25_ 50 reais.

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( vitor narrando )

Ela está sentada na grama e olhando pro nada por mais de uma hora, é sim eu estou mais de uma hora a olhando de longe. Vai que a menina desmaie debaixo desse sol, pelo menos eu vou estar aqui para socorrer. 

É... é isso. 
Mentira, quem eu quero enganar? 
Eu tô aqui mesmo porque eu estou preocupado com ela, a mesma saiu muito abatida da sala quando os vídeos acabaram.

- ela ainda continua ali? - a amiga da Babi perguntou segurando um copo de água. 

Eu acho que ela se chama Bianca ou Beatriz, não sei. 

Logo atrás o casal meloso chegou. 

Os três estavam aqui nos primeiros 30 minutos, mas depois foram pra cozinha beber ou comer alguma coisa. E eu não sai daqui. 

- Eu tô me sentindo muito mal por ela, imagina você não lembrar da sua infância? deve ser horrível. - Carolina fala e logo em seguida passa a mão no seu braço. - Oia tô até arrepiada. 

— Vou levar esse copo de água para ela, a mesma deve ter com sede. - A amiga da Babi disse, mas antes de ela dar o primeiro passo eu a interrompi. 

— deixa que eu levo. - digo torcendo mentalmente para ela deixar eu ir. 

A mesma pareceu muito feliz quando eu me ofereci para levar, parecia que ela estava rezando pra eu pedir. 

Peguei o copo da sua mão e fui na direção da Babi, eu escutei os três comemorando atrás de mim. Eu juro por tudo que ouvi o Arthur gritando " EU GANHEI A APOSTA, VOCÊS DUAS ESTÃO ME DEVENDO 5O REAIS. MEU DEUS EU VOU PODER COMPRAR MINHA CAIXINHAS DE CONFETES! " 

Eu estranhei, mas nem dei muita bola. 

Quando cheguei do lado Babi a mesma estava com a cabeça abaixada. Sentei do lado da mesma e eu não precisei dizer uma palavra porque ela já sabia que eu estava aqui. 

— por que eu não lembro de nada? - ela disse ainda com a cabeça abaixada. 

— para isso eu não tenho resposta, infelizmente. 

Quando ela levantou a cabeça já entreguei o copo de água, a mesma bebeu e o restinho jogou na grama. 

— sabe o que me faz ficar com  mais raiva? e que a minha mãe nunca fez questão de me contar desse lugar. Eu nem sabia que eu tinha avô vivo ainda. Eu pensava que todos os meus parentes estavam sete palmos debaixo da terra. - ela recuperou o fôlego. - Menos aquelas tias que perguntam dos namoradinhos. 

— para essa pergunta eu também não tenho resposta. 

Foram cinco minutos de silêncio. 

— Vamos entrar, se eu estou aqui menos de 10 minutos e a minha cabeça já queimando, imagina você que tá aqui por mais de uma hora. 

— CARAMBA EU TÔ AQUI A MAIS DE UMA HORA? - ela pareceu assustada. - pera aí como diabos tu sabe que tô a tanto tempo aqui? Você ficou me vigiando? 

— e óbvio né? Eu estava preocupado com você.

— SE BEIJEM LOGO PARA EU GANHAR 500 REAIS DESSES BOCÓS! - Carolina disse e eu mostro meu dedo do meio. 

— É melhor eu entrar mesmo, acho que vou ligar pra minha mãe perguntar algumas coisas. - ela se levanta mas logo reclama de dor nas costas. 

— Velha. 

— tua mãe. 

— a sua só se for. 

Ela soltou uma gargalhada e eu confesso que foi bom ouvir o som da sua risada, depois de ela se recuperar voltamos pra dentro de casa. 

[...]

— Jonathan, por que você tirou todos os livros da estante? - perguntei saindo do banheiro. 

— Vou colocar cinco livros em cada braço. 

— pra que? 

— Pra eu ficar com braços musculosos. - ele disse como se fosse óbvio. 

Será que afetou o cérebro dele quando a minha mãe sem querer o deixou cair? Vou levá-lo ao médico qualquer dia.

Continua....

Pequeno mas vale né?

VOLTEIIIII PORRAAAAAAAAA!!!!
como vocês estão?

𝗠𝗬 𝗩𝗔𝗖𝗔𝗧𝗜𝗢𝗡 𝗢𝗡 𝗧𝗛𝗘 𝗙𝗔𝗥𝗠 | babictorOnde histórias criam vida. Descubra agora