11 | Seu avô é muito idiota.

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( Victor narrando )

Bárbara está esquisita, Arthur está pirando porque a namorada dele está o ignorando. Carol e o Arthur já tentaram de todos os jeitos possíveis animar a Bárbara, só que nada funcionou. 

Pela tarde a mãe dela ligou, e falou que queria falar com a filha dela. Só que a filha dela não queria falar com a mãe dela. E adivinhem quem foi obrigado a falar com a mulher? Eu.

Eu disse à mãe dela que a Bárbara estava tomando banho e que ela retornaria a ligação depois de terminasse o seu banho. 

Bárbara retornou a ligação? Não. Ela queria quebrar o seu celular para não ter nenhum tipo de contato com a sua mãe enquanto está aqui no sítio. 

Mas eu a fiz o favor de lembra-lá que não valeria a pena ela quebrar o celular, porque a mãe dela teria outros métodos de entrar em contato com a mesma. 

Ela não quebrou, ela só desligou o celular e trancou sete chaves em uma gaveta do seu quarto. 

— Ela não está falando comigo, e eu tenho certeza que você sabe de alguma coisa. - Arthur falou atrás de mim enquanto eu olhava para as minhas unhas. 

Eu precisava levá-las, estavam sujas de terra. 

— Eu não sei de nada, pergunte para a sua namorada. 

— eu já perguntei, só que ela não me respondeu porque está me ignorando. - ele responde triste, eu senti até um pouco de dó. 

— Aí esse problema não é meu. 

— Você é um imprestável. - ele disse, e eu sei que ele estava zoando. 

O Arthur olhou para a sala e percebeu que a sua namorada estava indo para o quarto. Não demorou muito para ele sair correndo da cozinha e ir para o mesmo quarto da Carolina. 

A Bárbara permaneceu na sala sentada olhando para a televisão. 

Eu ainda não tinha dormido, estava quase 24 horas acordado. O meu corpo estava cansado, mas se eu me deixar eu não vou dormir. 

— eu vou, e não vai ser você que vai me impedir. - escutei a voz da batchan e percebi que ela carregava algumas peças de roupa que a mesma tinha lavado de manhã. 

Batchan não gosta de usar máquina de lavar, ela fala prefere esfregar na mão do que colocar na máquina de lavar a roupa. 

— Ela é uma das únicas pessoas que não me abandonou quando fiquei viúva, ela foi a pessoa que deu o braço para me levantar enquanto todos os outros estavam rindo e torcendo para me ajudar mais. — batchan diz jogando a roupa em cima do sofá e a Bárbara começou a ajudar ela a dobrar. 

— Eu sei que ela é a sua melhor amiga, mas essa benedita mora lá onde Judas perdeu a bota. - o avô da Bárbara disse que a batchan revirou os olhos. 

— eu não me incomodo com isso. 

— mas eu me incomodo caramba. 

— não deveria. - ela diz. 

— você é a minha irmã, então eu vou me incomodar sim das decisões de idiota que você tomar. - ele disse e quando a batchan iria falar alguma coisa, a Bárbara começa a falar. 

— Do que vocês estão falando? 

— seu avô é muito idiota. 

— A minha irmã só toma decisões erradas. 

— Eu apenas quero visitar uma amiga que é doente, por que isso seria uma decisão ruim? 

— porque é muito longe daqui. 

— é só você que está se incomodando com isso maninho, a distância e última coisa que eu não estou me importando. - Batchan diz e ele revira os olhos. 

— A senhora vai do que? - perguntei. 

— De ônibus meu filho. 

— conseguiu ficar pior. - o senhor fala mas a batchan o ignora. 

— por que o senhor não vai com ela? Aí ela não precisa gastar dinheiro com ônibus e vocês vão passar um tempo só vocês dois. - a Bárbara sugeriu. 

— Eu não quero ser presa. - batchan disse. - assassinato não é crime? Então, eu vou acabar matando o meu irmão porque ele vai querer dar palpite e eu vou odiar. Então por esse motivo prefiro ir sozinha. 

— se ele prometesse que não daria nenhum palpite, a senhora toparia ele te levar? - perguntei e ele fez sim com a cabeça. - o senhor promete que não vai dar nenhum palpite e vai concordar com tudo que a sua irmã fazer ou falar? 

— não. 

— viu como ele é um idiota. - Batchan diz e o seu irmão revira os olhos. 

— Tá bom, eu te levo lá e não vou dar a minha opinião até que você peça. 

— Pode ficar sossegado com isso, a última coisa que eu vou fazer é pedir a sua opinião. 

Quando ela terminou de dobrar a última peça de roupa, ele ajudou a batchan deixar nos quarto. 

Bárbara voltou a olhar para televisão e passava um campeonato de cães, eles tinham que passar pelos obstáculos. 

Comecei a estranhar quando eu não ouvia nenhum tipo de barulho no quarto da Carolina. Tinha duas opções, ou ela matou ele ou eles estão se pegando. Eu acho que é a primeira opção e a certa porque eu não duvido nada da Carolina ter matado o meu amigo. 

Não demorou muito para o Arthur abrir a porta com os seus olhos vermelhos e saiu fechando a porta. 

— eu tentei explicar para ela sobre aquele negócio que eu te falei ontem. 

— que coisa? - Bárbara perguntou.

— Semana que vem eu e a Carol iríamos completar 3 anos de namoro, então eu a levaria para um lugar muito romântico que eu reservei no mês passado. 

— e não funcionou? - perguntei, era óbvio a resposta. 

— Ela não acreditou em mim e ainda acha que eu estou traindo ela.  

— e não está? - dessa vez foi a Bárbara que perguntou. 

— Claro que não, eu amo aquela mulher mais que tudo. Prometi pra mim mesmo que me casaria com ela ainda. - ele disse e abaixou a cabeça. - mas… não vai mais acontecer.  

— por que não? - pergunte. 

— Ela terminou comigo. 

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Continua…

𝗠𝗬 𝗩𝗔𝗖𝗔𝗧𝗜𝗢𝗡 𝗢𝗡 𝗧𝗛𝗘 𝗙𝗔𝗥𝗠 | babictorOnde histórias criam vida. Descubra agora