𝐖𝐞 𝐁𝐞𝐬𝐭 𝐋𝐨𝐯𝐞.: 𝑠ℎ𝑜𝑟𝑡𝑓𝑖𝑐 / 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖𝑑𝑎
Gostar de alguém não é simples. Muitas vezes, por mais que tentemos, não ousamos dizer nada...
Tudo para não perder ainda mais
Seo Changbin sempre havia feito de tudo para mostrar do que...
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Eram para ir para casa, mas Minho acabou convidando Felix para beber no meio na noite. Quando chegou no bar, o primo acabou ficando surpreso ao ver o rapaz de mãos dadas a Changbin, que sorria em deboche.
Quando se sentaram e Changbin quis satisfação por Felix sair tanto com o médico, a resposta dada acabou chocando o Seo na hora.
── Primos?!
── Fala mais alto, acho que ninguém no bar escutou... ── Minho revira os olhos, mas achando graça ── Pode ficar mais tranquilo, eu só estava zoando com você.
── Desde o início?
── Claro, não teria graça ── fala, dando um peteleco na testa do rapaz.
Changbin gemeu baixo e Felix cerrou os olhos para o primo, já colocando a mão na testa do outro.
── Tome cuidado ── avisa.
Pronto... Felix tinha entrado no modo babão.
Era muito para Minho.
── Ok, Ok... ── levanta os braços em rendição ── O barman é meu amigo, aproveitem sendo o casal mais grudento do estabelecimento...
Changbin acabou rindo vendo o mais velho sair em direção ao balcão, continuando a ficar brilhantes com Felix. Entrelaçou as mãos e deitou a cabeça no ombro do outro, sorrindo como um bobo enquanto Felix brincava com suas mãos.
No balcão de bebidas, Minho deu uma última olhada naqueles dois antes de pedir uma das suas doses favoritas. Como era cliente antigo do estabelecimento, o rapaz o atendeu na hora com seis pequeno copo de uma vez.
── Cortesia da casa ── pisca, o que o faz ri curto ── Então? Qual é a do casal apaixonado que você chamou?
── Se soubesse que ia ser desse jeito, nem havia chamado para início de conversa ── ele pega um copo e, depois de avaliar o líquido, engoliu tudo de uma vez.
── Calma lá grandão, isso é tudo para reparar o seu coração partido?
Minho engole o resto e olha confuso para o amigo.
── Que coração partido? Eu não amo ninguém.
── Sei do seu problema cara, mas não foi sempre assim.
── Se um dia eu me apaixonar, será o primeiro a saber ── pega o segundo copo ── Mas como isso não vai acontecer, eu só o faço trabalhar para mim.
── Abra seu próprio bar então.
Minho acabou rindo novamente, sem tirar os olhos da bebida.
── Não é uma ideia ruim...
Ele levanta o copo e bebe mais uma vez. Riu e deixou o mais velho para trás, indo servir os outros clientes. Quando a quantidade de fregueses diminuísse, ele ficaria com o seu amigo sem coração.
Era para ir a próxima bebida, mas acabou a olhando, preso nos pensamentos por causa daquele seu amigo que só sabia falar. Escutou a risada dos dois atrás dele e nem ia poupar seu pescoço em virar para ver o casal feliz, algo que não merecia.
Quando tinha sido a última vez que havia pensado naquilo? Relacionamentos eram complicados, sabia daquilo apenas de observar experiências nos amigos. Estava bem em saber que Felix e Changbin haviam achado um jeito de se acertarem, mas eram eles lá e Minho na dele.
Aqueles dois ainda dariam dor de cabeça a ele... como havia sido o caso antigo.
Não um caso antigo, mas sim de outra pessoa que deu mais dor de cabeça que o primo.
Quando havia sido aquilo?
Última escola que ele havia trabalhado, antes de mudar para a faculdade. Além de ter mudado para nunca mais atender criança com o joelho ralado, acabou precisando se afastar daquele garoto antes que o machucasse, como fazia com todos que não o entendiam.
Quando encontrou ele pela primeira vez, estava voltando para a enfermaria por ter esquecido o seu celular. Ainda no meio do caminho, precisou voltar para a escola naquela tarde, presenciando uma briga entre alunos.
── Hey, vocês!
Dois alunos acabaram fugindo, mas o outro acabou caindo no chão. Minho notou que o nariz sangrava e por isso, acabou se aproximando para efetuar os primeiros socorros.
Mas, quando tentou olhar melhor o aluno... ele virou o rosto na hora, querendo ir embora.
── Hey, onde você vai? ── segura seu braço.
Conseguiu dar uma olhada no uniforme e encontrar o nome dele. Nunca o havia visto pela escola, mas era aluno de qualquer jeito.
── Han Jisung? Você é o Han Jisung?
Ele não respondeu, mas não lutou tanto para sair do que antes. Minho acabou soltando apenas para ver até onde ele iria, mas apenas se sentou embaixo de uma árvore próxima e ali ficou. Talvez ele tivesse ficado confuso, mas acabou sendo algo.
Tentou ir buscar a caixa de primeiros socorros na enfermaria e ficou mais tranquilo ao ver que Jisung não havia saído dali. Sentou-se ao seu lado e puxou o rosto dele com cuidado, mesmo com Jisung não querendo aquele tipo de toque.
Minho só queria cuidar do nariz dele e ir embora. Só queria fazer seu trabalho, mesmo que ele fosse quebrar a cara quando acabasse.
Passou um bom tempo sem olhar no rosto do médico, mas quando estava acabando, deu uma olhada rápida no Lee. Estava acostumado com aquele tipo de olhar, por isso apenas terminou seu serviço e começou a guardas as coisas.
── Você é jovem, não me meta em confusão ou...
Minho nem terminou quando Jisung apenas correu para longe dali. Talvez ele tivesse ficando irritado? Talvez, mas não ia se estressar com um adolescente.
Ele já tinha sido um... e nunca tinha dado trabalho.
Achou que seria a última vez a vê-lo, mas palavras tinham poder. No dia seguinte - e no seguinte, seguinte - toda vez que que ia para sua sala, encontrava aquele garoto com um novo machucado. E era a mesma coisa sempre: Minho cuidava dele e, quase que imediatamente, ele saia correndo. Tinha virado algo comum, mas depois de quase duas semanas naquilo, Jisung começou a aparecer na enfermaria.
Era igual a um cão: alimente uma única vez... ele nunca o deixaria em paz.
Sem notar, Jisung começou a se tornar presente na vida de Minho, deixando-o sem escolhas. Quando a aula acabava, intervalo, início do dia, ele sempre aparecia e fazia companhia para Minho, ficando algo bem comum na rotina do enfermeiro.
O lamen que Changbin e Felix haviam comido, por incrível que pareça, tinha sido por causa daquele garoto. Minho sempre teve o hábito de guarda comida nas enfermarias - caso ele precisasse - e, de todos os lamens que ele comprava, havia um único que Jisung pegava. Era sempre o mesmo e, como Jisung passada muito tempo ali, acabou comprando apenas daquela marca.
Nem Minho sabia o porquê, mas acabou sendo daquele jeito.
Jisung gostava de ficar com Minho.
Mas Minho não queria que aquele apego continuasse.
Foi por isso que acabou saindo do antigo emprego.
Desde aquele dia, nunca mais havia visto Jisung e esperava continuar naquele jeito. Voltando para a sua realidade, pegou o último copo daquela noite antes deixar o dinheiro no balcão e indicar que ele estava de saída.
