27_ E se...

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Respiro bem fundo e me preparo psicologicamente para não me estressar as 07h00 da manhã, deslizo o meu dedo e levo o aparelho até o meu ouvido. 

— o que você quer? 

— Que falta de educação! Cadê o " bom dia " ou " como a senhora está? " - a minha mãe fala do outro do aparelho e eu aperto o balcão de mármore. 

A minha tentativa de não me estressar foi pro ralo. 

— são 07h00 da manhã, e se você me conhece de verdade você saberia que eu odeio conversar de manhã, principalmente quando alguém me liga. 

Se fosse qualquer outra pessoa, eu até trataria a pessoa bem. Mas a minha mãe infelizmente não tem como, eu estou com um pouco de raiva dela. 

— Eu te vi online no Instagram, por isso eu presume que você estaria a-acordada... - Enquanto ela falava com uma dificuldade que eu estranhei no começo, eu conseguia escutar uma respiração acelerada e um tipo de um gemido..Essa respiração acelerada não era dela e esse gemido parece que alguém está tentando e também não é do meu pai. 

Infelizmente já escutei os meus pais transando. Minha mãe não é nenhum pouco silenciosa e ela achava que eu tinha um sono pesado.

— A SENHORA ESTÁ TRANSANDO ENQUANTO FALA COMIGO? - eu gritei e bem na hora o Victor entrou na cozinha segurando um copo. - VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO COM A MINHA CARA! 

— merda… - o sujeito falou baixo e por incrível que pareça eu consegui escutar, e infelizmente eu conhecia essa voz. 

Olhei para o Victor que estava na minha frente agora e o copo que ele segurava estava na minha mão. Será que foi ele que tirou a minha mão do balcão que eu estava segurando com toda a minha força ou eu peguei o copo automaticamente? 

Ele fez um sinal para desligar a ligação, realmente seria o melhor pra mim mesmo se eu desligasse, mas a outra parte de mim queria ouvir a " desculpinha " da minha mãe. 

Quando ele percebeu que eu não ia, escorou no balcão e tomou o celular da minha mão, apertou no botão vermelho e a foto da minha mãe sumiu da tela. 

— Ei! - resmunguei, mas ao mesmo tempo eu agradecia por ter feito isso. 

Pego o meu celular e fico pensando se ligo para o meu pai contando toda a verdade ou não. 

— Eu vou te dar duas opções. — ele diz chamando a minha atenção. - Ou você quebra esse celular em mil pedaços ou desliga ele e me entrega que vou colocar em um lugar bem escondido para você não achar. 

— por que não posso eu guardar o meu próprio celular? 

— Porque você vai saber onde vai estar e vai pegar ele na primeira oportunidade que você estiver sozinha.

Merda, não gostei de nenhuma das opções.

— Meu celular foi caro. 

— Então a segunda opção é me entregar o celular. - ele disse. - Pode ficar tranquila, eu não vou fuxicar no seu celular. 

— É óbvio que não vai, você não sabe a minha senha. 

— Primeiro, existem pessoas que sabem desbloquear o celular sem nem precisar de senha e segundo, eu sei a sua senha. 

— você não sabe não. 

— eu sei sim, a sua senha é o dia do meu aniversário. 

Meu rosto queimou, em minha defesa eu não sabia que a senha que sempre usei na minha vida toda pra todo na minha vida, como por exemplo: e-mail, Facebook, Instagram, Twitter e até no Skoob eu usava essa senha era o aniversário dele. 

Mas aí que me perguntam, por que não usar o dia que eu nasci? Porque às vezes eu não lembrava, e também todo mundo sabe o dia que eu nasci. Por isso coloquei essa senha, porque na minha cabeça eu tinha inventado as combinações desses números. 

— só pra você saber eu não sabia que a senha que eu uso era o dia que o mundo virou o inferno. 

— fico lisonjeado em saber que você nunca esqueceu o meu aniversário. 

— pela segunda vez eu vou dizer, eu não sabia que era o seu aniversário. 

— aham. - Ele abriu um sorriso sarcástico e ridiculamente lindo… quer dizer, eu disse lindo? Eu quis dizer horroroso.

Ele estendeu a mão e eu fiquei confusa. 

— o que foi? 

— me dê o seu celular. 

Entreguei, com má vontade e tentei fazer uma cara feia mas eu acho que não funcionou não porque o dondoco abriu um sorriso de orelha a orelha. 

— graças a Deus você está aqui, procurei você por essa casa toda mas confesso que fui idiota porque é claro que você estaria com ela. - Arthur disse apontando para mim e colocou a mão no peito tentando regular a sua respiração. ‐ você tem que ver um negócio! 

— Você matou alguém sem querer? 

— e óbvio que não seu estúpido, aconteceu aquilo de novo. 

— aquilo? Como assim? - dessa vez fui eu que perguntei. 

— não conte a ela, a bichinha vai ficar traumatizada. - Victor disse e eu levei como ofensa. 

Babaca. 

— pode dizer sim. 

— Se você quer tanto saber, é melhor você ver. - Arthur dá ombros e eu o sigo. 

[...]

— NÃO! 

— Eu falei que era melhor ela não ficar sabendo, mas ninguém me ouviu. - o dondoco falou e eu não dei bola. 

Tinha um cavalo morto na minha frente com 2 facadas na sua cabeça, Victor estava certo, talvez eu ficaria um pouco traumatizada. 

— Ontem mataram um cavalo também?

— não, ontem foi uma vaca. 

E se…

— não, você não vai fazer isso. - dondoco disse. - você não vai investigar. 

Como ele sabia que eu ia fazer exatamente isso? 

— Eu vou, e você não vai me impedir. 

Continua….

Juro eu acho q esse foi um dos capítulos mais BOSTA que eu escrevi. Me perdoem :(

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⏰ Última atualização: Mar 09, 2023 ⏰

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𝗠𝗬 𝗩𝗔𝗖𝗔𝗧𝗜𝗢𝗡 𝗢𝗡 𝗧𝗛𝗘 𝗙𝗔𝗥𝗠 | babictorOnde histórias criam vida. Descubra agora