O macaco tinha machucado a pata ao cair da árvore, mas não queria desistir da própria vida.

"Senhor dragão! Você vai machucar um pequeno indefeso?"

"Senhora dragão!" – suas garras levantaram o queixo do macaco – "Não importa se você é pequeno ou grande, você é o único alimento que tenho no momento."

O macaco sabia que os outros animais fugiram sem olhar para trás. Foi assim que ele caiu.

"Você não prefere que eu lhe diga onde tem animais maiores? Eu vi para onde todos foram!"

"Eu não caio em truques tolos, pequenino!"

O dragão-de-komodo pegou o macaco com a boca e caminhou por um longo caminho até o seu ninho dentro de uma caverna. Estranhamento escondido para um animal tão grande, o macaco pensou.

Ouviu-se uma risada e o macaco caiu. Tonto, ele olhou para a caverna. Havia um lagarto pequeno, do seu tamanho, e outro tão grande quanto a que o trouxe para aquele lugar.

"Kasih, você estava escondendo meu café da manhã?" – o outro lagarto perguntou.

"Ele é o meu filhote. Não é comida!"

"Ele parece comida para mim!"

O macaco olhou para Kasih – a senhora dragão – e pela primeira vez viu um daqueles gigantes com medo. Pensava que os gigantes não tinham medo de nada!

O macaco sorriu. "Agora você vai ter o que merece", ele pensou. Mancando, se afastou discretamente. Parou para olhar para trás e viu aquele olhar assustado novamente. Não parecia mais aquele dragão assustador que fez os animais fugirem.

 Não parecia mais aquele dragão assustador que fez os animais fugirem

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Às vezes o seu maior medo também teme algo!

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